Dias atrás eu estava voltando pra casa debaixo do agradável sol das 2h da tarde aqui de Mordor do centro-oeste, quando, ao passar ao lado do estacionamento de um banco, vi uma mulher tentar sair do estacionamento e bater na porta de um carro que estava estacionado do outro lado da rua.
A monstra deu ré no carro com toda a força (não exatamente força dela; favor ignorar a má utilização da expressão) e acertou a traseira de seu carro no carro de um terceiro, que provavelmente estava dentro do banco naquele momento.
Como pessoa civilizada que era, logicamente ela parou seu carro e procurou saber quem era o dono do carro em que bateu, para que pudesse oferecer-se para reparar o dano causado.
Ops... estou me enganando de história. Isso de procurar o dono do veículo que sofreu a batida para se oferecer para reparar o dano aconteceu num conto de fadas que eu estava lendo num outro dia... Nesse dia, a mulher simplesmente manobrou o carro e foi embora, deixando o prejuízo pro otário que não estava lá pra lhe dizer umas boas...
Eu, que não tenho nada que andar resolvendo o problema dos outros, fiz o que? Anotei a placa do carro dela e entreguei pro dono do outro carro, a quem um flanelinha tinha ido chamar desesperadamente.
Daí ontem eu e o meu estagiário-namorado fomos lanchar na casa de uma vizinha dele, que tem uma filha que é casada com o chefe do corpo de bombeiros numa cidade da Suíça, e essa senhorinha contava que o rapaz ficou muito assustado ao ver as fotos das casas aqui no Brasil, todas com muros, grades, cercas elétricas... Ele disse que é muito estranho, que parece que todos aqui vivem na prisão.
(Aliás, meu avô, que viveu sempre na roça, quando ficou bem velhinho e passou a morar nas casas dos filhos, certa vez questionou que crime tinha cometido pra precisar viver na prisão. A casa era toda gradeada...)
A monstra deu ré no carro com toda a força (não exatamente força dela; favor ignorar a má utilização da expressão) e acertou a traseira de seu carro no carro de um terceiro, que provavelmente estava dentro do banco naquele momento.
Como pessoa civilizada que era, logicamente ela parou seu carro e procurou saber quem era o dono do carro em que bateu, para que pudesse oferecer-se para reparar o dano causado.
Ops... estou me enganando de história. Isso de procurar o dono do veículo que sofreu a batida para se oferecer para reparar o dano aconteceu num conto de fadas que eu estava lendo num outro dia... Nesse dia, a mulher simplesmente manobrou o carro e foi embora, deixando o prejuízo pro otário que não estava lá pra lhe dizer umas boas...
Eu, que não tenho nada que andar resolvendo o problema dos outros, fiz o que? Anotei a placa do carro dela e entreguei pro dono do outro carro, a quem um flanelinha tinha ido chamar desesperadamente.
Sou X-9 mesmo, e daí? |
(Aliás, meu avô, que viveu sempre na roça, quando ficou bem velhinho e passou a morar nas casas dos filhos, certa vez questionou que crime tinha cometido pra precisar viver na prisão. A casa era toda gradeada...)
Essa senhora contou ainda que o genro e a filha dela contaram (ô disse-me-disse do caramba!) que, lá na cidade em que eles vivem, ele estaciona o carro na rua, sai e deixa aberto, com a chave na ignição. E ninguém rouba? Disseram que não. Aliás (adoro essa palavra!), disseram que se começar a chover ou a nevar e o carro estiver aberto, às vezes as pessoas da rua mexem no carro: entram, fecham as janelas e depois vão embora, sem levar o carro.
(Suponho que num lugar onde as pessoas agem assim, um caso como o da batida deve ter como conclusão lógica a que eu li no conto de fadas, né?)
(Suponho que num lugar onde as pessoas agem assim, um caso como o da batida deve ter como conclusão lógica a que eu li no conto de fadas, né?)
É claro que isso gerou uma longa discussão entre eu e o namorado sobre como a má distribuição de renda e a péssima educação que recebemos em nosso país contribui para o aumento da criminalidade. Falamos ainda sobre como as pessoas aqui não se importam com o próximo, e se preocupam muito mais em cuidar de seu próprio bem estar que em contribuir para que exista de fato uma civilização aqui nesse aglomerado de pessoas que se chama Brasil.
Chegamos, contudo, à conclusão de que ambos temos fé no Brasil, e que com educação, combate à corrupção e justa repartição de riquezas ainda teremos um país bonito de se viver.
Logo após, paramos o carro na porta da padaria, descemos, compramos pão e, quando voltamos, algum сын сука (hahaha! nunca saberão que eu xinguei a pessoa de filho da puta em russo!!!) havia batido na porta do nosso carro e ido embora, sem se oferecer para arcar com o prejuízo...
Hunnn... Essa de deixar o carro aberto, com as chaves na ignição eu acho que eh certo exagero.. ne? Ok, meu carro não tem alarme, mas deixar as chaves na ignição e o carro aberto? Demais! exagero... Eu so vi isso em Mônaco... Na suíça não.. a não ser q ele viva num "dorp", que eh daquelas cidadezinhas com 100 habitantes...
ReplyDeleteAgora o Brasil... Nem com alarme, sirene, cobra venenosa, tigre dente de sabre dentro... infelizmente ainda não...
Desde que eu saí do Brasil S E M P R E deixei os carros e as portas da casa abertos. E as minhas acsas nunca tiveram muro, então era só entrar...
ReplyDeleteEm Bahrain, na ultima casa, a gente tinha muro ( por que a piscina era na frente e em país muçulmano eles ficam mais preocupados em ver seus peitos do que em roubar a sua casa) - mas os nossos carros sempre ficaram abertos.
Isso me deu ideia prum post - que virá semana que vem. Me aguarde!!
Engraçado como aqui no gaiola a gente se inspira nazamiga!
Isso existe de deixar o carro com a chave e o lugar se chama Japão em 2006m na época que eu morava lá rs. Aliás, nem precisa ser carro, vc pode deixar suas compras dentro da cestinha da bicicleta que quando vc voltar, elas estarão lá, intactas.
ReplyDeletePô, vc quis fazer uma generosidade e se fode? Que mundo é esse?
Kisu!
Eu ia falar da Inaie, mas ela já falou. Aqui tb é no esquema das grades, e mesmo assim é arriscado, já roubaram uma canga de praia minha, puxando pela grade...
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