A Cris tem um blog muito divertido. Ela jura que eh psicótica, eu ja acho que ela eh engraçada e inteligente. Ta ai a contribuição dela pro blog, pra vocês julgarem.
Também vale uma visitinha ao blog pessoal dela, que embora seja cor de rosa (judging extra hard) eh muito bom!
Com vocês, a historia da batata!
Ira Fermion
Tudo começou em 1984. Eu tinha 6 anos de
idade.
Em um belo dia de sol (parte meramente
ilustrativa, não me lembro como estava o tempo) eu e meus 5000 primos
brincávamos alegremente no quintal da casa de vovó. Sim, são muitos primos e
primas. E para que vovó não ficasse louca, existiam algumas regras a serem
seguidas.
Regras:
Não brigar, não correr, não subir em
árvores, não fazer maldade com os cachorros, gatos, papagaios, galinhas, não
subir em muros, não atravessar a rua correndo, dividir seus brinquedos com os
outros, não mexer com os vizinhos, não entrar sujo dentro de casa, não, não e
não abrir a portinha de aço do fundo do quintal.
Eu não sei se isso acontece com vocês, mas
toda vez que alguém me fala não eu faço e quando alguém me fala sim eu perco a
vontade de fazer. Deve ser genético isso, pois com meus primos também acontecia
a mesma coisa.
Eu já apanhei muito dos primos, já bati
bastante. Levei mordida de cachorro, arranhão de gato, bicada de papagaio,
bicada de galinha, já despenquei de ponte (os primos da frente não me avisaram
que não podia pisar em uma “talbinha” da ponte e eu cai no rio), já incendiei
um primo brincando de fogueira, mas nunca, nunca mexi na tal portinha do fundo
do quintal. Nunca mexi, pois toda vez que fizemos alguma tentativa para isso e
éramos descobertos, minha avó gritava: Tem monstro aí dentro! Na verdade nunca
achamos a chave do cadeado e nunca conseguimos estourar o cadeado. Mas ela
sempre gritava: Tem monstro aí dentro!
Nesse belo dia de sol, estávamos todos
brincando no quintal, quando uma das primas mais velhas gritou: Vai passar o
filme do Michael Jackson. Quem? Eu era apenas uma menina de 6 anos, a caçula
dos 5000 primos e só sabia cantar músicas da Chiquititas. Porém, como todos
saíram correndo para a sala, e lá fui eu atrás.
Todos sentadinhos, e começa o filme que na
verdade era um clipe chamado Thriller. Como caçula, tive que sentar no chão. E
ai começa meu sofrimento.
Tudo indo bem, musica legal, até que o tal
do Michael resolver virar lobisomem. Eu não caguei, pois o furico estava tão
preso, mas tão preso que não passava nem agulha. E eu não podia demonstrar
medo, pois caso contrário, os mais velhos iriam rir da minha pessoa. Depois
aparece um cemitério, e ai tem zumbis saindo das covas, e ai eles dançam e ai
não teve jeito, eu borrei a calcinha. Que desespero. Mas eu não podia falar
nada.
Quando terminou o clipe, eu não conseguia
me movimentar. Minhas pernas tremiam, minhas mãos estavam geladas, e tinha o
fator calcinha. Fiquei lá imóvel, sozinha, paralisada. Até que apareceu a avó e
gritou: Olha a bagunça que vocês fizeram, some daqui menina antes que a cinta
cante nas suas pernas. Sim sou do tempo em que cintas cantavam nas pernas das
crianças e isso não as tornavam adolescentes delinqüentes e nem as mães corriam
o risco de serem presas. Corri para o quintal.
Depois de um tempo, meio que brincando
fazendo de conta que estava tudo bem, um dos primos resolve dizer: Batata você
está cheirando merda. Gelei. Vieram todos os 5000 primos correndo para cima de mim
e constataram que eu havia feito merda literalmente. Riram, rolaram no chão, tripudiaram
com a minha pequena pessoa (mentira essa parte da pequena pessoa, eu tinha
apenas 6 anos, mas era gorda igual a uma bola de basquete, por isso o apelido
de batata).
Caçula merece ajuda? Não! Caçula é o ser
mais judiado da face da Terra. Em vez de eles me ajudarem, chamarem à avó, as
tias, a mãe, o bombeiro, tiveram a brilhante idéia de me trancarem dentro de um
guarda roupas velho, em um quartinho que tinha no fundo do quintal, bem ao lado
daquela portinha intocável onde existiam monstros.
Fiquei lá, por um bom tempo, trancada no
escuro, cagada, e lembrando-me de todos os monstros e da portinha. Vi
lobisomem, zumbi, monstro do lago Ness, fantasmas e até já havia conhecido a
Samara e a Bruxa de Blair. Não sei como não morri de medo e sufocada.
Só sei que até hoje, minha gente, com 34
anos de idade, eu nunca, nunca, nunquinha assisti a um filme de terror tamanho
o medo que meus 5000 primos me fizeram eu sentir naquela bela tarde na casa da
avó.
Se alguém tiver a curiosidade de saber como
consegui sair de lá, minha mãe sentiu minha falta na hora de ir embora, ai
alguém resolveu contar que eu estava presa, cagada e assada.
Se alguém pensa que ela foi à criatura mais
doce do mundo frente a minha situação, enganam-se. Apanhei por ter cagado nas
calças e por ter deixado os 5000 primos judiarem de mim. Mamãe disse: Você é
uma menina ou um saco de batatas?
Aos prantos respondi: Sou uma Batata,
lembra mãe? Eles me chamam de Batata.
Prazer: Sou Cristina, a psicótica! Acho que
tenho um bom motivo para ser assim.
