Friday, November 29, 2013

Tang de melancia

Esse post é um tipo de jabá, só que ao contrário. 

É que a Ira foi falar do pão com sabor de babaloo de melancia e eu lembrei desse causo.

Milianos atrás, quando eu fazia meu primeiro estágio (bons tempos!) eu e meus amigos lanchávamos juntos todos os dias. Cada um levava alguma coisa pro lanche. 
Um dia eu estava no mercado e me deparei com uma caixinha cheia disso:


Achei tãããããão legal! E eu sou tipo a Magali: totalmente louca por melancia! 


Comprei na hora uns envelopes pra gente lanchar a tarde (envelopes suficientes pra lanchar uma semana).
Naquele dia, quando estávamos preparando o suco na copa, apareceu uma advogada metida que trabalhava em outro setor e torceu o nariz pro nosso suco, dizendo: "Ai, credo, esse suco é tão ruim. Eu só bebo suco Del Vale" (foi antes de a del vale lançar sucos sabor soda)
"Nhém nhém nhém nhém...", pensei eu torcendo o nariz de volta, "no dia em que eu for funcionária pública e tiver dinheiro pra me vestir de Barbie, como você, eu compro sucos caros".
Ela saiu e nós começamos a lanchar. 

QUE SUCO HORRÍVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O suco de melancia era tão ruim, mas tão ruim, que se tornou um marco entre os estagiários. E até hoje, quando comentamos sobre alguma comida/bebida ruim, a pergunta que se faz é: "É pior que tang de melancia?" Mas nada nunca consegue ser pior!

Thursday, November 28, 2013

A primeira apalpada de outra mulher

Eu ando estressada e resolvi fazer uma massagem anti-stress pra relaxar.

Decidi isso tem uns 6 meses, quando uma amiga ganhou (de dia das mães, lá em maio...) um vale massagem do marido e da filha.

Semana passada, enfim, achei uma amiga que topou a ideia e fomos as duas para o spa.

Chegando lá a mocinha da recepção, toda educada e calminha deu uma ficha pra gente preencher:

Nome: Miss Bellum
Data de nascimento: tem um certo tempo...
Endereço: Rua logo ali, apto 1004
Gosta de toque suave, moderado ou forte: Moderado
Tem algum lugar que não gosta de ser tocado: Não!!! Toquem em tudo! Eu to pagando e quero ser apalpada por completo pra relaxar tudo!!!
Prefere açúcar ou adoçante no chá: Oi? Chá? Chá porque? bom.. prefiro açúcar... ainda não cheguei no desespero de usar adoçante (apesar de ter ficado buchuda no vestido novo que comprei pra ir no casamento do amigo do Sr. Prefeito). Esse treco é muito ruim.

Sentamos na salinha de espera e depois de uns cinco minutinhos chegaram duas mocinhas todas de branco e nos pediram para acompanhá-las.

Chegamos em uma sala com uma musiquinha calma, nos mandaram entrar em um vestiário, ficar com as roupas íntimas (carçola e "Tião" - apelido carinhoso que uma amiga deu aos seus sutiãs: Su-Tião) e colocar um roupão. Huuummm roupão felpudo, fofinho... Tirei a roupa (que eu tinha usado o dia todo na obra), a bota com a meia (que eu tinha usado o dia todo na obra) e deixei ali no cantinho, rezando pra ninguém sentir o chulé (que eu tinha criado o dia todo na obra).

Saindo da vestiário, cada uma foi pra sua salinha com sua respectiva mocinha de branco. Salinha toda clara, com ar condicionado na temperatura exata, sonzinho calmo com umas músicas que eu nunca tinha escutado. A mocinha de branco mandou tirar o roupão, tirar o "Tião" e deitar. Fui coberta por um lençol branquinho e cheiroso e logo depois veio ela com uma toalhinha pra colocar em cima dos peitos, para cobri-los quando ela tirasse o lençol.

Depois ela veio com outra toalhinha e colocou em cima do meu rosto, pra tampar a claridade dos meus olhos. Passou um troço lá na mão e mandou eu respirar fundo por três vezes. O negócio tinha um cheirinho de menta (que não era menta mas era mais ou menos parecido).

E então fiquei ali, pelada, esperando outra mulher vir me apalpar por uma hora completa. E eu nunca pensei que fosse dizer isso assim, sem constrangimento e em público mas, putarias a parte, foi MA-RA-VI-LHO-SO!

