Como havia dito na semana passada, eu fui para Brasília.
E essa não seria uma simples viagem à Brasília. Seriam dias de glória, pois metade da diretoria do Gaiola se reuniria para
dominar o mundo fazer um balanço do blog e tomar
muito champagne decisões importantes de planejamento estratégico.
Além disso eu ficaria hospedada na casa de uma querida amiga que há muito eu não via. Seria apenas glamour e brilho!
Dai eu parei de sonhar e a viagem foi assim:
Cheguei no aeroporto de BSB às 17:30 e fiquei até as 19:00 esperando a amiga chegar no aeroporto para me buscar. Foi quando ela me ligou e disse que um motoqueiro tinha batido no carro dela e ela estava levando o cara pro hospital porque ele estava SEM UM PEDAÇO DO DEDO!
Pensei: Beleza! Agora ela vai passar a noite lá no hospital e eu vou dormir onde? hum... Acho que vou pedir abrigo pra Electra... mas pô, nem conheço a pessoa ao vivo e já vou chegar falando que preciso dormir na casa dela? Não.. minha cara de pau num é tão forte assim... Posso tentar falar com a Estagiária Inominada, já que ela eu conheço pessoalmente, já tenho mais intimidade, mas ela mora muito longe e eu vou chegar na casa dela já na hora de voltar... Bom, vou tentar um hotel!
Perguntei pra minha cunhada se tinha vaga no hotel que ela tava (ela estava lá participando de um congresso) e é lógico que não tinha.
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Ia ser assim, só que eu ia acordar sem as bagagens... |
Então pensei: Vou apelar pro Amigo (que vou chamar aqui de GD).
Explicando as condições da casa do GD: Com uma filhinha de seis meses de idade, recém operado de hérnia, e quando eu falo recém operado é recém mesmo. Ele tinha operado na segunda feira e eu estava lá em BSB na quarta a noite. E pra completar, a sogra estava hospedada na casa dele.
Deixei minha vergonha pra lá e, em nome da boa amizade e dos velhos tempos de faculdade, liguei pra ele e pedi abrigo. Ele prontamente disponibilizou a casa, mesmo com toda a situação. E eu resolvi então jantar no aeroporto mesmo pra não abusar tanto da hospitalidade dele.
Quando eu estava sentada, esperando minha picanha bem passada (porque né, eu merecia isso depois de me sentir uma sem-teto), a amiga me ligou falando que estava chegando pra me buscar. Depois eu fiquei pensando: Acho que sou retardada, porque era óbvio que ela num ia me deixar lá desamparada né. Mas na hora eu juro que achei que ia.
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Filme "O terminal" - Viktor Navorski, tamo junto!!! |
Fomos pra casa dela. Longe. Lá no Varjão. Mas tudo bem, a gente tava de carro e ela e a namorada me receberam super bem (são uns amores e eu adoro as duas).
No dia seguinte eu fui cedo participar de um curso (desculpa que eu arrumei pro chefe me deixar ir pra BSB) e na hora do almoço seria nossa Reunião Gaiolística (verdadeiro motivo pelo qual eu quis participar do curso em BSB).
Electra foi, a Estagiária Inominada não! Como sempre estagiário nunca faz nada direito. Não sei o que ela vai ter que fazer agora para se desculpar comigo e com a Electra (aceitamos sugestões!).
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Ah... estagiários.... ainda bem que eu nasci formada! |
O almoço que era pra durar duas horas, foi diminuído para uma horinha só. Mas tudo bem, quem está ligando para a segunda parte do curso? Eu chego atrasada e pronto!
Electra chegou lá toda linda e cheirosa! Gente, eu tenho que falar! Eu nunca consegui chegar num lugar e alguém dizer "nossa que perfume bom". De duas a uma, ou eu sou fedorenta ou os meus perfumes não prestam, porque eles não duram na minha pele, e eu sou frustrada por causa disso! Hunfff!
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NOSSA!!!! SERÁ??? |
Fomos até o The Fifties, no Pier 21, e começamos a
falar mal da estagiária furona colocar as novidades em dia. Até que os sandubas chegaram, junto com as batatinhas cheias de queijo e bacon, porque segundo Electra, ninguém pode engordar sozinha, então fizemos isso juntas! Isso que é amizade ein!
Eu, muito chique e bem vestida para o curso, resolvi que queria comer sanduíche com ketchup. Porque o ketchup que tinha lá era aquele gostosinho da Heinz (não era aquele fuleiro que eu como no sanduíche porcão aqui da esquina).
Eu abri a tampinha, olhei bem de perto para o buraquinho do ketchup, vi um plastiquinho e pensei "Será que tá aberto?", dai eu apertei!
Porque né, eu num ia mirar o buraquinho pro prato e nem para o sanduíche antes de ter certeza que ele estava aberto. O melhor mesmo era mirar o buraquinho no olho e apertar.
Voou ketchup na minha cara, na minha roupa, no meu cabelo, no banco... só não voou no sanduíche e na Electra (graças à Deus). Dai eu fiquei lá com aquela cara de susto, cheia de ketchup, pensando "Como eu sou estúpida, meooodeossssss!"... Electra foi super delicada e deu uma leve risadinha, bem mínima e ficou falando pra eu não abaixar a cabeça porque ia melar mais ainda meu cabelo.
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Foi assim, só que pior! |
Abaixar a cabeça? Minha vontade era me enfiar debaixo da mesa e num sair nunca mais de lá. Com muito custo e muito guardanapo eu me limpei e fiquei ali, com o cabelo duro, cheirando ketchup e agradecendo à Deus porque eu tinha escolhido um vestido preto pra vestir, porque se não eu ia voltar pro curso parecendo ter tido uma hemorragia.
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Eu sei como é... |
Electra, lindona, obrigada por você não ser a Sherazade, porque se fosse ela eu tenho CER-TE-ZA que enquanto eu me limpava ela estaria tirando fotos e postando no nosso grupo!!!
Infelizmente meu horário de almoço acabou e eu tive que voltar para o curso. E depois para Aracaju. Mas apesar de todas as desventuras, a viagem foi ótima e valeu muito a pena ter visto minhas queridas amigas!!!
Poder dar um abração na Electra e ficar conversando sobre a possibilidade de sermos vizinhas... (depois eu conto o porquê...).
Ah, e pra vocês MORREREM DE INVEJA, eu ganhei presente... mas depois eu conto qual foi!
Quem sabe uma hora eu consiga arrumar um curso pra fazer no Rio, ou até mesmo nos EUA, ou na Bélgica... deixa meu chefe ficar de bom humor que eu tento!