Sunday, March 31, 2013

Os três nuncas



 Leticia - 7 anos depois! Linda, né não??



Tres vezes eu disse:
- Isso? Isso eu nao faco NUNCAAAA...
E as tres coisas eram: saltar de para quedas.
Saltei.
Pular de bungee jump.
Pulei.
E assistir a um parto.
E é aqui que essa história começa. Em 2005, em Dubai.
Pois era um fim de semana prolongado na camelandia quando eu resolvi ligar para um casal de amigos para irem jantar conosco no dia seguinte.
A resposta veio um tanto de sopetao:
- Claro. Amanha a gente vai a obstetra e vai pedir para ela induzir o parto. Se der errado, a gente sai pra balada sim!
Ia ser a primeira vez que eu ia sair com alguém "se desse tudo errado".
No dia seguinte, Depois da tal consulta eu liguei prá eles, na maior esperança de encontrar meus amigos "filho free" pela ultima vez, mas descubri que a conversa foi boa e a médica ia tentar expulsar a Leticia da pança da Adriana no dia seguinte.
Meus planos foram por água abaixo, e numa última tentativa de recuperar um pouco da diversão, eu sugiro:
- Quer companhia no hospital amanhã?
- Precisa não. Quero atrapalhar não. (sim, ela e Recifense)
Entendi a deixa - Adriana queria ficar sozinha com o marido e curtir esse momento a dois. Os ultimos.
Mas nao perdi as esperanças. Quem sabe eles nao mudariam de ideia?
Corri ao shopping e comprei presente para ela, para a bebezinha, café para o dia seguinte, caso eu acabasse me enfiando naquele hospital.
Lá pelas dez, recebo uma ligacão, dizendo que eu poderia ir, se eu quisesse. Que ela nao queria incomodar, mas "até que gostaria" de companhia. E terminou: E se é prá ter compania, quero é tú!
7 da manha eu já estava no taxi, com a minha malinha de presentes e os sachets de café - para mim e pro marido. Afinal, nós íamos precisar ficar acordados!
Como o parto seria induzido, não teve corre-corre, nem grita-grita, nem xilica-xilica.
Foram horas de espera bem agradáveis.
Nós rimos, conversamos, brincamos. Contamos contrações, cronometramos as dita cujas...
E finalmente a dor chegou.
Quando o bicho pegou e a enfermeira começou a organizar tudo na sala de parto (anestesia nela, claro), a Adriana ainda teve tempo de me dizer:
- Inaie, pegue la meu batom, por favor.
Peguei nada. Era o que me faltava. Eu lá, toda descabelada, ansiosa e emocionada e a mãe penteada e batonzada? Era demais. Batom não. Nem pensar.
Depois da anestesia Dri caiu no sono e eu e o marido aguentamos o tédio com firmeza e determinação. Nós e que nao íamos dormir. Tinhamos café para aguentar dias se necessario fosse.
Não demorou muito e a médica veio me dizer pra ir lá pra sala de parto, ficar com a minha amiga.
Meu celular estava sem crédito, mas eu nao me atrevi a ir ao boteco (no andar de baixo) comprar outro cartão, por que o bebê poderia chegar a "qualquer minuto".
Foram 1080 ao todo.
MIL E OITENTA minutos. 18 horas.
E eu sentadinha feliz da vida ao lado da futura mamãe que dormia o sono dos justos - pela ultima vez. Li duas revistas, um livro, assisti TV. 
Agora me diz, quem é que dorme em trabalho de parto? Tinha que ser Recifense mesmo! Sossegada...
E finalmente a medica diz:
- Vai la buscar o pai. O bebe vai nascer.
Adriana tinha tido uma ideia fantastica. Eu ficaria com ela ate o bebe começar a nascer - ai eu ia buscar o Sergio e sairia da sala (onde só pode ficar uma pessoa que não esta parindo e não é da equipe).
Chamo o pai, ele entra e eu me sento na salinha de espera e vem a médica, toda esbaforida:
- Vamos, nós vamos ter um bebe!
Eu resisto, esperneio, tento empacar. Ela me arrasta pra sala de parto. Na marra.
Segurei a mão da Adriana e fiquei lá, firme. Tão firme que eu parecia uma palmeira em dia de tempestade. Meus pés não saim do chão, mas as pernas tremiam mais que vara verde...
Eu so consegui dizer para a médica: se precisar de alguma coisa é só pedir...desde que eu não tenha que dar NENHUM passo.
Nunca vi peridural contagiosa, mas se as pernas da Adriana estavam paralisadas, as minhas há  muito tempo tinham parado de se movimentar.
E ela (de batom - não sei onde ela arrumou um, eu não dei!) sorrindo.
Juro que a minha amiga sorria.
E depois desatou a rir. Disse que era engraçadissimo me ver branca feito um papel e o marido escondido atrás da cortina da sala de parto.
E de repente, sem mais nem menos, a medica diz:
- Olha aqui !
- Nao.
- Olha aqui. Agora.
- Nope.
- Olha já aqui que nós vamos ter um bebe !
Achei que se não obedecesse ia levar um sopapo, entao muito contra todos os meus principios, dei uma espiadela e vi Leticia chegar a esse mundo. Tenho que confessar que foi uma das emoções mais fortes que eu ja senti. Era o milagre da vida, acontecendo ali, na minha frente.
Linda como a mãe (mas sem batom e despenteada como a tia), olhou pra um lado, pro outro e abriu a boca a chorar.
E eu aprendi a minha lição. Nunca mais digo nunca!!!

