Friday, March 1, 2013

Meu primeiro livro

Tudo bem que alguns integrantes desse blog possuem poderes especiais que eu, como simples estagiária não possuo. Mas mesmo assim eu também fui capaz de escrever um livro, cujo tema profundíssimo há de torná-lo um clássico a ser contado por muitas gerações.

Já deu pra ver que eu invejei esse tema da Ira, mas fazer o que, né? Cada estagiária com seus recalques...

Quando eu era criança, eu era simplesmente fissurada por desenhar e escrever. Certa vez uma professora disse que quando eu crescesse eu seria escritora, e uma colega da classe completou dizendo "E desenhora também!" Isso foi na ocasião em que eu levei pra escola a história da raposa ambulante que queria vender para a Dona Galinha o incrível desinfetante a base de gasolina, com a intenção de que a casa de Dona Galinha se incendiasse e a raposa tivesse frango assado no jantar. Mas infelizmente este conto foi colado na parede da sala e destruído quando as faxineiras resolveram lavar a parede.

Superei este sofrimento e um belo dia, ao ganhar uma folha branca, resolvi escrever um livro ao invés de simplesmente fazer um desenho qualquer nela. Cortei, grampeei as páginas e fiz um desenho para a capa. Achei genial. Pense em toda este talento 17 anos atrás:

Minha irmã escreveu o título.

Depois disso, levei uns 2 anos pra terminar de escrever a história, pois era muito profunda. Meu pai me cobrava todo dia: "E o Luli? Você matou ele? Nunca vai terminar a história dele?" Mas eu tinha uma vida ocupadíssima, e não tinha tempo de terminar de escrever.

Ops... acho que me confundi nessa parte da história. Na verdade, eu demorei pra escrever o livro não porque eu tivesse uma vida o mínimo ocupada, mas porque eu morria de preguiça. Então, não se assustem com o tamanho da profundidade da história.

Eis o inteiro teor deste clássico infanto juvenil da pós modernidade suburbana:

Princesa e Nikita eram cachorros que tínhamos na época.
Eu assistia novelas mexicanas, minha gente, por isso necessariamente havia uma Dona Clara e um Seu Joaquim - personagens totalmente do bem - para auxiliar Luli em sua dura caminhada. 

Observe meu talento para escrever na linha e para desenhar bigodes.
Ressalto eu mesma que dona Clara até podia ser boa gente, mas seus bolos não eram muito higiênicos, já que o cachorro Luli a ajudava ativamente em sua fabricação.



Observem o grau de preguiça da criaturinha: como tinha que criar um final pra história, acrescentei um pouco de melancolia, para deixar a história mais emocionante, e encerrei logo a história, acrescentando um desenho no fim, para não ficar sem sentido aquela última página em branco.


Foi um sucesso para com a crítica: meu pai e minha mãe ficaram impressionados com a genialidade da história, e me incentivaram a estudar bastante (provavelmente pra eu não precisar viver desse talento no futuro). Escrevi mais uns 10 livrinhos desse tipo depois, mas confesso que, embora esse tenha sido o que eu mais tive preguiça de escrever, é por ele que eu tenho mais carinho hoje em dia!

OBS: 17 anos depois uma amiga ganhou uma cachorrinha e, sem saber nada do meu livro, colocou o nome dela de Luli. Eis a linda Luli:


9 comments:

  1. Mas esse livro eh muuuuuuuuuuuito melhor do que o da Ira! E tem foto pra provar... maravilhoso! Sera que tem continuação?

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  2. Caraca!!! Que talento que essa estagiária inominada tem viu!!! hahhahahaha
    O livro é fofo..hahahahaha... e que legal que você conseguiu guardá-lo, e que sua mãe não jogou fora como o da Ira...heheheh assim vocês não vão brigar pra ver quem vai entrar primeiro pra academia brasileira de letras!!! ui!!!

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  3. Começou bem cedo hem. Que linda cachorrinha.

    bjs
    @RaCk__
    http://blogvidinhaminha.blogspot.com.br

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  4. Adoreiiii! Nossa, que legal que vc ainda guarda coisas da infância rs....
    Eu joguei tudo fora, só tá guardado nas lembranças...

    Kisu!

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  5. Que livro e que ótima lembrança! Guarde pra posteridade,quem sabe ele ainda não vai influenciar mais algum talento da familia?

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  6. Eu acho que estagiária que mata a cobra e mostra o pau, digo escreve livro e tem coragem de botar na roda, tem que ser efetivada!!!

    adorei o cachorrinho ajudante...hehe

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  7. uhauhauhuah ADOREEEI!!
    E o 'desenhora'? kkk Chorei de rir!

    beijos!

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  8. Eu já contei no post da Ira que os meus livros escritos na infância ficaram na escola e eram expostos para os pais e outros alunos lerem. Nunca tive os meus de volta!
    Ao ler as fotos do seu, morrí de saudades dos meus, embora fossem feitos por obrigação. Todo ano fazíamos um!
    Que lindo! Parabéns!
    Beijos

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  9. Adorei!!!!
    Um livrinho de verdade. Que legal!
    Bjs.
    Elvira

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