Só então eu pude perceber o quão estressada eu estava. Porque mesmo com todo esse ambiente relaxante eu demorei pra conseguir entrar no clima da coisa. Sentia meus músculos contraídos e a minha cabeça não parava de pensar nos problemas. Uma meia hora depois eu já estava me sentindo bem melhor e muito mais tranquila.

Terminada a sessão, ela me mandou para a primeira sala, e a amiga já estava lá, no roupão felpudo dela, tomando uma xícara imensa de um chá vermelho e comendo uma porção de castanhas e outra de frutas secas, sentada em uma cadeirona bem confortável. Dai entendi porque queriam saber como eu gostava do meu chá. Sentei do lado, recebi minha bandejinha com os mesmos itens e mandei ver.

E foi ali, naquela tranquilidade que eu percebi que eu mereço tudo aquilo, porque só ficar trabalhando e me preocupando com tudo que nem uma fdp não faz de mim uma pessoa feliz. E a gente fez uma promessa, uma vez por mês voltaríamos ali, porque a gente também é filha de Deus e merece ser apalpada por uma hora a cada trinta dias!

Ah... que felicidade...

Prefiro a mocinha de branco! Juro!!!
(pra você que acha que massagem com cobras não existe, veja aqui)


Tuesday, November 26, 2013

Resposta...

A Ira foi, e ainda esta, no JAPÃO!!! \o/

Eike alegria! Eike delicia! Eike sushi!

Estou adorando, muito mesmo! Comida japonesa sempre foi a minha predileta (sou muito mais um sashimi do que um churrasco) ate eu vir pro Japao e descobrir que comida japonesa eh sim minha preferida, so que a feita no Japao eh mais! 

Mas como nada na vida eh 100% perfeito... Outro dia no almoco estavam vendendo um pão maluco.

"Eh comida típica" eles disseram "feita pelos ancestrais ninjas as margens do monte Fuji", "so se vende nesse dia do ano", "custa apenas 1 Euro"

Ta, ta... comprei o tal pão, conhecido como "Pão melão" (se tem mulher-fruta, porque nao pão-fruta?).

Dai que sai do lab, onde passei das 22:00 de uma sexta feira ate as 06:00 de manha do dia seguinte sem nem piscar direito, fazendo medida atrás de medida. Cheguei ao meu quarto com fome... Lembrei do "Pão melão"... Comi...

Se arrependimento matasse!

Imagina um paozao com gosto artificial de babballoo melancia?

Eca...
.

Monday, November 25, 2013

O fabuloso destino de um bebê...

Está havendo um pouco de auê (aqui no cerrado pelo menos) em torno de um filme-documentário sobre o aborto. Claro que reação contrária vem dos que são pró-aborto, pois o filme é contra. Bem, nem sei exatamente se é contra, pois não vi. Pretendo ver Blood Money - Aborto Legalizado essa semana, só por conta do falatório. Minha posição, com ou sem filme, sou contra o aborto. Principalmente do aborto sem motivo... do aborto egoísta. Jamais faria. Não consigo conceber que no ano em que vivemos, com todos os meios contraceptivos que temos à nossa disposição e com toda informação sobre sexo seguro e tudo o mais... seja preciso abortar. Mas essa é a minha opinião, pessoal, personalíssima. Não vou ficar fazendo apologia da minha posição, acho que é uma questão de foro íntimo, cada uma tem a sua e não estou aqui pra convencer ninguém de nada. Cada um na sua, cada qual com sua consciência. 

Sou 100% pró VIDA. E sendo mãe humana me comovi demais com o vídeo acima, que trata da batalha de um pequeno bebê prematuro... no seu primeiro aninho. Segurem as lágrimas...
Tem como entender os que tiram a vida de crianças inocentes e indefesas?  Não, não me peçam compreensão. Aborto é só um nome diferente para assassinato, uma nomenclatura nova para matar aquele(a) que na verdade deveria... amar, cuidar, proteger.  Desculpem o radicalismo, tem assuntos que me deixam assim... 

Saturday, November 23, 2013

Aí eu entrei na onda...