Saturday, March 30, 2013

A primeira vez que não fugi de uma briga... Blogueira convidada - Josi

A Josi eu conheci sem querer... Li um texto dela, que falava sobre racismo, num outro blog. Gostei da maneira como ela abordou o tema e fui conferir do que mais ela falava... Dai descobri um blog delicia, em que ela faz um diário para a filhota, contando do dia a dia, das novidades, das grandes descobertas da pequena Beatriz.

Ela nos mandou um texto maravilhoso, dos tempos que não havia ainda a Bia.

Aproveitem! =)

Ira Fermion

Acho que dos 7 aos 9 anos eu deveria ter uma tremenda cara de pamonha misturada com curau, porque só isso explicaria o motivo de receber tantas ameaças de “vou ter bater” sem que houvesse alguma  razão concreta para isso.
Não sei se isso acontecia devido a forma com que a minha mãe penteava o meu cabelo, sempre os prendendo em dois coques, o que me obrigou a carregar o vil apelido de Maria Coquinho, sem esquecer de mencionar que o radical da palavra “coque” foi trocado por “coco”, o que  aumentava ainda mais  a minha vergonha. Ou se o motivo de eu atrair tantas valentonas era a fama de durona da minha mãe e por isso elas talvez achassem que o meu corpo deveria estar meio que “acostumado.” Não sei qual era o real motivo deste meu azar, mas gosto de imaginar hoje, provavelmente como um mecanismo de defesa das minhas memórias, que estas meninas me perseguiam simplesmente porque eu era bem bonitinha na época (Elas eram horríveis. Quer dizer, é assim que me lembro) Mas a provável e dura verdade é bem menos agradável: como  eram grandes predadoras, elas deveriam  sentir o meu cheiro de medo e insegurança e se aproveitavam disso. Mas o importante é que na maioria das vezes a ameaça não se concretizava, pela menina em questão desaparecer da escola (eu estudava em escola “meio” particular, o SESI) ou por eu desaparecer da frente destas meninas.

Só sei que o truque do desaparecimento não funcionou quando uma família bem simples, com  7 ou 8 filhos, foi morar na minha rua. Eles alugaram uma casa de 3 cômodos no fundo de um terreno e a mais velha das filhas encasquetou comigo, talvez  ela tivesse visto o  meu olhar de espanto de “Putz, que família grande!” (e olha que  na época eu já tinha 3 irmãos menores!) ou  foi só implicância mesmo. O fato é que, após alguns dias, ouvi na voz de uma colega a temível frase: “Fulana quer te bater!”
É claro que desapareci da rua por um tempo. E só não continuei assim porque a minha mãe começou a desconfiar desta minha ausência e tudo pioraria se ela soubesse do verdadeiro motivo do meu “desinteresse social”: do jeito que ela era, iria achar que fui eu quem causou a confusão, ou pior, iria falar com a mãe da menina, o que aumentaria a tragédia, como qualquer criança bem sabe.
Dias depois houve um evento na rua (algo parecido com um campeonato de carrinhos de rolimã ou pipas, sei lá!)  e acabei não resistindo  e fui para o campo de guerra.. A Fulana me olhou com aquela cara de “O que você está fazendo aqui!” e eu evitava  por tudo nesta vida aquele olhar. E lá vinham novos recados: “Fulana disse que não vai com a sua cara e vai te pegar.” Acabei voltando para casa mais cedo, totalmente arrasada com as circunstâncias e continuei evitando tudo aquilo.
Então um dia, de dentro do portão da minha casa, comecei a olhar para a rua e me deu uma saudade danada da época em que eu podia ficar nela. Olhei para a calçada do outro lado da rua e lá estava a valentona me olhando. E não sei o que me deu na cabeça: abri o portão de casa e sai. A menina se levantou e foi vindo em minha direção, devagar, como um xerife de bang-bang. A meninada da rua foi se aproximando. E eu pensando: “O que estou fazendo aqui? Se eu apanhar, vou apanhar de novo em casa e se eu bater, também apanho.” No entanto, parei de pensar quando a menina começou a me ameaçar, só que eu achei a voz dela muito besta, eu ainda não a tinha ouvido. E também percebi que eu era um pouco mais alta que ela. E notei também que enquanto ela estava avançando para o meu lado, o poste, aquele poste lindo, estava bem atrás dela. Quando senti aqueles braços em cima de mim, me vi empurrando a menina, segurando firmemente a cabeça dela e batendo aquele monte de ossos com cabelo naquele poste. Anda hoje consigo ouvir o barulho seco da batida. Parei de bater quando a menina parou de me segurar. A menina ficou tonta, sentou- se na calçada Depois levantou-se cambaleando e entrou em sua casa. A mãe dela apareceu na porta me olhando, com uma  tristeza tão grande que conseguiu tirar qualquer alegria que eu pudesse sentir com a minha vitória e mal ouvi o barulho daquela molecada sádica. Só me sobrou o alívio enorme de ter tirado aquele peso de mim e saber que eu poderia freqüentar a rua novamente.

