Lembra que eu contei em detalhes como foi meu vestido de noiva? Esqueceu? Da uma lidinhaaqui. Primeiro eu fui alvo da aposta mais estapafúrdia:
- Inaie vai se casar de vermelho, com um vestido doido de pedra!
- Não! Vai se casar de branco, véu e grinalda, com um vestido super tradicional!
Sem saber que tramavam ganhar din din ás custas da minha escolha vestidística, me casei de branco, num vestido com véu, grinalda que ao mesmo tempo era a coisa mais doida que já entrou igreja adentro. Além de ter que ser "seguro" com arames, por que não tinha tecido suficiente pra manter o bichinho no corpo!
Acontece que quando eu entrei na igreja, lepida e saltitante, feliz da vida, me sentindo MARAVILHOSA, a padre quase surtou. Disse que ia me excomungar,e a minha mae, que nem em Deus acredita, contornou a situacao na maior maestria: - Excomunga amanha padre! Hoje vamos fazer esse casamento...
Você quer falar de gente doida? Maluca? Fora da casinha? Então você está mesmo no lugar certo.
A primeira vista, a Lu é uma menina super normal, mas quando você a conhece melhor, descobre que ela é capaz de qualquer loucura por amor.
No post de hoje, ela conta uma história super caseira, de dona de casa amantíssima e dedicada.
O que vocês não sabem, mas eu vou contar por que sou fofoqueira, é que ela cometeu uma das grandes loucuras da sua vida, em nome do amor.
A Lú, que eu tive o prazer de primeiro conhecer pessoalmente e depois virtualmente ( doida essa inversão, né não?) atravessou o mundo em nome de uma paixão.
Ela conheceu um cara maravilhoso, se apaixonou, jogou tudo prá cima e apostou num relacionamento do outro lado do mundo, com uma pessoa de uma cultura completamente diferente da dela.
A sua maluquice deu super certo - hoje eles são um casal lindo e feliz!
Quer saber mais sobre as andanças dessa doida? Visite o blog dela Sweet Home Canada
Sempre gostei de trabalhos manuais, desde a época do jardim de infância quando fazíamos trabalhos de sucata; colar, cortar, desenhar, sempre foram paixões, acho que ser filha de professora de jardim de infância ajudou. Também sempre tive uma certa paixão por costura, mas nunca enfiei a cabeça para aprender, adorava passar as horas vendo minha avó costurar, ela era e ainda é a costureira da família. Vestidos de noiva, de damas, de festa, fantasias de bale e até roupinha de boneca era só discar 1800-vovó e o problema estava resolvido. Minha mãe também costura, mas nunca teve muita paciência pra coisa, se resumindo a fazer pequenas pecas de roupa ou minhas cortinas.
Minha primeira experiência com as agulhas veio com o bordado, comprei uma revista, estudei o ponto de cruz e fiz, mostrava pra minha avo e ela corrigia meus erros. Amo bordar é uma ótima forma de passar o tempo e relaxar, e minha mãe fica doida pois ela odeia o ponto de cruz e vive dizendo "coisa chata, vai, vai, vai, volta, volta,volta. Parece que nunca vai acabar", o que é verdade. Mas a minha maior vontade era aprender a usar a máquina de costura, mas e o medo?! Medo de costurar meus dedos, já pensou nisso?
Coisa de 3 anos atrás, eu e uma amiga tivemos a ideia de abrir uma confecção de bolsas, ela desenharia as bolsas e eu costuraria. A coisa não foi pra frente pois na época voltei pro Canada e ela no Bahrain ficaria complicado começar uma negócio. Mas no mesmo ano o meu marido meio que deu um empurrãozinho para eu ir a diante com a ideia. Procurei tudo que seria necessário para construir uma bolsa e como fazer, mas faltava o básico: Aprender a usar uma máquina de costura!
Como estava de viagem marcada pro Brasil, decidi que ia ser nessa viagem que iria perder o medo da dita cuja, sentei com a minha mãe e minha irmã e ela foram me explicando passo a passo, como passar as linhas, como fazer arremate, como e por que usar os diferentes tipo de pontos e o mais difícil: controlar o pedal da máquina… E como é difícil! Controlar o pedal da maquina é como controlar o acelerador do carro, pisando leve você vai bem devagar e se pisar fundo pode dar de cara num poste, no caso da máquina você corre um serio risco de costurar o dedo e acreditem, já aconteceu comigo. Posso dizer que essa primeira experiência foi uma tortura, eu suava frio, tremia, não enxergava direito, tudo isso só para fazer uma ponto reto, simples, num pedaço de pano.
Passado esse inicio conturbado, eu e a máquina de costura nos tornamos BFF. Comprei a minha máquina e a amo de paixão. Comecei a fazer as minhas bolsas, onde no início levava um dia inteiro para fazer 1 bolsa e hoje dependendo do tamanho da bolsa posso fazer entre 3 -6 bolsas (claro quando o tempo permite), mas não parei por ai, me aventurei em outros projetos, fiz as cortinas da minha casa, não pago mais por bainha, já fiz sacos de dormir pro meu sobrinho e o trabalho atual são capas de almofadas pro meu sofá. Ainda não fiz nenhum curso de corte e costura, sou na verdade self taught aprendi tudo através de blogs e You Tube, mas tenho sim vontade de fazer cursos por vários motivos que eu poderia passar o dia aqui explicando……
Enfim levou 31 anos mas finalmente eu tive a minha primeira vez com a tão desejada maquina de costura
O que você faria se de repente encontrasse com seu herói bem no meio da rua?!
Miss Bellum ficou tietando a Sandy no meio da faculdade - para vergonha da nação roqueira a que ela se dizia pertencer. E se Electra e Sherazade tivessem encontrado os Menudos no auge de suas calças coloridas? E se Ira tivesse encontrado David Bowie, assim cara a cara?! E se a Rainha de Copas encontrasse Brutus por aí?
Rainha de Copas assanhada!
Todas chora de paixão nessa gaiola por algum herói jamais esquecido...
Mas eu tenho que dizer que o meu sonho de encontrar com meu herói foi realizado! E o meu herói não era só internacionalmente famoso, mas bonito, forte, corajoso, inteligente, nobre!
Um belo dia estava eu na fila do ônibus para ir pra casa quando de repente aparece ele! Com seu belo uniforme e armado! Dizem que as mulheres gostam de homens fardados, mas isso é porque elas nunca viram um herói frente a frente! O uniforme de herói é muito mais emocionante que a farda de um militar! Ainda mais quando se trata de um uniforme em cores vibrantes, que fazem enaltecer o corpo atlético que o veste!