A coisa foi mais ou menos assim:
- Vizinha, a Lia está com dor de garganta!
- A enfermeira está chegando...
E lá vinha a minha vizinha com uma misturinha de oleos essenciais para curar infeção de garganta. O negócio tem um gosto péssimo, mas em dois dias a infeção estava curada - sem antibióticos e sem dramas.
- Ai que dor de cabeça!
E lá vinha a vizinha com uma misturinha de óleos essenciais que era tiro e queda!
- Essa dor nas costas está me matando!!
E a vizinha baixava lá em casa com um creminho milagroso. Feito com o que? Com óleos essenciais.
Aí eu não aguentei e fui bater histericamente na porta dela.
- Me fala desses óleos. Me conta tuuudo.
Foi assim que eu assinei muitos papéis me comprometendo a comprar toneladas de óleos essenciais senão alguém virá retirrar um dos meus rins aprendi um monte sobre uma empresa que está bombando aqui nos Estados Unidos em em vários outros países.
A Doterra é super dedicada a cuidar da saúde das pessoas da forma mais natural possivel. Através de óleos essenciais  eles previvem e curam a maioria das doenças que andam por ai.
Além das coisas corriqueiras do dia a dia como dores de cabeça, cólicas, dores musculares e aquela gripinha sem graça, os oleos me ajudaram com várias outras coisas.
Quando eu fico com vontade de esganar alguém, eu uso o óleo de laranja selvagem - e salvo a vida da pessoa. 
O stress começa a querer me dar uma rasteira e me jogar de cara no chão? Serenity me ajuda a manter a perspectiva.
A minha alergia respiratória está muito melhor com o breath, e a lista pode continuar pra sempre.
Eu confesso!!! Estou completamente vendida. Me apaixonei pelos óleos essenciais Doterra, que tem um super controle de qualidade e que garantem que cada vidrinho contém 100% de oleos essenciais, sem nenhuma dissolução. Isso significa que todos os vidros tem exatamente a mesma eficiencia.

Ok, Ok, eu to um porre com esse negócio de olinho prá cá, olinho prá lá. Hoje recebemos visita para o jantar e a menina me chega aqui com uma feridona enorme de herpes na boca. Eu olho, e na hora penso: melaleuca resolveria isso num minuto.
Jogo o pensamento fora. Ninguém quer discutir herpes na mesa do jantar.
Mas aquela maldita ferida fica me aterrorizando a noite toda e antes da minha visita ir embora, eu nao resisto:
- Isos aí é herpes?
Completamente desconcertada ela responde:
- sim. E não. Isso é uma mistura de muitas coisas.
- Se eu te der um olinho vc passa?
A menina concorda. Nãos e sei pra me agradar, pra eu calar a boca ou por que ela está mesmo disposta a tentar a minha cura milagrosa, mas eu corro no meu quarto e faço um vidrinho para ela com 10 gotas. Isso é suficiente para ela usar 5 dias - 2 vezes por dia...

Antes que eu te enlouqueça com a minha nova obceçao paixão a gente faz um acordo. Eu deixo aqui o web site em ingles prá você dar uma bisbilhotada se vc quiser . Ou você me manda um recadinho e eu corro falar tuuuudo sobre isso com você.

Melhor vocês me ouvirem, pq chatos obcecados pessoas entusiasmadas melhoram muito depois que elas exaurem o assunto...

E eu tenho certeza que o mercado Brasileiro vai ser muito fértil e que em breve a Doterra vai ser super conhecida por ai.



Friday, November 22, 2013

Gooooool!!!!!!

Devo ser muito besta. Mas não consigo parar de rir disso:

Assistam, gentes, são só 10 segundos.

Nem disso:




Thursday, November 21, 2013

As primeiras férias



Depois de muitos e muitos anos sem férias... ESTÁ CHEGANDO A HORAAAA!!!!

Em dezembro vou pegar as minhas primeiras férias de 30 dias REMUNERADAS! E todas gritam: Aêêê !!! Tãooo bommm receber sem trabalhar!!! Porque a vida não pode ser assim sempre???

Dai você pensa: Nossa, nunca trabalhou? Que folgada!

E eu respondo: Não é isso! Eu sempre trabalhei... mas não trabalhava registrada!

Esse era um problema sério da área em que eu atuava antes de conseguir esse meu emprego atual. A galera não registrava ninguém... Ou você trabalhava na ilegalidade ou abria empresa e fornecia nota fiscal pro seu chefe. E como eu não queria mais complicações, eu preferi a ilegalidade.

Mas isso são águas passadas e agora eu sou mais um número dentro das estatísticas de pessoas empregadas com carteira assinada.

Estou na empresa há dois anos e meio, mas só consegui marcar meus trinta dias de férias corridos agora.
E junto com as férias, veio a preocupação de "pra onde eu vou?".

Bom, primeiro eu tenho que ir pra SP ver mamãe e passar pelo menos 15 dias com ela. Passagem comprada pra SP dia 16 de dezembro - check!

Agora vem a segunda parte, pra onde ir com o noivorido para aproveitarmos dez dias de férias longe de tudo e de todos?