A minha mãe deve ter sabido desta história porque ela sabia de tudo, os meus irmãos devem ter me dedado, até parece que deixariam algo desta magnitude passar em branco, mas não lembro dela ter comentado algo, o que adorei na época. E hoje, como mãe, entendo o porquê desta não reação: o que ela diria? “Não é pra brigar na rua, não enfrente as valentonas da vida e viva com medo” ou “Isso aí, minha filha, quebre a cabeça da menina favelada e briguenta!” 
Depois de um tempo a família da valentona mudou-se e tudo só não ficou perfeito porque havia duas meninas mais velhas e maiores que eu na rua de cima que me avisaram (neste caso, pessoalmente) que quebrariam a minha cara se me vissem na rua delas, pois eram primas da minha “vítima” e que só “não fazemos isso agora porque a minha tia pediu para deixar quieto.” Então pude continuar a minha vida tranqüila sem sair da minha rua  até que ela perdeu a graça ou eu cresci, acho que as duas coisas aconteceram ao mesmo tempo.
E agora que me lembrei desta aventura, veio também uma frase que a minha mãe falava  para todos nós lá em casa quando éramos pequenos: “O problema do valentão é que ele sempre encontra alguém mais valentão que ele. Todos tem este destino.”
Pura verdade: por isso é que, a despeito desta minha pequena glória bélica, continuei fugindo desta turma . Credo!



                                         Josiane

                                        

Friday, March 29, 2013

Mudando o trajeto

Duas vezes por mês eu vou para uma cidade vizinha à minha para passar raiva atender os servidores municipais em nome do escritório de advocacia onde trabalho. Como eu sou um pobre ser humano desmotorizado, quase sempre preciso me valer do excelente (sqn) serviço de transporte público. 
Nos ônibus que eu pego não acontece esse tipo de coisa divertida...
Pois bem. Toda sexta feira, vou pegar o ônibus numa parada 1 km mais longe da parada mais próxima à minha casa, porque meu transtorno obsessivo compulsivo me impulsiona a achar que o motorista do ônibus pode resolver não cumprir o itinerário de sempre e simplesmente me deixar pra trás. Eu faço isso e toda vez me arrependo de ter andado à toa, já que no fim o ônibus faz o mesmo itinerário de sempre.
Por causa disso, duas semanas atrás resolvi que ia ficar na parada mais perto mesmo: cheguei lá às 6:59 da matina e toca esperar o danado do ônibus. 7:05 nada. 7:10 nada. 7:15 eu achei que já estava muito tarde: era pro ônibus ter passado às 7!!! Achei que era melhor ir andando para a próxima parada pra saber do povo se tinham notícias do porquê de o ônibus estar atrasado.
Chego na outra parada e recebo a notícia de que o ônibus já tinha passado. Sem passar na parada que eu estava! E o problema maior é que o próximo ônibus daquela linha só iria passar duas horas mais tarde!


Ou seja: meu TOC estava certo o tempo todo! Na primeira vez que eu inventei de não ir pra parada mais longe Murphy me dá um abração e me deixa sem ônibus pra ir trabalhar!

Moral da história: Sempre ouça seu TOC!