O fato de um herói andar armado faz com que as pessoas a sua volta se sintam seguras, e quando a arma não oferece um risco iminente para a sociedade, mas somente causa algum dano se for utilizada contra o crime torna tudo mais belo, romântico e próximo de um sonho!!!
Ah, meninas, já as vejo suspirando, só de imaginar a presença dos heróis de seus sonhos!
Eu tive que aproveitar a oportunidade, que poderia nunca mais se repetir, para tirar um retrato dele: o herói das Américas! E pra mostrar que sou generosa e permitir que as paixões suspirem de donzelas... digo, digo... que as donzelas suspirem de paixão, eis aqui a foto que tirei do herói, que somente teve tempo de me dizer: "Coloca no seu facebook!"
Com marreta biônica, anteninhas e tudo!!!
O que foi?! Estão olhando com a cara ruim porque? Cada um com seu herói, oras!
CACHAÇAR - Do verbo "tomar todas". Ato ou ação de elevar a concentração de álcool no sangue a ponto de reduzir a zero a consciência de um ser humano.
Eu perguntaria "quem nunca?", mas realmente tem gente que nunca! Mas não eu. Eu já!
"Cara de quem tá aprontando"
Quando eu era mais nova, e ainda morava na casa de mamãe, sempre escutava as histórias dos amigos contando das mais diversas e absurdas situações alcoólicas presenciadas e vividas. Eu achava exagero sabe. Porque como assim a pessoa faz um monte de merda e não se lembra no dia seguinte? Pega aquele cara escrotão que tava na festa e depois jura que não? Vai dormir na casa de um desconhecido e depois nem sabe onde acordou? Como assim o teto roda se ele está lá, paradinho?
Enfim, eram questionamentos básicos que eu me fazia enquanto escutava as histórias (geralmente contadas por outros, que não o bêbado em questão, porque ele mesmo sempre jurava não saber de nada daquilo).
E tem até a célebre frase "Khoo de bêbado não tem dono"... Eu sempre achei engraçado mas nunca tinha pensado que alguém pudesse roubar um Khoo por ai assim (inocência a parte).
Minha mãe tem a mesma cara!
Dai que o tempo foi passando, e eu comecei, bem superficialmente, a experimentar uma cervejinha ou outra. Mas, evidentemente, nunca a ponto de chegar na situação citada acima (tanto porque, se tivesse chegado assim na casa da minha mãe ela teria ceifado minha vida).
Mais um pouquinho de tempo se passou e de repente eu estava morando sozinha, lá em Campinas (Unicamp! Salve!). E quando você mora sozinho ninguém te proíbe de fazer nada de errado! Pelo contrário, a galera até incentiva e vai junto.
Era mais ou menos assim...
Eis que descobri a magia de jogar sinuca em butecão. Passando noites regadas a Brahma - de Agudos, por
favor! (os bêbados ai sabem porque) ou Skol geladíssima! Depois disso veio a magia do videokê com a amida da filosofia (esse povo da filosofia era sempre tranquilo, quebrado e lesado - machonhado, e eu adorava transitar no meio deles, mas sem ser maconhada, porque né, eu precisava dos meus neurônios pra passar nas matérias da engenharia). E sabe que depois de algumas geladas aquele som que a princípio era um desastre, começa a se tornar um show ao vivo! E a vergonha de ir lá cantar na frente de todo mundo .... que vergonha??? E ali as pessoas se transformavam.
Tomara que o dono dessa foto não ache ela aqui...!
Os pedreiros da obra vizinha ao bar se tornavam grandes amigos e pagavam cerveja pra gente. Tinha gente muito estranha que no final da noite parecia tão normal, assim como eu (e a amiga da filosofia que me levava nesses lugares... é, faz parte do aprendizado da vida: lugares onde você não deve ir em sã consciência).
E foi embalada nessa atmosfera livre, leve e solta que em uma certa noite de quinta feira, lá no ano de 2000 (e eu sei que foi quinta porque na sexta eu tinha que ir para casa em São Paulo) eu sai com a amiga da Filosofia e mais um amigo da Civil para jogar uma sinuquinha inocente no começo da noite, afinal, já estava chegando o final de semana e precisávamos tirar o stress dos nossos corpos (que à eles não pertencia).
Só para deixar a situação mais clara vou descrever o amigo da Civil. Era um japinha, mais baixo do que eu, mais novo do que eu, mais lesado do que a amiga da filosofia, que se comunicava através de grunhidos e me chamava pelo nome errado. Eu era uma pessoa muito seletiva quando se tratava de escolher amigos.
Fomos para o bar. Dessa vez pertinho de casa, sem pedreiros e sem videokê. Só a mesa de sinuca e as cervejas geladas.
Começamos a jogar, tomamos uma, jogamos mais um pouco, tomamos outra, pedimos batatinha frita e um X-bacon, tomamos mais uma e mais outra e mais outra, jogamos mais um pouco, tomamos mais uma e de repente eu estava acordando no banheiro da minha casa, deitadinha no chão.
Não entendi porque eu estava ali, nem como tinha chegado, mas achei melhor ir até a sala para deitar no sofá (porque no quarto tinham mais duas meninas dormindo e eu não queria acordá-las. Morar em república é um saco as vezes). Tentei levantar mas foi muito difícil, então conclui que seria mais viável me deslocar engatinhando, afinal o sofá não ficava tão longe assim.
Deitei com a barriga pra cima e olhei pro teto. E ELE GIROU!!! E girou, e girou, e girou! Resolvei fechar os olhos pra ver se ajudava, dai a casa toda girava. Achei mais seguro ficar com os olhos abertos e sentar ao invés de ficar deitada. E eu fui para os braços do Deus Hipnos... Zzzzz...
Foi EXATAMENTE assim!
Na manhã seguinte acordei e já não tinha ninguém na casa. O sol já estava alto e, evidentemente, eu tinha perdido a aula. Parecia que eu tinha levado uma porrada no estômago, estava enjoada, com a cabeça pesada e o coração batendo forte. Quando olhei pro lado, a capa do sofá estava toda vomitada.
Ah, se fosse só isso...
Sentei, olhei pro chão e pensei: NUNCA MAIS EU BEBO!!!
Pena que não...
Levantei e fui para a lavanderia pegar um pano pra começar a limpeza. No caminho eu achei uma caixa de hamburgueres em cima da mesa. De onde será que veio aquilo? Fiquei encarando a caixa com medo da resposta. E nada de lembrar... Resolvi colocar na geladeira e continuar com a limpeza.
De onde veio aquela caixa???