P.S: O que era aquela portinha? Anos mais
tarde descobri que era apenas uma passagem para o quintal do vizinho.
Cristina, eu to rolando de rir da saga. Ainda bem que vc também deve ser do tempo em que as pessoas nao transformavam tuuudo em "bullying".
ReplyDeleteE o vizinho? Era memso um monstro?
hahahaha hoje eu rolo de rir, mas chorei por muito tempo!!!! Menina, caçula sofria muito, mas naquela época nada era Bullying.
DeleteO vizinho... sabe que não me lembro da cara dele hahahahahahaha
Bêjo da Cris
Cristina, kkkkk! Hoje foi seu dia no blog e aqui na gaiola. Valeu!
ReplyDeleteBeijos
Manoel
Óbvio!
DeleteObrigada Manoel!!!
DeleteHoje foi meu dia!!! haha
Bêjo da Cris
Neanderthal, Não entendi o óbvio. A hora que eu entender eu respondo tá!?
DeleteUfa! Entrei no blog mais cedo e nada de post. Pensei que a Rainha de Copas já tinha ordenado aos seus súditos que apagassem o post de hoje...
ReplyDeleteQuando entrei nos rascunhos de hoje, morrí de rir com os recados dizendo que os textos não são meus, para eu não mexer! haha
DeleteAUhauahuaha eu entendo esse drama. Vi uma amiguinha de escola passar pela mesma situação e eu era uma das que ri auhauahauaua
ReplyDeleteKisu!
Pois é... eu também já fui uma das que riu... Mesmo já tendo acontecido comigo eu ria de ódio de lembrar o povo rindo de mim. Afinal um dia é da pedra e o outro é da vidraça.
DeleteBêjo da Cris
Meu Deus,como os caçulas sofrem..mas na minha casa eu era a mais velha e tb sofria "bullying": teve um dia em que meus irmãos pestinhas me trancaram no quartinho da empregada com um vidro cheio de baratas vivas(que eles caçaram sabe-se lá em que antro na vizinhança),abriram a tampa e jogaram os bichos lá dentro comigo..não preciso nem dizer que meus gritos de horror e desespero(tenho até hoje um nojo misturado com verdadeiro PAVOR de baratas) fizeram vir o zelador do prédio e mais alguns vizinhos apavorados-arrombaram a porta,inclusive-achando que o Freddy Kruger em pessoa estava lá no nosso apê..
ReplyDeleteMadi querida, caçula sofre pra caramba. Eu sofri em casa e com os primos. Afff pior castigo. Quem fala que caçula é o mais mimado deve morar em outro planeta!
Deletehahahahahaha Freddy Kruger eu não conheci aquele dia dentro do Armário, mas a Samara com certeza!
Bêjo da Cris
Olha, eu ja passei por coisas muito constrangedoras, mas me cagar toda? isso ainda não aconteceu... haha
ReplyDeleteLu... sorte sua!!!
Deletehahahahahaha
Bêjo da Cris
Eu quando era criança achava que durante a noite morava um lobisomem no fundo do corredor. Eu não levantava da cama para nada, nem para ir ao banheiro. Ficava lá, morrendo de vontade mas não levantava de jeito nenhum.
ReplyDeleteBjs.
Elvira
É Elvira eu tb tinha esse medo, mas eu achava que tinha um leão no corredor, não saia da cama por nada.
DeletePreferia apanhar no outro dia por ter feito xixi na cama do que levantar e ver o leão.
Bêjo da Cris
Quando eu era criança, morria de medo da cuca do sítio de pica-pau amarelo. Na minha época ela era muito má!
ReplyDeleteComo eu tinha mania de escalar o telhado colonial da casa da minha avó para brincar, minha mãe disse que o sótão dela era a casa da cuca. Que se eu fosse lá, ela iria me pegar!
O resultado é que eu não saia nem no quintal sozinha com medo da cuca sair e me pegar. Tinha pavor até de olhar na direção do telhado! Deu trabalho para desfazer o meu medo depois...
Poiszé, eu morria de medo da cuca!
Obrigada Ge! Realmente aqui tem de tudo. Me sinto até normal. hahahaha
DeleteBêjo da Cris
Pessoal muito obrigada pela oportunidade de contar essa história. Minha terapeuta à ouviu por anos hahahahaha
ReplyDeleteLu, obrigada pelo carinho e pelo convite. Querendo saber de presepadas pode me chamar!
Bêjo da Cris
Nós que agradecemos pela sua participação, que foi muito divertida (e mal cheirosa..hahahahhahaha)!!!
Deletebjokssssssssssss
Eu li o post na sexta, pelo Reader, mas quando vim no blog, o post não estava. Ontem "me passei"...
ReplyDeleteSer uma Batata cagada, assada e apanhada, ninguém merece!!! Mas rendeu boas risadas, foi por uma boa causa!!! ;)
hahhahahahahahahahahahahaha
ReplyDeleteO texto é muito engraçado!!! hahahahahahaha
Tudo bem, eu fiquei morrendo de dó da Batatinha presa, cagada, assada e com medo... confesso!!!
Criança é uma desgraça. Criança pensa em tudo de malvado que dá pra fazer, e faz!
Depois que você cresceu num rolou nenhuma vingança tipo "A revolta da Batata Assada?" ehehehhehe
bjkssssss
que dó! que dó!
ReplyDeleteNossa que divertido, vou ate da uma passadinha la no seu blog. bjs
ReplyDeletehttp://rackneves.blogspot.com.br/
Rs..
ReplyDeleteSuas histórias provocam crises de risos em mim..
Cagada foi ápice!
Beijos...