Thursday, March 28, 2013

A primeira (des)orientada

Primeiro quero pedir desculpa por que o post realmente ficou grande. Mas gente, num dava pra não contar isso aqui! Esses acontecimentos fizeram minha felicidade (e de mais duas dessa Gaiola) por uns três dias, então achei que vocês também poderiam se divertir com a história... Vamos à ela!

Eu nunca fiz TCC, monografia, nem nada do tipo porque na minha época esse troço não existia. É, eu sou uma dinossaura! Mas pelo menos num precisei fazer esse negócio.

Sempre vi o desespero da galera que se formou depois de mim na fase do tal TCC. Todo mundo falando que não dormia, não comia, não f*&#@... tudo por conta do maldito TCC.

Confesso que nunca senti inveja de tal sentimento!

Bom, uns dois meses atrás chega a estagiária e me pede uma ideia de tema, já que eu sou engenheira de tecnologia e vivo procurando coisas novas no mercado pra estudar. Como eu sou uma boa (mas boa mesmo) alma, eu falei que havia feito um teste com um produto que era um isolante térmico, e se ela quisesse ela poderia dar uma olhada, mas que EU faria o TCC da minha especialização sobre isso. Caso ela quisesse fazer alguma coisa nós dividiríamos os temas.

Mas a estagiária é aquele tipo de pessoa que gosta de se achar esperta, que acha legal "conhecer gente" pra tirar vantagem das coisas, que vai falando, falando e falando até te vencer pelo cansaço, que vai te fazendo perguntas que você, ao responder, faz o trabalho dela.

Qualquer semelhança com a minha realidade é mera ficção...
E eu vou te contar que eu não gosto que tentem dar uma de esperto pra cima de mim. Primeiro, porque eu demoro muito pra perceber e acabo sendo feita de besta, vou puxando a carroça por muito tempo com o jumento em cima até perceber que tem alguma coisa errada. E, segundo, porque eu acho de uma extrema filhadaputagem/malcaratismo a pessoa se aproveitar da boa vontade da outra, que deixa seus afazeres pelo simples prazer de ser útil à quem precisa.

Bom, pra resumir, de tanto essa criatura ficar me pedindo tudo do meu trabalho eu acabei dando e abrindo mão do meu tema pra ela fazer o trabalho dela. Mas falei que não ia querer saber, que eu ia simplesmente explicar o que eu tinha feito no experimento e que ela se virasse. Ela se virou? Claro que não!

Dias depois vem ela com cara de coitada pedindo pra eu ser "orientadora" dela porque a professora não sabe nada sobre o assunto e pediu pra ela ver se eu poderia ajudar a orientá-la. Quem orienta doido? Eu não! Falei que ajudaria de leve (porque eu sou realmente uma alma boa), mas que NÃO IA EM HIPÓTESE ALGUMA fazer o trabalho pra ela. Você entendeu? Porque ela não!

Porque se você não entendeu eu vou desenhar pra você entender (no seu couro!)

Dias depois vem ela pedindo a minha introdução. A MINHA introdução. Aquela que eu tinha feito quando eu ainda ia usar o tema no meu TCC: "Ô âmiga, passa sua introdução pra mim, vá!" (O "âmiga" é assim mesmo! Com o acento circunflexo no primeiro "a". E com sotaque nordestino - nada contra os nordestinos, tanto que meu noivorido é! Mas essa frase tem que soar pra vocês assim como soou pra mim... porque é que eu tenho que passar raiva sozinha?)

Minha mãe, cabeça de Fulanylda!
"NÃO!!!! Fulanylda!!! NEM FODENDO!!!!!!!!!!!!!!!!"

Meu sangue ferveu! A pessoa acha que falando mole vai conseguir me fazer de "otáááária" (como a própria Fulanylda diz) mais uma vez! Chega! Foi o momento em que eu virei a carroça e joguei o jumento no chão! Não bastando pegar todos os meus dados, o meu tema e o minha ideia, ela queria A MINHA INTRODUÇÃO! Num dou! E num tem problema se eu nunca vir a usá-la, mas ela é minha. Fui eu quem introduzi e ninguém mais NO MUNDO vai tirar proveito dela! HUNNNFFFSSSS!!!

Foi ai que ela percebeu que eu realmente não ia fazer o trabalho dela e resolveu, sofridamente, fazer o próprio trabalho.

Dias depois volta Fulanylda: "Ô âmiga... dá uma olhada na minha introdução... vê se tá bom?"

Tá, eu vejo! Porque já que ela se esforçou pra fazer eu vou dar uma olhada, pensei. Porque eu gosto de ensinar quem quer aprender. Quem sabe ela, agora, esteja disposta.