Uma das piores coisas do mundo é ter que limpar vômito com o estômago enjoado, mas enfim, eu precisava limpar... lavei a capa, limpei o chão e a parede, fui procurar mais algum estrago que eu poderia ter feito e fui tomar banho. Arrumei minhas coisas e zarpei para o final de semana em São Paulo.
No momento eu preferia uma boa morte...
Segundona de manhã cheguei na aula e encontrei o amigo japa.
Amigo Japa: Tudo bem com você??? (risadinha)
Eu com cara de "o que foi que eu fiz": Tudo... porque???
Amigo Japa: É que você tava MAAALLL quinta...
Eu: .... é... eu passei mal...
Amigo Japa: Comeu o hamburguer?
Eu: Como você sabe do hamburguer?
Amigo Japa: Fui eu quem te deu... Num lembra que a gente foi lá em casa depois que saímos do bar?
Eu, com cara de rolha: ... não...
Tomara que não tenha acontecido nada desse tipo...
O amigo japa resolveu parar de conversar e ficou só rindo da minha cara. E foi naquele momento que eu descobri como era cachaçar de verdade! Foi ali que eu percebi que tudo aquilo que eu escutava e não acreditava, realmente acontecia! Foi ali que eu lembrei do khoo do bêbado... e que o meu, graças à Deus, ainda estava inteiro (mas podia não estar, então era melhor tomar mais cuidado)!
Dias depois fui na casa do Amigo Japa com a amiga da filosofia, porque eu ainda não sabia onde era, para irmos jantar um X-bacon (eu adorava esse sanduíche), foi então que eu enxerguei um muro amarelo e comecei a ter uns flashs... Muro amarelo... portão cinza... o amigo japa com uma caixa de hamburgueres na mão........... E só!
E foram só essas as lembranças daquela fatídica noite. Até hoje eu não sei como foi que eu cheguei em casa. Até hoje eu não lembro de ter saído do bar e ter ido até a casa dele. Até hoje eu não sei como eu consegui vomitar dormindo.... mas tudo isso aconteceu... e eu estava lá (mesmo que apenas de corpo presente).
Depois dessa, houve outras noites, outros porres, outros apagões de memória, muitas e muitas promessas de "Eu nunca mais bebo" que nunca foram cumpridas, muitas histórias, muitas risadas, muitos jogos de sinuca, muitas Brahmas e muitas Skols... e felizmente sai com meu khoo ileso!
Mas cuidado! Você ai pode não ter essa mesma sorte!!!
Tem um premio que eu não gostaria de ganhar... Vejam bem... Eu NÃO quero ganhar!
Eh o Darwin Awards...
O premio dado a toda anta, ops, pessoa com intelecto reduzido que conseguiu se matar de maneira estupida, deixando assim de perpetuar a especie e seguir com sua herança hereditária pouco adaptada.
O premio existe de 1993 e ja "honrou" muitos brasileiros.... Eike orgulho.
A justificativa, em ingles, fala que: "In the spirit of Charles Darwin,
the Darwin Awards commemorate individuals who protect our gene pool by
making the ultimate sacrifice of their own lives. Darwin Award winners eliminate themselves in an extraordinarily idiotic manner, thereby improving our species' chances of long-term survival."
Eh isso ai! Que os tontos não procriem...
Estou sendo maldosa, eu sei... Mas eh tudo culpa de um aluno que tem me tirado do serio!
O ganhador do Darwin Awards que eu mais gostei foi um brasileiro (Brazil-zil-zil!!!) e eh do Parana... Foi um padre que conseguiu uma maneira maravilhosa de visitar seu "chefe" (Deus)... hahaha
Como? Fácil! Ele encheu trocentos baloes de gás, amarrou em seu corpo e saiu voando!!! Voar, voar, subir, subir!!! Pra que? Pra morrer de frio!!! Um grande de um mane!! Nao sabia que a temperatura da Terra decresce com a altitude? G-E-N-I-O!
Em homenagem ao padre e a tantos outros gênios deixo uma musiquinha muito pertinente.
A primeira vez que eu me casei, eu era novinha, tinha 21 anos. Acabei a faculdade e achei que ja estava mais que na hora de virar gente grande.
Ja contei aqui a minha relacao pouco tradicional com religiao. O negocio e que quando eu resolvi me casar, quis por que quis que meu pai entrasse comigo na igreja. Isso mesmo, me casei de veu, grinalda, com padre, sermao e tudo o que eu tive direito.
Voces se lembram que eu me casei com 21 anos? E se hoje eu nao sou la muito "normal" imagine 17 anos atras.
Fui comprar meu vestido de noiva sozinha, la na Rua das Noivas em Sao Paulo. Olhava, olhava e nada me agradava.
Eu queria um vestido que tivesse a minha cara, que fosse diferente, que fosse marcante.
Subi aquela rua, desci aquela rua, e nada!
Ai vi uma loja otima, com um estilista maravilhoso, e decidi desenhar meu proprio vestido. Com a ajuda do fulano, claro.
No final, o vestido ficou MARAVILHOSO. Infelizmente nao tenho fotos, meu pai, num ataque xiliquento, jogou todas as fotos fora.
Vou ver se consigo descrever o bendito:
Branco.
BRANCO? Sim, branquinho.
Todo bordado em perolas.
O que? Perolas? Ta louca?
Perolas delicadissimas, um charme.
Veu. Grinalda.
E alguem quer me convencer que esse dito cujo era diferente? esta parecendo o vestido da vovozinha.
A gola dele era bem alta, abotoadinha no meu pescoco ( como colarinho de padre, mas branquinho ne.
Um vestido curto, um palmo acima do joelho.
Mangas compridas - era julho - fazia frio.
Quando vi o desenho, achei que tinha "quase"a minha cara. Ai falei pro estilista:
Faz um zigue zague na barra.Como bandeirinha de Sao Joao.
Ele fez.
Agora faz um losango imenso atras e deixa as minhas costas de fora.
Ele concordou, apesar de achar estranho.
Opa, esse negocio de losango esta me animando. Separa as mangas do vestido, deixa os meus ombros de fora. Meus ombros sao bonitos
Ok. La vao mais dois losangos.
Eu sempre tive peitao, e o vestido nao tinha decote nenhum - abre um losango no peito. sensual, mas nao grande demais para nao ficar vulgar.
Acho que ele queria infartar, mas nao podia ne? Abriu o losango.
Pronto!! Agora so falra um no umbigo. Do mesmo tamanho do decote.
Queeeee?
Abre ai.
