A Pi eh minha irma gêmea. Eu a encontrei por acaso, nesses dias em que vou vendo o que as pessoas que eu sigo leem... Nao me lembro qual foi a ordem, mas eventualmente cai no blog dela e ja gostei do nome... Pitacos da Pi!!
E logo pensei... Se ela fizer uma brincadeira com o Pi da matemática ja ganhou uma fã/seguidora/stalker. Foi quando eu vi que não só ela faz uso do Pi matemático, como também tem um gato mostrando o kooh logo na primeira pagina. Pronto!!! Cai de amores.
Ela tem, senhoras e senhoras, 7 gatos, cachorros, papagaios, galinhas, pintinhos, girafas, elefantes... Ok, a parte dos 7 gatos, dos cachorros, galinhas e pintinhos eh verdade.
Vale muito visitar o blog dela - aqui - e ler o texto lindo que ela mandou pra Gaiola. Aproveitem!
Ira Fermion
Eu faço coisas pela primeira vez o tempo todo e nem tchum. Não
sou das que dá importância para as primeiras vezes, acho-as, normalmente,
banais. Mas há algumas, poucas, muito marcantes, como a primeira vez que amei
um cachorro.
Eu nunca tinha tido um cachorro, apesar do meu pai - psicótico
- ter me dito, quando pedi um, aos 9, que eu tinha tido um fila, aos três anos,
e esqueci de dar comida a ele e ele morreu. Ou seja, segundo pápi, eu não era
merecedora de ter cachorros. Acreditei nisso até ver um fila, pela primeira
vez. Era um cachorro muito grande, muito bruto pruma menina de 3 anos ter
matado. Pois é…
Após uma vida de frustração, fui ter meu primeiro cachorro
quando me casei. A gente não tinha móveis para por na casa e lá se foi em busca
de um cachorro. Meu marido quis uma boxer branca, porque ele gostava da raça.
Pra mim, qualquer vira-lata de rua serviria, mas… O cachorro seria mais
dele do que meu, porque eu já tinha um gato.
Fomos buscar a Vaca - cujo nome era uma homenagem a uma
pitbull de briga, resgatada e ressocializada, que meu marido amou em NY - sem
nem saber quem seria ela. Escolheríamos lá, entre duas meninas. Dizem que
quando vamos pegar um cachorro, não devemos ficar com o que nos escolhe, porque
um cachorro "ousado" é sinal e problemas. A Vaca nos escolheu. Saiu
lá do cantinho, onde brincava com os irmãos, e veio até nós. A irmã dela, que
teria sido nossa escolha natural, não foi tão simpática e ficou para trás.
Nunca nos arrependemos de tê-la trazido para casa!
Putz, como cachorro é diferente de gato. Como é carente, como
baba, como pula na gente, como custa a aprender a fazer xixi no lugar certo.
Como é irresistível, apesar disso! A Vaca era adorável. Gostava dos gatos
e tinha medo das galinhas - mas comia o cocô delas! Odiava
cavalos, bicicletas, entregadores e pinschers. Amava a gente, disso,
nunca tivemos dúvida.
A Vaca era família - ou farmília, como diz um amigo.
Foi pivô do primeiro desentendimento com os vizinhos - a vizinha achava que a
"vaca" que meu marido xingava quando fazia coisas erradas era eu!
Mandou o sobrinho vir averiguar. Estava no quadro de funcionários do site da
nossa empresa, como mascote. Recebeu e socializou cada cachorro que veio depois
dela. Teve lindas filhotes que amamos até que a leishmaniose - praga nessa
porcaria de cidade - as levar de nós. Aceitou cada ave e cada gato que aqui
chegou. Aceitou até os ataques e unhadas do Pudim, o gato que eu já tinha.
Era muito amada e tão importante que seria nossa dama de
honra, quando decidimo-nos oficializar nosso "casamento". Mas fomos
adiando o grande dia, sem grana para bancar festança e, de repente, veio o
grande C.
Em outubro de 2011, ela teve uma convulsão. No começo de
dezembro, entrou no cio. Seria o último cio dela, pois estávamos dispostos a
castrá-la. Passado o período, ela estava inchada. Levamos ao veterinário e o
diagnóstico foi devastador: tumores. Grandes chances de serem malignos, grandes
chances de metástase e uma imensa possibilidade da convulsão ter sido causada
por tumor no cérebro... E o cio ainda injetou uma carga hormonal potencialmente
fatal.