Só pra explicar: O trabalho é estudar opções para fazer isolamento térmico em paredes de apartamentos de poente (aqueles que ficam virados pro oeste, pegando aquele solzão da tarde), porque como aqui no nordeste é muito quente, a pessoa chega em casa no final do dia e quase morre cozido. Resumidamente era essa a ideia que teria que ser colocada na introdução.

Abri aquele arquivo do word e li a seguinte introdução de um trabalho de TCC:
"Com o passa do tempo estamos sofrendo com o aquecimento global, causando doenças e prejuízos, foi o que me levou a fazer esta pesquisa sobre o desempenho energético de isolantes aplicados em alvenaria visando melhora o conforto térmico.
Este pesquisa que melhora as vendas no mercado imobiliário no caso dos apartamentos do lado do sol que vem caindo às vendas e o preço, com isso esta causando prejuízo às construtoras e aos clientes que após adquire o imóvel conhece suas desvantagens que são o desconforto e o gasto financeiro que e fica muito alto no final do mês com gasto de energia e seu descanso que não e o mesmo.
Por causa destes casos que me fez estudar um modo de diminuir o desconforto para os clientes e o prejuízo para as construtoras, fazendo pesquisa sobre material para  diminuir todos esses problemas.
Foi feito um estudo com a tinta em spray "produto1" e pesquisa com "produto2" com "produto3" e com isopor."

Foi nesse momento que meu coração começou a parar de bater, meu olhos quiseram pular pra fora da minha cabeça e meu cérebro começou a inchar, numa tentativa alucinada de explodir!!!

A pessoa num consegue colocar nenhum "r" no final das palavras terminadas em "r" e num consegue montar uma frase com o mínimo de coerência. Pontuação então, pra que? Eu fiquei brava! "PORRA FULANYLDA!!! ISSO TÁ UMA MERDA! Num consegui entender nada, num tem nada escrito certo e num fala numa introdução de TCC que VOCÊ FEZ ALGUMA COISA!!! Fala que "foi feito" ou qualquer coisa assim, menos "Eu fiz não sei o que". De onde você tirou que o aquecimento global tá causando doenças e prejuízos? Tá preocupada com as geleiras dos polos? Que lado é esse do sol? O lado de cima da terra? porque sol tem de todos os lados.... Faz uma introdução decente! Organiza suas ideias!"

Pensei "bom, depois desse esporro ela vai prestar atenção no que tá fazendo e vai escrever pelo menos uma frase com sentido". Vã ilusão! Uma hora depois vem ela com a introdução revisada:

"Com o passar do tempo estamos sofrendo com o aquecimento global, causando doenças e prejuízos, com isto fiz uma pesquisa de matérias que temos no mercado para melhoria do conforto térmico sobre o “desempenho energético de isolantes aplicados em alvenaria visando melhora o conforto térmico”.

Esta pesquisa que melhoria no conforto térmico para todos os moradores e melhoria nas vendas imobiliárias dos apartamentos do lado do sol, que vem caindo suas vendas com o aquecimento global causando prejuízo para as construtoras, corretores e mais ainda para os clientes, acarretando o aumento da demanda de instalação de condicionadores de ar e o consequente elevado consumo de energia, com a seca que se encontra hoje, estamos sofrendo um problema muito serio precisamos economiza e energia.

Por causa destes casos que fiz uma pesquisa para diminuir o desconforto dos  clientes, prejuízo para as construtoras e clientes e menos desperdícios de energia, fazendo pesquisa sobre materiais que possa solucionar melhoria para todos.

Foi feito um experimento com o "produto1" , pesquisa com "produto2" , "produto3" e com isopor."


A hora que eu cheguei na parte da seca eu num aguentei! Me deu uma crise de riso tão grande que eu não conseguia parar! Sabe aquelas crises que você chora porque falta até o ar de tanto que você ri? Alguém, pode ser qualquer um, por favor me explica o que que tem a ver a seca do sertão com a história???

Tive que compartilhar essa maravilha literária com a Ira e a Estagiária Inominada, que na hora estavam me fazendo companhia no gtalk. A Ira já queria usar o produto milagroso que resolve a seca lá pro Egito.

Depois de uns vinte minutos rindo eu consegui recuperar o fôlego e dei o conselho mais sincero de toda a minha vida "Ô âmiga, POR FAVOR, compra uma monografia pronta, vá!!!"

E essa é a minha primeira orientada! Num consegue montar uma frase com sentido, num consegue escrever uma palavra certa, num consegue acertar uma virgula no lugar certo... e o que mais me deixa satisfeita é que daqui uns três meses ela vai ter uma carteirinha do CREA igual a minha... e é isso ai!

É isso ai, né tio?