O cara passou horas tentando me convencer a fazer esses losangos todos com um forrinho, ou tirar o tecido mas deixar um tulezinho, uma organzazinha, qualquer coisa...
Na, na ni na nao!
O jeito foi colocar um arame para segurar todos esses losangos, ja que depois dos cortes e recortes, nao havia tecido suficiente para manter o vestido no lugar!
Para parecer vestido de noiva, so faltava mesmo uma cauda. Colocamos uma cauda removivel, em organza plissada, que caia retinha e abria quando tocava o chao.
Nao sei se a minha explicacao foi muito visual ( saco, por que o meu pai tinha que ter jogado as fotos no lixo???).
O vestido ficou barbaro. Tinha a minha cara!! So que tive que compra-lo. A loja disse que nao poderia fazer primeira locacao, por quee nao haveria segunda locacao...kkkk
Friday, April 19, 2013
Eu sempre tive o cabelo enorme. Aos 6 anos, quando eu entrei na escola, minha mãe resolveu cortar as pontinhas do meu cabelo e eu, chateada com isso, abaixei a cabeça bem na hora em que a tesoura cortou, fazendo a pontinha cortada medir uns 25 cm! Ganhei de presente um cabelinho cortado na altura da orelha, que eu amava, e jurava que me deixava parecida com a Patrine*.
Estão vendo algum cabelo aqui? Nem eu, mas 20 anos atrás, eu jurava
que meu chanel me fazia parecer com ela!
Depois disso, meu cabelo cresceu e cresceu e cresceu e cresceu. Sempre foi grande, compridíssimo. Eu era praticamente o primo Id!
Prazer, sou a estagiária inominada!
Com o tempo, meu cabelo deixou de ser liso, mas eu não percebi por muitos anos. Como eu achava que meu cabelo era liso, e minha mãe dizia que para o cabelo ficar sedoso era necessário dar pelo menos 100 escovadas nele por dia, ele ficava mais ou menos parecido com uma vassoura, só que menos arrumado. Imaginem um cabelo que desce até os quadris, penteado seco. Era como o cabelo da Anne Hathaway em "O diário da princesa", só que castanho escuro e três vezes mais comprido.
No ensino médio me ensinaram que cabelo cacheado não podia ser penteado, e eu aprendi! Mas daí passei mais uns 6 anos sem permitir que se cortasse mais que 1cm do cabelo em cada vez por ano que eu ia ao salão. As pessoas ainda me incentivavam nessa loucura, dizendo que meu cabelo era lindo e que eu jamais deveria cortá-lo. Em 2009 ele era tão comprido que fiz uma escova e ele ficou batendo na coxa! (Eccaaaaa!!!)
Até teve um dia, no trabalho, uma advogada (bendita seja essa alma caridosa!) me jogou uma indireta: "Seu cabelo é tão bonito... Eu gosto de cabelo comprido, mas eu não uso porque não fica bem em mim: às vezes o cabelo fica bonito, mas a gente fica feia com ele..." Eu nem me toquei que era uma indireta, e continuei com meu cabelão nojento.
Até o dia em que eu vi umas fotos do meu cabelo num churrasco que participei. Achei muito feio. Achei que estava me engordando e tampando meu rosto e trazendo tudo mais de ruim que cabelo em excesso causa na imagem de uma mulher.
Cabelo de vassoura, cara de meme.
Achei tão feio, que fui parar no salão na mesma semana com a instrução: "Corte como quiser". Foi a glória para minha cabeleireira, que era revoltada de nunca poder cortar mais que um dedinho do cabelo.
Ela foi cortando timidamente, começando pelas pontas e eu a avisei: "tou falando sério, pode cortar como quiser!". Ela fez como os cabeleireiros dos programas de TV, e cortou tudo à altura do ombro, pra depois começar a repicar. Me arrependi na hora!
Mas confesso que depois valeu a pena. Nunca recebi tantos elogios como após aquele corte de cabelo! Ficou assim:
Vou levar uma bronca por publicar essa foto...
Desde então, de tempos em tempos volto lá pra ela refazer esse corte, mas quem disse que ela corta assim de novo????? Sempre corta muito mais que isso e sempre diz que é porque eu não ia gostar se ela cortasse desse jeito. Eu fico brava, choro, reclamo... mas eu sou santinha-cagona e sempre volto lá pra ela cortar muito de novo!
Há duas semanas eu refiz o corte que me deixa careca.
Por isso esse post. Ainda estou brava. Sei que vocês vão preferir ver uma foto, mas no momento em que escrevo esse post meu cabelo está tão tão tão tão bagunçado que sou incapaz de registrá-lo com uma câmera!
Hoje é difícil uma pessoa se imaginar sem seu celular. Bate o desespero, aquela sensação de que a vida está acontecendo e que você está em um mundo paralelo (talvez a quarta dimensão do Gonzo... eu sempre quis entrar naquele armário...).
Mas a vida nem sempre foi assim. Havia uma época (doces tempos) em que a pessoa podia caminhar livre pelas ruas sem a mãe/namorado/chefe/amigo/telemarketing do cartão de crédito ficar ligando para incomodar... Podia dizer que ia dormir e sair pra festa sem ter o pai ligando a cada 10 minutos pra saber o que a pessoa está fazendo... Podia ir ao cinema e escutar somente os sons do filme e não os toques de telefone, ou ver a claridade da maldita tela do celular de quem sentou do lado e não pára de olhar o facebook mesmo quando o Bruce Willis está derrubando um helicóptero com um carro... Enfim, quando se vivia na vida real.
E eu vivi no mundo real! Incrível dizer isso porque parece que eu sou muito velha...! Era bom ficar incomunicável. Quando eu queria conversar com alguém eu mesma ligava do orelhão usando fichas... (saudades... suspiros...).
Mas dai chegou o celular. E não era todo mundo que tinha, mas eu ganhei um. Era meu primeiro ano de faculdade, me sentia muito importante, me sentia muito chique (e me sentia muito pobre, porque as ligações eram caríssimas). Quando alguém ligava eu atendia correndo, não dava tempo de dar meio toque e lá estava eu "Alô..."
E assim o tempo foi passando... a graça foi diminuindo... a encheção de saco foi aumentando... e em um belo dia, estava eu no ônibus da Cristália Campinas-São Paulo (porque Cometão num tinha condições... quem é de Campinas ai sabe do que eu estou falando), e o sono me pegou... Dei aquela cochilada boa no meio do trânsito da marginal, já na chegada da rodoviária, e quando acordei as pessoas já estavam desembarcando. Eu peguei minhas coisas e sai correndo para conseguir chegar logo (dali umas duas horas) em casa... E quando cheguei me dei conta "Cadê meu celularrrrr????"