Algumas ideias surgiram:

1) Maragogi, Tamandaré, Porto de Galinhas - tudo pros lados de maceió (um pouco mais pra cima.. mas é perto), dai ficaria fácil de ir por conta da casa da minha sogra que fica la. Mas poxa, só praia azul e praia azul e mais praia azul? Talvez eu ficasse enjoada.

2) França: depois de um surto repentino voltamos à realidade e desistimos por falta de tempo ($$$$$$$).

3) Recife ou Fortaleza: Bom! Mas sem muita coisa pra fazer que me agradasse.

4) Chapada Diamantina: Muito legal!!! Mas a gente já passou uns dias por lá, não queria repetir...

5) Brasília/Chapada dos Veadeiros: OK!!!!

É na Chapada dos Veadeiros mas não sei o nome da cachoeira (e não deu tempo de pesquisar porque esse post já ta mais do que atrasado)

E assim decidimos! A Chapada dos Veadeiros parece ser linda e tem vários passeios legais pra fazer (pelo menos a internet diz isso)... e aproveitamos para dar uma rodada por Brasília, já que ela pode ser minha morada daqui pra frente (juro que ainda to pensando se vou ou não assumir o concurso que passei... medo de mudar pra lá porque dizem ser tudo muito caro... mas isso é assunto pra outro post).

Então, se alguém tiver alguma sugestão de pousadas, passeios, etc... que possamos fazer, será bem vinda!

Ai como é bom ter férias!!!!

Vale da Lua - Chapada dos Veadeiros

Wednesday, November 20, 2013

Viajando

Nao apenas viajando nas ideias, mas fisicamente tambem...

Alguem ai chuta pra onde?

As meninas loucas do gaiola não podem contar, hein?

Monday, November 18, 2013

Ser FODA é...

Vamos lá...
Ele é bom ator?
Não, definitivamente NÃO.
Até o Schwarzenegger consegue ser melhor ator do que ele. Ok, isso não é exatamente uma referência artística, mas... tá valendo.
Mas isso não impede o cara de ter seus talentos e qualidades...
E de impressionar muita gente.
Essa semana ele me deixou de queixo caído.
Já ví o vídeo umas 6 vezes (juro) e continuo não acreditando... mesmo pq não me lembro de um filme dele que tenha assistido inteiro.
Com vocês... o inacreditável e phodástico split do séculoooooooooooh (sou exagerada, julguem-me):


Saturday, November 16, 2013

Tudo muda o tempo todo no muuuundo....

Lulu Santos não para de buzinar na minha orelha. Toca, toca e toca mais um pouco.
Chegamos aqui nos Estados Unidos a pouco mais de 6 meses. Os desafios tem sido brabos e nós temos passado raspando pelas dificuldades do dia a dia.
Tá osso.
Anita e Lia tem que fazer vários anos de colegial antes de ir para a faculdade, mas como elas não estão achando a menor graça no sistema educacional local, a Anita decidiu radicalizar, foi fazer um teste na universidade local, tirou notas altissimas, foi aprovada no curso superior simples assim, como num passe de magica, a minha menininha cresceu e vai fazer faculdade em Janeiro.
No meio desse furacão ( quem tá preparado pra filho crescer rapido desse jeito??), Lia acabou de tirar a carta de motorista provisória. Aqui, aos 15 anos você pode começar a aprender a dirigir. Aos 16, você tira a sua carteira de motorista e pode andar sozinho por ai.

É isso. Ontem eu tinha duas menininhas em casa, hoje tenho duas mulheres.
Não gostei nada disso. Quero meus bebês de volta já!!

Thursday, November 14, 2013

Branco dos brancos.

Não, não estou falando de sabão em pó. É de bloqueio criativo mesmo. Deu branco. Omo total.
Por isso não saiu post da Electra na segunda. Tentei, procurei, cavuquei a cachola e não conseguia achar nada interessante para escrever pra vocês. Todo assunto parecia sem graça. Acho que quem está numa fase desinteressante soy yo, porque novamente... estou aqui perdida sem ter achado nada legal pra contar. Claro que assunto não falta, mas cadê O assunto, aquele que se destaca? Tô perdidinha em meio ao branco.
E para não ficar aqui só enrolando e dando desculpas... fica uma questão que me fez rir muito ontem.
Quem sabe vocês possam me responder algumas questões que me incomodam e estão sem resposta:
Quem é essa moça?
Desde quando ela usa roupas inspiradas em bolo?
Ou são os bolos que se inspiram nela?
O que veio antes? O ovo ou a galinha?
Tostines é fresquinho porque vende mais?
O que é isso meu Saint Laurent?!?