Pro-me-to que mostro aqui como ficou a monografia toda! Acho que vai sair como cordel...


Wednesday, March 27, 2013

Eu era fã!

Elektra falou dos Menudos.

Dai me lembrei que eu também tive uma grande admiração por uma banda. Na verdade eu tenho por varias, mas aquela coisa adolescente, maluca, irracional eu só tive uma vez... E passou gracas a Deos! 

Nao foram os Menudos... Eu sou mais novinha... hehe...

Foi com o Nirvana! A primeira vez que eu vi aquela banda de gente suja e toda desarrumada eu me apaixonei! Porque eles apareceram numa época que as boy-bands estavam com tudo. Bandas com mocinhos arrumadinhos, falando de amor, falando de garotas, falando de paixonites... Blergh! 

Oi! Nos não tomamos banho!
Quando eu ouvi "smells like teen spirit" e eles falavam coisas como: "I feel stupid and contagious Here we are now, entertain us " eu logo pensei - sou eu! hahaha


O legal era ser barulhento, o legal era falar das mazelas da vida, o legal era reclamar! Eu comprava revistinhas com as letras, pôsteres (que a minha mãe nunca deixou colar no meu quarto), pedi insistentemente por uma blusa de flanela xadrez (que eu só fui ter muitos e muitos anos depois, comprado por mim mesma). 

Era amor, sabe? Eu era muito apaixonado por eles, pelo o que eles representavam. 

Dai um belo dia tudo ruiu... Nao foi um belo dia, foi um dia muito do ruim. Kurt Cobain, o vocalista da banda, tinha sido achado morto com um tiro na cabeça. Ao lado do corpo uma nota de suicídio. Como assim, meu? 

Fiquei devastada... Fiquei devastada por ele ter morrido, pela banda terminar e mais ainda por saber que o motivo do suicídio não foi porque ele estava cansado desse mundo, mas porque ele era um drogado malucao. Eu nunca achei legal drogados malucoes. Pra mim, ser um viciado maloqueiro nunca foi uma coisa bacana e eu tinha idolatrado uma pessoa assim. 

Hunfs...

Eu guardei o CDs (tenho todos, menos o "In utero"), mas confesso que fiquei muitos anos sem ouvi-los. A decepção tinha sido muito grande.   

Nunca mais eu fui tao apaixonada por outra banda/artista (tirando o David Bowie, que eh amor eterno, amor verdadeiro).

Tuesday, March 26, 2013

SEM PROGRAMAÇÃO


POR PROBLEMAS TÉCNICOS ESTAMOS TEMPORARIAMENTE FORA DO AR!

AMANHÃ VOLTAMOS COM NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL!

Equipe A Gaila das Loucas!!!




"Eike Olivia" - Ira Fermion

"Foi a Olívia" - Miss Bellum

"Vai ter PORRADA!!!" - Electra avisa!

"Tinha que ser a Rainha de Copas de novo!" - Estagiária Inominada

"Que a Rainha de Copas seja mandada para o calabouço!" - Sherazade

Monday, March 25, 2013

Era menudete feliz e não tinha vergonha disso!