E eis que ele tinha desaparecido... e foi o primeiro celular que eu perdi/roubaram. Depois desse vieram muitos outros... (por isso até hoje eu tenho dó de gastar muito dinheiro em celular.. porque cedo ou tarde eu vou ficar sem ele).
E os meses que se seguiram foram bons! Sem ninguém me ligando... sem eu precisar dar muitas satisfações... sem precisar por créditos que sumiam feito mágica... E aquela foi a última época em que eu fui livre... logo me fizeram comprar outro celular, que morreu quando eu derrubei dentro da minha sopa de beterrada, depois veio outro que pivetes me roubaram quando eu estava no Guarujá, depois vieram outros que eu já nem lembro mais... e hoje eu estou aqui, com o meu Samsung Y branco e riscado, que além de me ligarem podem me mandar emails, whats apps, gtalks, mensagens... enfim... estamos online!
Eu gostaria muito de ganhar um Nobel, mas olha, ganhar um ignobel também seria legal.
O ignobel eh um premio dado pela universidade de Harvard e não pensem vocês que esse premio eh algo ruim, para pesquisas ruins. O lema eh dar prêmios para pesquisas que primeiros nos fazem rir e depois nos fazem pensar. E tem coisa melhor do que pensar depois de uma boa gargalhada?
E tem uma coisa que eu acho muito legal, quem da o premio, quem entrega o premio, sao ganhadores do premio Nobel... Ja pensou? Uma dos ganhadores - Andre Geim - eh o felizardo de ter, além de um ignobel, um Nobel também... Ele ganhou o Nobel por seus estudos sobre o Grafeno e o ignobel por um experimento que conseguiu fazer um sapo levitar. Cientistas não são ótimos?
Grafeno
Um dos meus prêmios favoritos foi o estudo sobre malaria, que provava que mosquitos que transmitem a doença são tao atraídos por queijo quando sao pelo chule humano. HAHAHAHA
Embora o estudo soe curioso e estranho, hoje em dia em alguns lugares da Africa se usa armadinhas a base de queijo, para atrair e matar mosquitos da malaria.
Que saber mais sobre o premio? Tem uma lista aqui.
Depois de três anos escrevendo baboseiras infinitas no Out and About, os malditos spammers me encontraram e acharam engraçado ficar fazendo comentários sem nexo e sem sentido no meu pobre e inocente bloguinho! Ninguém merece, né? Já não basta eu receber centenas de e mails oferecendo milagres para aumentar o meu "pau"? Acho que esse pessoal é genial. Quem não tem um desses ( pau), precisa mais do que ninguém que ele cresça, certo? Bom, fica aqui o meu desabafo. A primeira vez que eu fui alvo de spammers foi um porre!! E agora, todos os dias, tenho dezenas de recados sem nexo no meu blog. Sejam solidárias por favor!
A Cristiane, de tão maluca, batizou o próprio blog de To doida na Belíndia. Inteligente, descolada e com muita história para contar, ela divide seu cotidiano conosco, de uma forma leve e engraçada! Você é expatriada? Foi expatriada mas voltou ao Brasil? Tem filhos? Tenho certeza que você pode se indentificar com ela. A Inaiê me perguntou se eu queria escrever sobre alguma primeira vez. Na hora disse que sim e que precisa de um tempo, após isso comecei a pensar sobre qual primeira vez eu iria escrever e percebi que não é fácil assim, já que uma primeira vez que para mim foi muito importante, pode não significar nada. Passei todos os dias, desde que ela me perguntou, voltando ao passado, relembrando momentos, revivendo situações até decidir que iria falar sobre a primeira vez que eu fui aos Estados Unidos. Ok, você irá perguntar: Mas isso é algo importante? Todo mundo viaja né? Tem sempre esta primereira vez, blá, blá, blá. Eu entendo e explico, esta primeira vez não foi uma viagem normal. Quando fui aos Estados Unidos em Outubro de 2005, fui fazer uma visita de pesquisa de campo. Eu e marido fomos até o Estados de New Jersey para visitar algumas cidades e procurar um imóvel para alugarmos já que iriamos mudar de país e começar uma vida nova, com tudo que ela tem, cultura, comida, hábitos, clima, vida e atitudes. Marido já conhecia tendo em vista que além de ter morado lá, visitava com frequência os clientes e o braço brasileiro da empresa em que ele trabalha é lá e justamento por isso estavámos nos mudando. Ele recebeu o convite de administrar este braço da empresa. Chegamos lá no começo do outono. Para mim já muito frio, já que no Rio estava fazendo uma média de 30 graus e lá os dias começavam com 10 positivos. Foram dias exaustivos, de procura, de encontamento, de espanto, de choque, de excitação, de tantas coisas que nem dá para descrever aqui. Eu achei tudo tão diferente e lindo e feio, tudo ao mesmo tempo. As árvores já estavam sem folhas e eu só conseguia ver tudo morto e marrom por toda parte. A comida era bem diferente, sem arroz e feijão, mas tudo bem a gente encarava. Também era hora de tomar decisões importantes como: Morar ou não perto da comunidade brasileira? Decidimos por não, pois já que iríamos mudar de país gostaríamos de viver como um local e assumir todas as facilidade e principalmente as dificuldades que isto iria gerar, sim porque eu não falava e nem entendia patavinas de inglês e meu espanhol ia até Arriba Muchachos e não passava disso. Era a primeira vez que eu iria viver em outro lugar sem ser o Rio de Janeiro e eu adoro ver a árvores dar frutas. O que isso sifnifica? Que eu gosto de ficar no mesmo lugar, de plantar uma árvores e esperar 4, 5 ou 6 anos para ela dar frutas, já o marido é um cigano. Viveu em tantos lugares do mundo que para ele não fazia diferença. O marido é um homem do mundo, fala várias linguas, é desprendido de lugares, enquanto eu sou bairrista de raiz. Foi a primeira vez que fiquei longe da família e amigos que conhecia por tanto tempo, longe daquele círculo de pessoas que são seu suporte, alegrias e tristezas, mas que te fazer ser o que você é. Também foi a primeira vez que fiquei longe do meu filho que ainda não tinha 2 anos, mas estava tranquila, já que minha mãe havia ficado com ele. Em 5 dias conseguimos alugar uma casa em um dos subúrbios americanos, sem muro, em uma daquelas ruas lindas e perto do trabalho do marido. Compramos um enxoval básico para o marido. Sim ele já iria ficar na casa nova e eu iria voltar sozinha para começar a preparar nossa mudança de país e de vida. Super responsabilidade ein? Agora imaginem a gente não conhecer as lojas e