Lá venho eu com tietagem outra vez, mas o negócio é que o Allan do Carta da Itália é um cara que cativa quem está a sua volta.
Eu já me matei de rir de algumas tiradas do Allan, já participei de sonhos malucos onde ele teletransporta o irmão para a sua sala ( ou seria o contrário?), já aprendi sobre vinhos e guloseimas italianas.
O Allan já tirou lágrimas dos meus olhos quando falou da esposa, das filhas e de coisas do seu dia a dia.
Apesar de todo mundo saber que politica e religião não se discute, esse blogueiro danado, não deixa de falar das coisas que ele acha importantes, mesmo que elas estejam no "grande livro de assuntos proibidos".
Aqui em casa, o Allan é unanimidade. Até a minha mãe é leitora assidua e fã de carteirinha!
Com vocês, meu amigo Allan, que escreve cartas lá da Itália e emociona meio mundo.
PS - Não vão virar leitores assiduos do cara só pela foto de galã que ele escolheu colocar nesse post, hem! Ouvi de fontes confiáveis que a esposa dele é braba!!!
A primeira vez que sofri um acidente doeu pra caramba. Foi numa curva da estrada entre Salvador e São Paulo, na volta do Carnaval de 1986. Tínhamos parado em Eunápolis para consertar o cubo da roda traseira da moto e o borracheiro garantiu que sabia trocar pneu de moto. Mentiu. Montar pneu de moto é mais complicado que de carro. Um pedacinho da câmara ficou beliscada entre o pneu e o aro e, lá na frente, já longe do borracheiro incompetente, o pneu estourou bem no meio da curva a 120 por hora. Lixamos o asfalto. Não me machuquei, mas meu irmão teve que voltar pra casa de ônibus, quando conseguimos consertar o garfo torto da moto e os pedaços de pele de perna e braço que meu irmão deixou no acostamento da estrada.
Voltei pra casa pilotando a moto sem poder olhar para o guidom: roda prum lado, guidom pro outro. Se olhasse, caía. Não olhei por doze horas. E cheguei meia hora depois do meu irmão, que tinha partido oito horas antes de mim.
Mas as férias em Salvador marcaram também o meu primeiro Carnaval na Bahia. Eu, que só conhecia o Carnaval carioca, me apaixonei pela cidade e pela folia. Avisei a namorada da época – que tinha ficado no Embu durante as minhas férias – que iria mudar para Salvador no ano seguinte. E mais: que ela iria comigo.
No ano seguinte foi a vez do meu primeiro casamento. Mudamos para Salvador e cinco anos depois nasceu a nossa primeira filha. Também em Salvador, nasceu a nossa segunda filha. E foi alí que sofri o segundo acidente, desta vez de carro. Doeu muito mais que no primeiro acidente e foi a primeira vez que fiquei na cama por três meses. A primeira Micareta, o primeiro São João de verdade, o primeiro porre de cachaça com cambuí, o primeiro caranguejo.
Ela não foi a primeira namorada, mas o primeiro casamento dura há 26 anos; a primeira filha faz química, a segunda, o liceu artístico; a primeira neve faz doer o tornozelo que quase perdi no acidente de carro; o primeiro Carnaval longe de casa dói todos os anos. A primeira vontade que me deu agora foi comprar outra moto.
A foto foi tirada na ida e na época não existia a fotografia digital. Na placa do posto onde paramos para abastecer, em Jequié, pode-se ver a distância para diversas cidades: estávamos longe pra caramba!
ReplyDeleteInaie e demais habitantes dessa Gaiola das Loucas, foi um prazer participar, mas foi muito mais divertido escrever.
Obrigado pelo convite!
:D
Poxa, foram tantas primeiras vezes num único post, que valeu por dez!
ReplyDeleteMas cuidado com a nova moto... não queremos um segundo acidente!!!
E quando eu lia esse post eu só lembrava das minhas mil viagens à Eunapólis (e Porto Seguro, que fica ao lado), da minha casa em Salvador, de como eu reclamava do carnaval da cidade e de como eu morro de saudade de casa ainda mais agora que o São João está chegando. E eu que nunca tinha entendido como tinha gente que sonhava em morar lá, agora entendo :).
ReplyDeleteRealmente Inaie está certa! Sou sua fã de carteirinha e adoro ler seus posts,mesmo quando não entendo alguma teoria complicada que voce resolve explicar...e quando voce me socorre com o nome do cronista de Caboclo Escondedor e quando vc coloca um nome que não conheço na receita q publica(lá vou eu ao google),enfim nem sempre compreendo,mas sempre adoro! Bjs Inté!
ReplyDeleteAhhhhh... um Carnaval em Salvador! Principalmente os de uns 20 anos atrás... ahhhh.
ReplyDeletebjs
Jussara
Já estive de passagem em Salvador, mas meu destino era Porto Seguro.
ReplyDeleteSeu post me deu vontade de conhecer um São João de Verdade! =)
Gostaria de saber mais sobre como foi o processo de mudança, onde moraram.... Achei tão corajoso ir pra um lugar e determinar que se casaria e se mudaria pra lá no ano seguinte! =)
E que surpresa legal ao chegar no final do post e descobrir que sua primeira esposa, na verdade é a única! Lindo!
Me fez lembrar da minha primeira (e única) queda de moto. Peguei trauma e não quero ter uma moto por nada nessa minha vida! Você é corajoso! Eu num encaro mais!
ReplyDeletebjoksssssss
Allan que legal este post. Com a Bel escreveu: Foram tantas as primeiras vezes por aqui...
ReplyDeleteParabéns prá vocês que souberam superar e driblar juntos por este caminho cheios de curvas e derrapagens, mas sempre juntos.
Abracos
Eu tenho pavor de moto. Não sei se é pq eu já vi acidentes muito feios, se é por causa de um colega meu que se quebrou inteiro ou se é por causa de um cara que vi no Japão que perdeu a perna.... Moooorro de medo. Mas já tentei andar de scooter... que foi uma AVENTURA pra mim rs
ReplyDeleteKisu!