Nada a declarar além da mais pura verdade: por pouco me esqueço de escrever o post de amanhã (hoje).  
Ainda bem que lembrei a tempo e, sorte!, tenho um bom caso (ou confissão?) para contar. Quer dizer, acho que é... avaliem. 
Electra estava naquela fase conhecida por aborrecência. Sim, isso acontece com todos, infelizmente. E, sem maiores rodeios (ai, vergonha) teve sua primeira e última crise de fã-nática. Por quem? Ai, ai, aies. Pelo... M E N U D O. Lembram daqueles cinco meninos rebolativos de Puerto Rico? No se reprima! No se reprima!
{só avisando, pra evitar mal entendidos... o Charlie é meu!}
Em situações normais, ela curtiria a paixonite musical tranquilamente. Mas aconteceu de ter uma melhor amiga na época que tinha uma mãe louca de pedra. Sabe aquela mãe surtada e irresponsável que põe pilha nas crises adolescentes da filha e das amigas da filha? Tia Fedora! Tia Fedora era mais adolescente do que todas nós juntas! 
Então o Menudo chegou ao Brasil e, surpresa!,  iria na nossa city! Adivinha quem levou a gente em to-das as rádios onde eles estavam dando entrevistas? E depois nos levou para a piscina do hotel onde eles estavam hospedados? Não, eles não apareceram... mas a gente passou aquela tarde toda com o maior frio na barriga, na maior excitação, rindo, brincando, sonhando e a-do-ran-do a tia maluca que deixava a gente fazer aquilo tudo. Boas lembranças...
Canta, dança, sem parar
Sobe, desce, como quiser
Sonha, vive, como eu
Pula, grita, ô ô ô ô ô ô...
Nem preciso dizer que depois disso tudo, é lógico que também fomos no show. Só que até hoje não entendi porque não compramos os ingressos e fomos normalmente como todo mundo. Ok, falta de dindim justifica, mas não era o maior motivo. Talvez tenha sido tudo ideia da maluca da tia Fê, que sempre inventava moda. 
Não segure muito teus instintos
Porque isso não é natural
Sai do sério, fala Alto, dá um grito forte,
Quando queira gritar
É saudável, relaxante, recupera
E faz bem a cabeça
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô
Bem, o caso é que nos inscrevemos numa agência para trabalhar dentro do estádio, durante o show, vendendo revistas do grupo. Menores trabalhando? Só agora me toquei que tal-vez isso não fosse legal, rs. 
Vá em frente, entra numa boa
Porque a vida é uma festa
Não controle, não domine, não modere
Tudo isso faz muito mal
Deixe que a mente se relaxe
Faça o que mandar o coração
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô
O caso é que entramos - de grátix - no show e fomos (instruídas pela tia, off course) direto pra área vip, na beira do palco. A gente dançou, cantou, babou... e não vendemos uma só revista, kkkkkkkkk. Nem lembramos delas! Ficaram guardadas nas nossas mochilas e foram devolvidas na agência, ao final do show, na maior cara dura. 
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Pode gritar
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Dança, canta, sobe, desce, vive, corre e pula como eu!
A febre pelo Menudo passou, mas a lembrança daqueles dias não. 
Tia Fê, a senhora é demais!!!

(ok, a letra não é nenhuma obra prima da música e meu prognóstico de que eles substituiriam os beatles falhou... mas, a culpa foi dos hormônios juvenis, kkkkkk)


Sunday, March 24, 2013

Fazendo xixi na cama...dos outros!



Eu tinha seis anos, minha mãe trabalhava e eu ficava na casa da minha vizinha, que a minha mãe pagava para tomar conta de mim antes da escola.
De manhazinha minha mãe me levava para a casa da vizinha que se chamava Ivone e ia pro trabalho. 
Eu tenho poucas recordações daquela época, mas essa é a que ficou mais viva na minha memória.
Cheguei muito cedo e fui dormir com a Ivone e o marido, na cama deles. Dormi e acordei acordamos molhados.
Sim!!! Eu não só fix xixi na calça, como fiz na cama alheia, nos donos da cama, que tão carinhosamente me acolhiam..

Só me lembro da Santa Dona Ivone dizer: 
- Não faz mal, querida, não foi nada.
E lá foi ela me trocar,se trocar, depois trocar a roupa de cama...

Quase morri de vergonha!

Saturday, March 23, 2013

Minha primeira vez - Jussara



De todas as loucas que eu conheço e que Graças a Deus fazem parte da minha vida, a Jussara é provavelmente a mais "bebe quieta".
Prá lá de chic, ela é produtora de mini series da Globo. Isso mesmo - podem morrer de inveja e arrancar todos os seus cabelos! A amiga é minha!!
Lá no palavras vagabundas, ela divide com os leitores, suas experiências literárias.
O blog dela é bem visitado e eu sei que ela tem uma legião de fãs que adoram o blá blá blá literário, mas quando ela baixa a guarda um pouquinho e fala dela mesma, do seu dia a dia, da neta outras coisitas mais, ela arrasa.
A mulher é inteligente, descolada, divertida e escreve super bem, além de ser uma ótima palpiteira.
Se você andar meio engastalhado na vida, pode pedir conselho, que ela sempre tem uma coisa sabida prá adicionar.
Com vocês, Jussara, minha amiga querida!


As mentiras que me contaram!