ter que correr atrás do básico para o marido sobreviver. Então compramos: um jogo de pratos, um jogo de talheres, um jogo de copos, 2 travesseiros, 2 jogos de lençol, um edredon e uma manta, um colchão e dois jogos de tolhas compreto, inclusive com tapetinho de banheiro. Na semna seguinte o marido comprou um computador, um aparelho de telefone, 1 tv pequena, material de limpeza e 1 mesa com 4 cadeiras e o resto ele iria esperar para quando eu chegasse. Também seria a primeira vez que o marido iria viver sozinho assim, sem nem a estrutura de uma empregada, coisa que estávamos acostumados no Brasil. Agora vocês imaginem, depois de 13 anos juntos e com uma vida mais do que estabelecida, iria começar tudo de novo e em um ambiente tão diferente, mas tão diferente que a gente nem imagina o quanto será diferente. Sabe quando você fica meio anestesiado? sem conseguir compreender o que este tipo de mudança pode trazer à sua vida? Também seria a primeira vez que eu iria viajar sozinha de volta para o Brasil. Ficamos uma semana em New Jersey. Perdi 5 quilos. Voltei com os lábios sangrando por causa do frio, mas cheia de novidades, presentinhos para o filho e energia para tocar o projeto para frente. Este projeto incluia: Vender todas as nossas coisas da casa, já que seria mais barato comprar tudo novo lá do que pagar uma mudança internacional. Cancelar todas as nossas contas ou transferir para o endereço dos meus pais, endereço este que passaria ser nossa base operacional no Rio. Escolher o as coisas que iriam continuar conosco. Preparar documentação para viagem e também providenciar tudo para nosso cãozinho viajar conosco, exames, autorizações e tudo mais. Também iríamos ficar mais um menos um mês hospedados na casa dos meus pais até o dia da viagem que seria no final de fevereiro e queríamos comemorar o níver do filho, que iria fazer 2 anos e o meu que iria fazer 36 e decidimos fazer tudo junto e transformar esta festa em um bota fora também, e vou dizer uma coisa - FOI UM SUCESSO. Comemoramos o níver e nos despedimos ao mesmo tempo. Esta festa também foi a primeira festa que fizemos. Foi um momento emocionante e alegre ao mesmo tempo. Este primeiro olhar para um país tão acolhedor e que hoje, depois de já ter voltado para o Brasil, posso chamar de casa também. Depois desta primeira vez nos EUA, eu passei a olhar o Brasil de uma forma diferente e em muitas casos com uma certa tristeza. Foi nos Estados Unidos que eu vivenciei muitas coisas que nunca havia esperimentado no Brasil: Ter vizinhos amigos e amigos vizinhos, viver em comunidade, ter um escola pública de excelência, viver com segurança, aprender a fazer um orçamento para casa pq os preços são estáveis, não usar remédio sem controle médico, aprender a gostar do frio e da neve principalmente, casa sem muro, não ter engarrafamento, viver com uma fauna selvagem no meu quintal (cervos, raposas, perus, chipmunks, esquilos, marmotas, coelhos, pássaros diversos e gambás), separar o lixo e ter o recolhimento feito corretamente pela prefeitura, gentileza no trânsito, gentileza nas ruas, admirar a mudança do clima, ver as flores voltando após quase 5 meses de muito frio, ah! tantas coisas e uma coisa que me chamou muito a atenção. Depois daquela primeira vez que que fui aos Estados Unidos eu aprendi a enxergar o verde das plantas no inverno, sim, algumas árvores perdem todas as folhas depois de um despir encantador (elas mudam do verde profundo, passando pelo vermelho e laranja fogo e chegando ao marrom profundo), mas outras como os pinheiros e arbustos ficam verdes o ano todo, são árvores e plantas que sobrevivem ao frio intenso, ou seja existe vida em todas as situações e pela primeira vez encherguei o belo dentro do que parecia morto.
Quando eu estava na oitava série, resolveram fazer uma feira de ciências na escola. Sabe o que é uma feira de ciências? Não? Explico. Feira de ciências é uma espécie de trabalho em grupo passado nas escolas, geralmente para todos os alunos, cuja finalidade utópica é forçar os alunos a estudar ciências. Na prática da escola pública em que estudei, feira de ciências era uma forma de os professores ficarem uma semana de folga dos alunos, que estariam muito ocupados em ficar à toa por 4 dias para apresentar alguma coisa bizarra genial na sexta-feira.
Pois bem, na 8ª série resolveram dar um tema especial à feira: ENERGIA. Isto, porque estávamos no auge da encrenca FHCeana dos apagões. E pra tudo ficar mais parecido com o zorra total, a coordenação decidiu misturar as turmas em vários grupos diferentes: dança, música, teatro... Tudo muito voltado para a pesquisa científica, como os senhores podem perceber.
Eu, que era mais aparecida que mico de circo, e que arriscava qualquer maluquice pra deixar de ser a santinha cagona da escola, entrei no grupo de teatro. Era a porta que me levaria ao Oscar!!!
Problema é que no primeiro dia de ensaios faltava uma coisinha: a peça. Ninguém tinha escrito uma peça. Ninguém tinha pensado num roteiro. Tínhamos 30 pessoas no grupo e nenhuma peça pra ensaiar.
Sabendo que eu gostava de escrever, a professora de português me incumbiu de tentar escrever alguma coisa. Estourei meus miolos para pensar em alguma coisa e...
Insinuante demais pra oitava série, né?
Foi necessário descartar a ideia de todos se apresentarem com tomadas na boca, apesar de eu achar que teria sido muito mais fácil ensaiar todos para ficarem parados e mudos.
Acabei conseguindo escrever uma peça a noite, à luz de velas, pois faltou energia. Eram 8 páginas sobre uma família maluca onde o pai tinha paranoia por economizar energia, uma das filhas só pensava em energia cósmica e coisas transcendentais (essa era eu), o filho era um projeto de cientista que causava curtos circuitos na casa com seus experimentos, a outra filha tinha anorexia e por não comer não tinha energia pra viver...
Modéstia à parte, a peça ficou engraçadíssima! Levei pra escola no outro dia e todo mundo adorou. Todo mundo menos Karolayne, que era mais aparecida que eu e não ficou feliz de ver que a minha peça tinha sido escolhida tão facilmente. Ela levou a peça pra casa e fez pequenas modificações: pequenas modificações que implicaram em uma peça de 15 folhas e no acréscimo de mais 5 filhos a esta família.