Começamos
o tratamento no mesmo dia, mas era tarde demais… Então, dia 30/12/2011, aos 5
anos, ela foi pra Fazenda dos Cachorros Felizes, levando uma grande parte
de mim com ela…
A
Vaca foi o primeiro cachorro na minha vida e, graças ao que ela me
ensinou/proporcionou, não foi a última.
Ai que lindo.
ReplyDeleteEu adoro cachorro justamente pela carência. Acredito que eu e o cachorros nos identificamos devido à isso: A carência.
Minha poodle morreu a pouco mais de 2 anos. Ela sofreu muito por causa de convulsões, tumores... a família inteira sofreu. Depois disso ainda não tive coragem de ter outro animal.
bêjo da Cris
Funciona, pra mim, a ocupação imediata do espaço que ficou vazio - nunca a substituição do bicho. Senão, a gente se acostuma a não ter mais e, daí, vem o medo de perder de novo... Depois da Vaca veio o Toro. E ele também me faz sorrir!
DeleteAi perder o primeiro animal de estimação é tão duro, cruel, mas só colocar um outro bichinho no lugar que tira a tristeza de dentro de nós.
ReplyDeleteAdorei ela!
Kisu!
A Vaca foi o primeiro cão, mas houve uma porção de gatos e houve uma porção de cães depois dela. A vantagem de gatos é que são mais fortes, mais resistentes. E minha política é: vai um, vem outro. Mas a tristeza não passa, não...
DeleteAs pessoas "normais" nao entende o fato de amarmos e de morrermos um pouquinho, com a morte de tudo que amamos. Marcia
ReplyDeleteAs pessoas "normais" são tolas!
Delete1. Adorei vcs colocarem o nome na cachorra de Vaca! Muito original! Aqui em casa nós chamávamos todos os cachorros de Leão, até começarmos a colocar nome de comida: Pimenta e Amora!
ReplyDelete2. O nariz cor de rosa da Vaca quando era filhote é irresistível!
3. Me corta o coração os bichinhos sofrerem com doenças tão graves. Não dava pra eles não morrerem, ou morrerem de velhice? Muito injusto! :(
Beijos
Não temos preconceito com nomes! Temos até uma Panqueca! Quando a Vaca tinha uns dois anos, ganhei o Frango, um mestiço de galgo com pitbull. Era coisa linda de deus, mas a mistura não foi boa para a saúde. Era frágil e morreu tão novinho...
DeleteAh, Cute, que coia feia... Shame on you!
ReplyDeleteEstou proibida de comentar sobre cachorros. a minha Mel partiu pro céu dos animais agora no final do ano. E ainda não consegui digerir isso.
ReplyDeleteSinto muito, Bel...
DeleteOi Pi. Cheguei aqui tarde por motivos alheios à minha vontade!
ReplyDeleteSempre tive cachorros! Nas minhas lembranças mais remotas tem um cachorrinho! Na minha casa já chegamos a ter 7!
Como eu sou famosa por ter cachorros, as pessoas sempre me procuram oferecendo porque não dá mais, porque é levado, porque ficou grande demais, porque é destruidor... e eu sempre aceito! =)
E já tive um boxer amarelo muito dócil chamado Igor. Uma noite eu o predí no muro como de costume. Não sei o que aconteceu, já que ele nunca fugiu de casa e nunca soube dele ter pulado o muro. Mas naquela noite ele tentou e morreu enforcado.
Meus pais acordaram com os vizinhos que passaram e viram, mas já era tarde demais. Tem alguns anos que ele está na fazenda dos cachorrinhos felizes!
Beijos
Olá! Fiquei muito feliz com o convite da Ira e realmente sinto orgulho de estar aqui no cantinho de vocês.
DeleteTenho 7 gatos. 6 resgatados. Todos foram, se pensar que a única de raça veio da casa da minha sobrinha, onde era chacoalhada e apertada. Eu não posso pegar todo gato que tentam me dar, gatos não são tão sociáveis, entre si... Mas se eu pudesse, se eles deixassem, eu seria uma feliz portadora de hoarding. Com cães eu não tive muita sorte. Cidade foco de Leishmania, mesmo vacinados, alguns morreram disso. Outros, por problemas genéticos. Alguns, simplesmente, tiveram que ser postos à adoção por não se adaptarem à casa/gatos... Mas cada um deles valeu a pena. Bicho é tudo de bom!
Beijo!
Bicho eh tudo de bom! Cheguei de viagem ontem bem tarde e so conseguia apertar os meus gatos? Passamos a noite dormindo abracadinhos, que delicia!
ReplyDeletelindo seu texto! linda a vaca!