Wednesday, November 13, 2013

So querida dizer que...

... A Ira faz anos, o azar eh so dela, cada ano que passa ela fica mais velha linda!


Monday, November 11, 2013

O Exame de sangue

Como essa gaiola é cheia de loucuras, eu Miss Bellum, resolvi postar hoje no lugar da Electra!
Ela soltou alguns raios em cima de mim, mas e dai... o que é mais uma queimadurazinha pra quem já tem o cabelo pegando fogo?
Esse texto foi um dos mais lidos e comentados do meu blog pessoal, o que me fez querer compartilhar por aqui também. E isso me faz feliz, porque eu sei que não estou só nesse mundo de sofrimento e angústia dos exames de sangue...
bjoks...
Miss Bellum

Dai que ontem eu fui fazer exame de sangue. Nada grave, só aquelas coisas normais de sempre, hemograma completo, tireóide... e outras coisas que eu nem sei o que são. Check up, apenas isso!

E vamos combinar que tirar sangue nem é um dos piores exames que a gente tem que fazer (principalmente as mulheres), é uma picadinha que arde um pouquinho e em um minutinho já acaba. Simples assim.

Fui eu lá no laboratório. 9:15 da manhã porque eu tinha feito o favor de comer no dia anterior as nove da noite (porque a minha lombriga estava devorando meu estômago).

Atendente: "Bom dia! 12 horas de jejum?"

Eu: "Sim. Na verdade 11 horas e 50 minutos, tem algum problema?"

Atendente: "Não, não. Só sentar ali e aguardar que a enfermeira já vem chamar."

Eu: "Tá bom, obrigada."

Sentei na cadeira confortável e fiquei olhando pra máquina de chocolate com uma vontade enorme de enfiar a boca embaixo daquela torneirinha (que não é torneira mas é por ali que sai o chocolate quente) e ficar uns 5 minutos tomando aquilo, porque eu tava morrendo de fome.

Enfermeira: "Bom dia! Vamos entrar?"

Eu: "Bom dia! Vamos."

Peguei minha bolsa e entrei naquela salinha apertada e branca. Nossa como as coisas são brancas! Acho que é esso o problema desses lugares médicos. É tudo muito sem cor, tudo muito apagado. Dá a impressão que você já morreu e tá no céu num dia nublado. Sentei, pendurei minha bolsa no gancho que tinha na parede e coloquei meu braço semi transparente com as veias todas aparecendo (como um mapa hidrográfico) naquele aparador para a enfermeira quase me mutilar com aquele elastiquinho do inferno que faz com que a mão da gente já fique formigando.

Elastiquinho apertado, agulha em mãos e lá vamos nós. Ela olhando pra minha veia, eu olhando pro lado de fora da salinha e o coração já batendo mais forte. Picada ardida! Senti ela colocando o primeiro tubinho na agulha. Logo ele ficou cheio e veio o segundo tubinho. Esse já demorou um pouquinho mais a encher e eu ali imaginando que logo meu sangue ia para de jorrar ali dentro e ia demorar mais ainda pra encher o terceiro tubinho. Tirado o segundo tubinho. Espetado o terceiro. Pra mim o mundo já começou a ficar um pouco mais lento, um zumbido bem baixinho começou a acontecer dentro da minha cabeça. Pensei "Ufa, ainda bem que é o último". Tirado o terceiro tubinho e para a minha surpresa ela espeta o quarto tubinho la no meu braço (e ai sim fomos surpreendidos novamente). Que a essas alturas já não era um simples tubinho, era um balde que não tinha fundo. É incrível como aquelas coisinhas pequenas podem se tornar tão grandes. Dentro de cada frasquinho daquele cabia provavelmente um metro cúbico de sangue.

Comecei a ver pontinhos pretos por todo lugar. Ela tirou o quarto tubinho, e colocou aquele esparadrapo no meu braço e falou pra eu apertar. Ah tá! Apertar! Eu não tava nem tendo forças pra manter minha cabeça erguida.

Enfermeira: "Tá tudo bem?"