Claro que como eu era santinha cagona, eu não reclamei de ela ter cagado na minha peça. E lá fomos nós ensaiar a gigantesca peça, que já não era engraçada e nem fazia sentido nenhum.
Foram vários dias (porque pensando bem, me lembrei que essa feira de ciências teve um tempo de preparação de mais de uma semana) ensaiando aquela droga de peça. Ninguém decorava as drogas das falas, ninguém sabia sua hora de falar, a maioria nem sabia que nome teria na peça! E eu lá, feito uma idiota, me esguelando pra tentar fazer alguém saber o que dizer na hora da peça.
Quer saber? Ser santinha cagona é uma m$%¨&...
Foi chegando o dia da apresentação e cada vez os ensaios se pareciam menos com a peça original. JK, que fazia o papel de pai, realmente tinha ficado paranoico e a cada dia inventava alguma maluquice paterna para fazer na hora da peça, como colocar os filhos de castigo, brigar com a mãe, fugir com alguma amante... A mãe tinha resolvido mudar de nome, acabando com uma das últimas piadas que restavam da peça original, que consistia no fato de ela e uma das filhas terem o mesmo apelido "Juju" e se confundirem a todo momento.
Mas todo sacrifício um dia acaba. Nem que seja num desastre, mas acaba! De modo que finalmente chegou o dia de apresentar a bendita peça.
Senhoras e senhores, de repente meteram 30 "atores" no palco. Todos de uma vez, sem lembrar suas falas, e JK - o pai, se é que ainda se lembram - arranjou um cinto. Nunca na história dos ensaios tinha havido cinto algum! Ele também decidiu trocar todas as suas falas por "Cala a boca, menino, tá de castigo!" E colocou todos os seus 15 filhos de castigo, de joelhos no palco, e bateu de verdade em cada um de nós. A mensagem final da peça foi: "invente de fazer peças sobre energia e vai entrar no cacete".
Não sei como foi que aquela droga de peça acabou, porque perdi totalmente o controle da situação, mas jurei pra mim mesma que nunca mais dirijo/escrevo/participo de qualquer peça de teatro.
A menos, é claro, que seja uma peça complexa e séria como "A volta do cão arrependido".
Observação pós post: Minha mãe, que era professora na escola e teve o desprazer de assistir essa grandiosidade, está lendo enquanto escrevo e se encontra vermelha de tanto rir, não do que estou escrevendo, mas da lembrança de nossas macacadas no palco...
Eu sempre fiquei imaginando como seria perder a memória.
Como seria olhar pra alguém e não saber quem é, olhar pra um lugar e não saber onde está.
Culpa daqueles filmes onde sempre a pessoa perde a memória e dai não quer mais nada daquilo que ela tinha. Ficava pensando que não era possível acontecer um negócio desse assim, tão geral, de não lembrar de nada.
Uns meses atrás eu estava meio estressada com os meus afazeres rotineiros, então enquanto eu dirigia eu pensava no que precisava fazer naquele dia, no dia seguinte e no outro. Até que entrei em uma rua, indo em direção de uma das obras e de repente: BRANCO!!!
Meu Deus, onde eu tô? Que rua é essa? De onde mesmo que eu to vindo? Pra onde que eu to indo???
E eu num reconhecia nada! Mas nada mesmo!!! A sensação não foi tão legal quanto eu achava que era quando eu assistia os filmes.
Fui parando o carro porque não sabia se eu deveria continuar reto ou virar em uma daquelas ruas. Passados uns 15 segundos (que parecem durar infinitamente mais quando você está dirigindo e não sabe pra onde e nem de onde) a memória voltou! E junto veio uma dor de cabeça incrível!
Cheguei na obra assustada e morrendo de medo de estar ficando doida! Resolvi que o meu salário não compensava perder a minha saúde mental! Por isso hoje eu to aqui, escrevendo meu post no meio do meu horário de trabalho, pra não correr o risco de trabalhar de mais e ficar maluca!
Escrevo enquanto "assisto" uma palestra sobre a conjuncao dos astros no espaco reciproco dos super herois... ZZZZZ
Estou aqui sofrendo, enquanto o tempo simplesmente nao quer passar...
Dai, para efeito de auto punicao e masoquismo comecei a pensar quais situacoes da minha vida foram piores do que esses longos minutos de palestra. E me lembrei de uma vez que tomei injecao. Eu ja to;ei varias na vida, mas essa foi inesquecivel.
Um belo dia - nao, num dia horrivel, nao da para chamar aquele dia de belo - eu acordei com a extremidade do meu pe esquero branca. Como minha cor natural eh jambo isso definitivamente nao podia ser bom.
Alem de ficar branco, comecou a doer muito. Infeccao.
Tive que tomar uma Benzetacil... Inesquecivel!
Alem dela doer muito eu ainda pedi para tomar no braco, porque o medico era amigo do meu pai e eu nunca que ia mostrar a bunda pra ele.
Pois eh... Doeu por dias.. muitos e muitos dias e eu vi estrelinhas...
Eu era uma criança chata. Talvez por isso mesmo, eu seja uma adulta chata, mas isso é conversa profunda demais para esse post. Atentemos ao passado!
Filha única, mimada, dona da verdade e com a maior coleção de brinquedos da rua, eu era um khoo.
E de vez em quando, ainda me achava no direito de dar uns tapas na minha melhor amiga. Isso mesmo, ela me irritava, eu batia nela. E ela, que era maior que eu, e tinha muito mais "experiência", não reagia, então eu continuava batendo. Não sempre, mas virava e mexia, eu dava uns petelecos nela.
Um dia ela se cansou e contou pra minhã mãe, que na maior diplomacia, respondeu:
- Bate de volta, oras.
E foi assim que a minha gracinha acabou.
Nós nos desentendemos, eu ameacei de bater nela com uma vassoura, ela avisou que se eu batesse, ela bateria de volta. Eu não acreditei e dei uma vassourada nela. De leve, era só uma vassourada didática, para eu mostrar que quem mandava ali era eu.
Sem se alterar, ela me virou um tabefe no braço.
Eu vi estrelas, o braço ficou vermelho e eu fui contar prá minha mãe ( de onde eu tirei tanta cara de pau??)
Mas a resposta foi simples:
- Azar o seu. Agora você aprende.
E aprendi. Nunca mais me meti a engraçadinha...
A Nenê e eu ainda somos amigas. Ela continua maior que eu, portanto eu continuo não batendo mais nela.