Fiquei grávida aos 24 anos, feliz, feliz... e fiquei esperando os tais enjoos que iriam me avisar a tão maravilhosa notícia, estou esperando ate hoje e lá se vão 33 anos, descobri a gravidez quase aos quatro meses e não tive um único mal estar.  Gravidez tranquila, trabalhava o dia todo, estudava à noite e na medida do possível dava conta da casa. Fui ao médico, fiz tudo direitinho, as contas foram feitas, a data provável marcada e agora esperar o parto!
Entra mês, sai mês a barriga cresce e desejo? Nenhum. Acho que sou distraída, bem é verdade que andei chupando umas laranjas a mais e um dia parei numa banca de frutas para comprar uma Fruta do Conde (ou Ata), será que foi desejo? Não creio, parei em outras bancas mesmo sem estar grávida e ainda chupo umas três laranjas por dia. As primas mais velhas que contavam orgulhosas seus desejos de grávida nas reuniões de família me enganaram!
Eis que um dia, 18 dias antes da data estimada pelo médico, depois de trabalhar o dia todo, chegar em casa, fazer o jantar e assistir a novela, fui deitar (grávida dá uma mão para ir dormir!), lá pelas tantas comecei a me sentir muito mal de dor de estomago, fui ao banheiro e pus tudo para fora. Alívio na hora, mas uma dor de cabeça se instalou: “Ah, cacete, como eu vou dormir agora? Amanhã vou trabalhar!” Corri na cozinha e tomei um comprimido desses bem fraquinhos, como estava na cozinha resolvi que devia jogar desinfetante no banheiro. No banheiro, dei uma boa olhada em volta vi que estava bem sujinho.  Então pano, vassoura e rodo, já tinha perdido o sono mesmo! O banheiro ficou um brilho! Voltei para cama, marido acordou e perguntou o que estava havendo, contei, levei bronca e emburrei! Eis que se instala uma dorzinha nas costas, chatinha... depois da bronca eu que não ia falar nada, eu heim?  Levantei e comecei a andar pelo apartamento, ele levantou e perguntou o que estava havendo. Tive que contar.  Homem entra logo em desespero.
- Vamos pro hospital, já!
- Não vou!
- Pode ser o bebê!
-Você tá louco, faltam quase 20 dias, não estourou bolsa de água nenhuma. Não sinto nenhuma contração ou dor dilacerante. Não vou! E se você quer saber, não vou passar vergonha de voltar para casa por rebate falso, só por que tenho um marido alucinado!
Nesse pingue-pongue lá se vai mais uma hora, já tinha até esquecido a dor nas costas, ele me venceu pelo cansaço. E lá fomos nós, eu de vestido e chinelo de dedo e ele com a camiseta do pijama e um jeans. Entrei pelo PS do hospital/maternidade e prontamente fui atendida, uma grávida que relatava um enjoo de horas atrás, uma dorzinha nas costas e um marido nervoso.  Eu achando tudo aquilo uma aporrinhação, 5:30 hs da manhã e eu tendo que estar trabalhando às 9 hs.  Veio a médica de plantão, conversamos um pouco e ela disse vamos fazer um exame para deixar o papai tranquilo! Ok, vamos logo com isso!
Médica em pânico.
- Minha senhora, seu nenê já coroou! Estou vendo que é bem cabeludo! Não se mexe.
- Doutora é para daqui a vinte dias!
- Ninguém avisou para ele!
Todo mundo sai correndo, atrás de maca, chamar o obstetra de plantão (que obviamente dormia), tentar localizar meu médico, que o marido não sabia o telefone e eu havia deixado a bolsa em casa. A maca chega, eu tento me levantar para passar para ela:
- Não! Se você ficar de pé o nenê nasce!
Me arrancaram o vestido na correria pelos corredores, entrei na sala de parto, a médica do PS, tentando me explicar que não daria tempo de qualquer anestesia, eu pensando, “pra quê, gente louca”, que o obstetra de plantão chegaria em minutos e que se eu sentisse alguma contração fizesse força para baixo.
- Doutora estou sentindo algo que parece contração.
- Faz força!
Fiz e nasceu minha linda e cabeluda primeira filha! Hora do parto 6:05 hs da manhã. O obstetra de plantão entra na sala do parto, me olha e começa a rir. Eu devo dizer que não achei muita graça, era um amigo de ginásio (é gente eu sou do tempo de ginásio) que ao me ver disse:
- Só você para me acordar a essa hora e não precisar de mim!
O novo papai foi avisado enquanto tentava fazer minha internação, ficou orgulhoso e aliviado de ter se livrado de fazer um parto em casa. Foi ver o bebê e eu numa salinha, enquanto a burocracia andava com a internação e correu para casa para buscar nossas roupas. Voltou correndo e com tudo errado.
- Querido você avisou minha mãe? A sua mãe?
- Esqueci!
Está foi a minha primeira vez numa sala de parto, na segunda eu era mais esperta, cheguei com uma hora de antecedência, na hora do almoço de um domingo, meu médico de então calculou que dava tempo de almoçar, eu não quis anestesia e a segunda filha nasceu nas mãos do obstetra de plantão, quando na sala de parto só se encontrava ele e um pediatra que fazia residência, os dois se puseram a gritar:
- Enfermagem! Enfermagem!
Eu ria.
As comadres que sussurravam sobre seus “trágicos” partos atrás das portas e eu bem que ouvia, mentiram para mim!