Eu: "Tá sim"

Ela foi levar o sangue pra outra sala e eu fiquei ali sentada morrendo de vergonha de desmaiar, afinal com 1,7m de altura e 29 anos nas costas, passando mal pra tirar sangue? Pensei que se eu me concentrasse e respirasse fundo tudo aquilo ia passar e eu ia sair dali andando como uma pessoa normal. Inspira, expira, inspira, expira. Tá, não tava dando certo. Lembrei de uma outra vez que eu também tinha passado mal e a enfermeira tinha pedido pra eu abaixar a cabeça até os joelhos. Tentei isso de novo. Não deu resultado e a enfermeira ainda me pegou abaixada.

Enfermeira: "Você tá passando mal?"

Eu: (zumbido alto no ouvido, pontinhos pretos se multiplicando tão rápido quanto a velocidade da luz) "Acho que eu to passando um pouquinho mal..."

Enfermeira: "Vem aqui na outra sala deitar um pouc......." (e a voz dela sumiu no zumbido)

Foi quando eu comecei a sonhar com um pessoal da escola que não via há muito tempo. De repente meu sonho foi interrompido porque alguém me chaqualhou. Abri os olhos e vi uma outra mulher ai em cima de mim perguntando pra outra se eu tinha vomitado, dai percebi que pela n-ésima vez eu tinha desmaiado tirando sangue.

Fiquei la deitada mais ou menos uma meia hora pensando que não tinha jeito, que isso ia me acompanhar a vida toda e se um dia eu tivesse filhos eu não ia sequer brigar com eles por darem vexame em laboratórios médicos (assim como mamãe fazia comigo). Eu sou um fracasso. Como disse meu chefe "você é uma mulher ou um pé de couve?" Sendo que pé de couve não precisa tirar sangue, ná próxima vida pretendo responder essa resposta com um "Sim, eu sou um pé de couve".

E falando em ter filhos... dá pra me apagar e só me acordar quando eles ja tiverem 18 anos?

Sunday, November 10, 2013



Esse foi o nosso primeiro Halloween nos Estados Unidos. 
Desde sempre as meninas se fantasiaram e sairam de porta em porta pedindo doces.
Um grande amigo nosso é "resultado"de uma dessas caçadas. Quando nós moravamos em Dubai, elas bateram na porta dele, que tentou ser engraçadinho e respondeu:
- Chocolates ou sardinhas?
- Sardinhas, claro!
Como ele não tinha sardinhas, foram chocolates mesmo...mas eu divago...
Esse ano, infelizmente elas estão muito crescidas para sair pedindo doces. Estão naquela idade intermediária entre o "posso pq sou pequeno"ou "posso pq não estou nem ai pro que os outros pensam".
Compramos um saco de 150 chocolates e ficamos esperando. Eu fiquei esperando. As duas aborrecentes adolescentes não estavam lá muito interessadas.
Eu via crianças fantasiadas passando na rua, mas ninguém parava. Eu estava quase saindo na rua para correr atrás de criancinhas bruxas quando uma vizinha veio falar comigo:
- Vc vai dar doces?
- Claro!
- Então acende a luz da varanda. É assim que as crianças sabem que vc está brincando!
Obedeci e algumas crianças vieram bater na nossa porta, mas aí ela se lembrou de uma rua onde a maioria das casas se vestem para a ocasião.
Fomos lá, na intenção de experimentar pela primeira vez, um Halloween de verdade.
Foi mágico.
Literalmente centenas de pessoas passeavam pela rua que estava fechada para os carros.
Eram bruxas, monstros, fantasmas. Tudo no maior clima de festa. Um corcunda ensanguentado corria atrás das pessoas com uma serra elétrica.
Ali todo mundo parecia se conhecer, e quem não era da comunidade era recebido de braços abertos.
As casas estavam fantásticas. Eram bruxas mecanicas, Janelas com projeçoes maquiavélicas, abóboras  gatos pretos inflaveis imensos.
Em todas as casas monstros e bruxas entregavam doces para as crianças, que também estavam todas fantasiadas.Mas uma delas se destacava das outras.
Uma das garagens foi transformada em uma sala de torturas. Na outra, uma adolescente com roupa de hospital chamava todo mundo para brincar. A decoração do quarto dela era de paredes ensanguentadas e bichos de pelúcia. Todo mundo se assustava quando ela saia corerndo atras de outros adolescentes mais atrevidos.
As criancinhas estavam lindas. Personagens da Disney se misturavam a monstrinhos, animaizinhos e rock stars. Algumas crianças mais criativas se vestiram de frutas. A uva era um menino todo enfeitado de balões roxos.
Fiquei triste quando a farra acabou. 
Eu me diverti tanto que não posso esperar pelo ano que vem! E que venham assombrações e vampiros!