Vocês bem sabem que aqui só entra louco. É um pré requisito já especificado no nome do blog, então não adianta ninguém ficar melindrado quando servimos gardenal antes do café. O negócio é que para toda regra tem uma exceção e hoje, a nossa convidada tem atestado de sanidade mental em pelo menos três países diferentes. A Cora, do Entre Ir ou Ficar, é uma das pessoas mais sensatas, inteligentes e descoladas que eu conheço. Do dia para a noite, sem mais nem menos, sem aviso prévio, ela teve seu mundo virado no avesso, quando recebeu um apavorante diagnóstico de Hanseníase ( isso mesmo, Hanseníase é o nome bonito, politicamente correto da lepra). Com graça e determinação, Cora tem vencido os desafios que a vida tem jogado no seu caminho. Essa menina linda, que eu tive o prazer de conhecer e abraçar bem apertado, conta aqui, um pedacinho da sua história. Só o comecinho, só prá te deixar curioso (a) e te fazer ir correndo devorar o blog dela. A história é verídica. E infelizmente, ao invés de te fazer gargalhar, ela vai trazer lágrimas aos seus olhos. Com vocês, Cora, uma grande inspiração na minha vida!
Faz mais de um ano, quando, passeando pela sessão de papéis e cadernos fofos de uma livraria, tive uma ideia. Claro, que não ia ser qualquer ideia. E nem seria a primeira ideia do gênero. Essa não é a novidade no post.
Livros. Sempre gostei. De ler, de admirar... De escrever. Voltei de uma visita à casa dos meus pais com uma foto na memória. Na minha e na do computador. 11 anos de diários. 11 anos de histórias contadas. Umas tão cifradas dos meus anos de adolescência que nem eu entendo mais o que está escrito ali. Nao estão todos lá - na foto - ainda. Três, dos mais valiosos, já trouxe comigo uma outra vez.
Estes, dessa vez, ficaram por lá. Na casa aonde convivi com eles e meus pensamentos. Porque não cabiam na mala. Mas, continuaram cabendo aonde eles sempre perteceram: na gaveta da minha antiga escrivaninha. E porque eu conheço a minha mãe, sei que eles continuarão lá até que eu encontre espaço na mala e, porque não dizer, na minha vida novamente.
Nada mais natural que a minha ideia tivesse a ver com um diário. Vi um caderno lindo e pensei em poder usar como diário. Não pra mim. Mas para uma personagem. Alguém sobre quem eu iria contar uma história. Porque eu queria escrever uma história. Eu queria escrever um livro. A árvore, já plantei. O filho, não terei. Faltava o livro.
Não seria qualquer livro. Eu não preencheria aleatoriamente folhas vazias. Faria um sentido. Eu iria contar a história de uma mulher que escreveria em seu diário sobre sua vida, seu momento, seus pensamentos e angústias. E não seria qualquer tema, do tipo: ele não me ligou no dia seguinte; não sei se peço um aumento; faço aquela viagem pela Ásia? Não. Seria algo mais pontual.
O diário de alguém que ficou doente. Que, de uma hora pra outra, se descobre com uma grave doença e precisa lidar com isso. Ordenar os pensamentos. Desabafar seus medos. Compartilhar. Nem que fosse com um caderno apenas.
O que eu não sabia, ao ter essa ideia, era o que o universo/acaso já estava rindo da minha cara. Na minha cabeça, a personagem ainda não tinha um rosto. Ainda não tinha uma personalidade. Nem mesmo idade.
15 dias depois, após uma visita à dermatolgista, minha personagem ganhou um rosto: o meu.
Desde então, eu escrevo o meu diário. Partes de mim e da minha história contadas em, até o momento, quatro cadernos. Comecei o quarto no início de março.
O bom é saber que tem data pra acabar: 15 de maio. A partir de lá, estarei curada. E tudo fará parte, enfim, da minha coleção de cadernos/agendas/diários.
Quanto ao livro: ele também irá sair. O primeiro. Do que valeria uma ideia se ela não fosse utilizada?
Bem, ontem eu dei uma de Rainha de Copas e esqueci de programar o post de hoje. Daí acordei a noite pensando nisso, mas seria muita paranóia levantar de madrugada e ir escrever. Acordei às 5h30 e essa é a primeira vez que eu paro. Pra ganhar tempo, resolvi continuar um post que comecei a escrever há quase um mês...
Nunca liguei muito para o dia
internacional da mulher. Deve ter algo a ver com o fato de que na escola em que
eu estudei o dia da mulher era comemorado com uma lindamensagem mimiografada, cheia de erros de português,
que recebíamos enrolada numa pedaço de fitilho vermelho e que passaria anos ocupando
alguma gaveta até que num dia de faxina fosse jogada fora.
Talvez seja por isso que todo dia 8 de
março eu me esqueço que é dia da mulher e não parabenizo mulher alguma. Deve
ser por isso que às vezes eu rio de piadas machistas a respeito das mulheres
terem um dia específico. Eu sei: é feio. Mas relevem, as mensagens que eu
recebia na escola vinham com palavras como impressionol*, e ainda não me recuperei disso. Daí esse ano fui atender em outra cidade no dia da mulher. Quando o ônibus estava chegando lá, entram umas mulheres entregando bombons pra todas as mulheres, o que me deixou boquiaberta. Foi uma homenagem da prefeitura, que achei muito bonitinha!
O dia das mulheres passou sem maiores surpresas, mas, na segunda, quando cheguei no escritório, encontrei um vasinho de violetas com cartão na mesa, presente de um sindicato que é nosso cliente, o que me deixou ainda mais eternecida e me fez prometer presentear as mujeres próximas no próximo dia da mulher.
Não estavam lindas?
E? E que eu passei a semana toda cuidando das violetinhas como se fossem minhas filhinhas, ficando orgulhosa quando atendia alguém e a pessoa as via ali na mesa, encantada com a delicadeza das pessoas. Mas veio outra sexta feira e fui desesperadamente pra casa, como é natural nos trabalhadores desse país.
Quando, na segunda feira, entrei no escritório e vi o sol batendo na parede da recepção, quase dei um infarto do coração! Minhas violetas! Estavam todas mortas. Todinhas. Murchas. Secas.
É que quando chegou a sexta feira, esta anta que vos escreve foi embora e deixou o vasinho lá. E as persianas abertas. E pela manhã entra um monte de sol pela janela. E esse monte de sol simplesmente ficou lá, torrando minhas violetinhas o fim de semana inteiro. E quando cheguei lá na segunda feira elas estavam todas mortas.
Foi a primeira vez que eu ganhei violetas. Foi a primeira vez que eu ganhei um vaso de flores. Mas eu deixei elas morrerem, e tudo por quê?