Friday, November 8, 2013

Sobre velas e fogos de artifício

Foi por causa desse post que eu conheci a Miss Bellum. Já faz milianos que eu escrevi, tá lá no meu blog, mas como pouca gente já leu ele, acho legal colocá-lo aqui tbm!


"Eu tenho uma teoria sobre as categorias de gentes. Não é coisa de gente normal, já aviso logo. Nem é nada muito original, do tipo: "Uau! Puxa! Como ninguém nunca pensou nisso antes?!" É uma coisa normal, qualquer filósofo de esquina pode pensar. É uma daquelas coisas que aparecem de repente na cabeça da gente, geralmente num momento em que devíamos estar pensando em outra coisa mais importante, tipo estudar pra prova do dia seguinte. O fato é que pensei nessa história um dia desses, e ela não me sai mais da cabeça.

A ideia é a seguinte: existem pessoas velas e pessoas fogos-de-artífício.

Primeiro, vamos diferenciar velas de fogos-de-artifício. Velas são branquinhas (ou não), simples (ou não) e têm um foguinho de nada. Em tese, são bastante seguras, dependendo de quem as manuseie. Mas elas são bastante funcionais, e fazem bem aquilo a que se destinam: iluminar um pouco algum ambiente. Fogos-de-artifício, por sua vez, são coloridos, brilhantes, chamativos e fascinantes. São literalmente uma explosão.

Bem, pessoas-velas, então são aquelas pessoas normais, que a gente vê quase sempre. Gente que leva a vida normalmente, e não causa grandes estardalhaços. Queima lentamente, em outras palavras.

Gente fogo-de-artifício, por sua vez, causa frisson em todo mundo. Vive intensamente, como se quisesse viver a vida toda num segundo. Não existe meio termo com essas pessoas. Elas são muito amadas ou odiadas. E elas amam muito ou odeiam também.  Elas acreditam em algo, ou então nem passam perto. 8 ou 80 e ponto final. Pensei nessa teoria quando pensei no Jimi Hendrix, porque o cara era um gênio da música, e viveu intensamente, até morrer precocemente.


Engraçado é que quando pensei nesse post eu pensei em terminar dizendo que queria ser uma pessoa fogo-de-artifício. Sim, porque, a princípio, gente vela parece ser muito tediosa. Pensa nas velas que você conhece: brancas, pavio um pouco queimado, é acendida só nos momentos de necessidade, quando está escuro, e ninguém costuma acender velas pensando: "Uh! Que maravilha! Adoro quando a luz vai embora e eu tenho que me virar com as velas..."

Pensei isso no começo, mas depois parei pra pensar nos detalhes de cada tipo de objeto (ou pessoa).

As velas me pareceram tediosas no começo mesmo, mas depois parei pra pensar na fantástica diversidade que existe entre as velas: velas de aniversário - tão desejadas; nas velas de um jantar romântico - incrivelmente valorizadas; velas aromáticas, velas coloridas, velas que as pessoas acendem umas pelas outras, velas decorativas... 

E pensei na utilidade das velas também. Sim, porque os fogos de artifício são fantásticos e inesquecíveis, mas não são fundamentais. São só para os momentos de felicidade. Velas, ao contrário, estão sempre presentes. Se está escuro, a gente acende uma, nunca vai pedir ajuda a um fogo de artifício, que a gente não é tão doido assim também! Se alguém vai comemorar um aniversário, pode até se valer dos fogos-de-artifício, como demonstração de felicidade. Mas dificilmente alguém vai se valer de um deles num enterro, como forma de consolo. Uma vela é sempre acesa por uma pessoa querida, quando se deseja melhoras, ou como forma de consolo por sua partida. Uma vela é uma companheira de momentos alegres ou difíceis, serve pra comemorar, bem como pra lamentar.

E mais, os fogos-de-artifício são fabulosos, inesquecíveis. Mas, ao mesmo tempo, são muito mais perigosos que as velas. Causam acidentes, dos quais as pessoas costumam sair muito feridas. Se relacionar com uma pessoa fogo-de-artifício pode ser uma coisa linda, espetacular. Quando dá certo é uma coisa maravilhosa, grandiosa. Mas se der errado a gente sai muito machucado. Velas podem causar um incêndio, é certo, mas dificilmente vão causar estragos por conta própria, sendo necessário que a pessoa que as use seja negligente, ou imprudente, ou inábil (pronto, aí estão os traços do direito saltando pra fora de mim, rs!) pra que as velas se tornem perigosas.Velas, em mãos de pessoas infantis, podem causar desastres. Mas, nesse caso, imagine o estrago que essas pessoas causariam com um fogo-de-artifício nas mãos.

Fogos-de-artifício são temporários. Eles brilham e depois apagam. NÃO! Não tou dizendo que se você conhece alguém fogo-de-artifício essa pessoa vai morrer ou te abandonar. Mas eu acho mais provável manter-se a vida toda ao lado de uma vela do que de um fogo-de-artifício. Os fogos explodem um tempo nas nossas vidas e depois vão brilhar em outra freguesia, porque eles não gostam do tédio, e porque a gente acostuma com eles e quer tratá-los como se fossem velas. Até porque ninguém consegue competir o tempo todo com alguém que tem um brilho fabuloso. Ninguém quer se sentir uma velinha perto de um foguete.

As velas são mais estáveis. Elas têm um brilho pequeno, mas elas brilham constantemente (quando acesas, é claro, mas eu considero qualquer pessoa viva como uma vela acesa). Então, das velas a gente pode esperar sempre uma luzinha. Já os fogos-de-artifício brilham muito intensamente e depois apagam. E a gente também não pode exigir que alguém brilhe tão intensamente sem parar. É injusto.

O fato é que enquanto escrevia esse post, ou pensava nele, eu cheguei à conclusão de que não me importo em ser uma velinha, aliás, faço questão de ser uma. Mas quero ser uma vela versátil, da qual as pessoas possam se valer quando só quiserem comemorar algo, como quando realmente precisarem de alguém que as acompanhe e conforte, ajudando a iluminar no escuro, mesmo que de forma suave e discreta. E também quero aprender a valorizar a luzinha de cada pessoa, sem exigir delas mais do que podem oferecer."


Pieguice: a gente vê por aqui. 

Wednesday, November 6, 2013

O rei do Camarote

Todo mundo ja deve ter visto o video do Rei do Camarote. O cara que saiu na capa da Veja Sao Paulo, que dirige uma Ferrari e fez um video dando dicas de como ser VIP. Eu nao vou malhar o cara, a sociedade ja esta fazendo isso. Ja esta cheio de parodias, criticas, textos sobre o assunto. Na verdade eu nem acho que era pra tanto. O video eh engraçado, mas nao ponto de gerar tanta indignação. Quem me dera ter tanto dinheiro quanto ele (eu só NUNCA na minha vida iria fazer um video desses ou sair na capa da VEJA SP).


Eu fui ver o video no canal oficial, da Veja Sao Paulo, e entao achei esse video aqui:



E cara... Que merda de mundo injusto a gente vive!

Os meus pais nunca me bateram. Eu nunca tive problemas sérios dentro de casa - alcoolismo, drogas, roubo... Sempre tive amor, carinho, apoio. Muito fácil eu chegar e dizer que menores devem responder por seus crimes como se fossem adultos. Muito fácil trancar todo garoto pobre que veio de uma família destruída.

Assunto longo, pra pouco tempo... Mas me admira muito ter vídeos de um cara dando dicas de como ser VIP - comprar as melhores roupas, dirigir uma Ferrari, ter seguranças, bla, bla, bla, whiskas sache - e no outro um bando de menores infratores que mal sabem falar português.

A culpa nao eh do cara do camarote... A culpa tao pouco eh dos menores infratores.

Tuesday, November 5, 2013

Sobre essa menininha da foto

Era uma vez uma menininha.

Ela era bagunceira, gostava de ficar no meio da molecada e odiava brincar de boneca.

Ela cresceu vendo a mãe trabalhar pesado como empregada doméstica para criá-la, porque o pai foi embora de casa quando ela tinha 12 anos e nunca mais voltou (e nunca deu um centavo sequer para ajudar na sua criação).

Essa menininha cresceu e percebeu o tamanho do esforço que a mãe fez para que ela chegasse onde chegou. E então sua heroína predileta deixou de ser a She-ra.

E ela tinha um sonho. O de poder sustentar a mãe para que ela pudesse ter o descanso merecido, depois de ter passado tanto perrengue na vida.

Esse menininha, que está ai embaixo, hoje recebeu a notícia que ela tanto esperava: Passou no concurso do Ministério da Fazenda e em breve será uma engenheira de lá.

Miss Bellum com aproximadamente 10 anos (faz tanto tempo que eu já não lembro mais)
E hoje, ela vai dormir em paz. Com a sensação de dever cumprido. E o pesadelo de perder o emprego e não poder mais cuidar da mãe nunca mais vai atormentar suas noites de sono.

Mamães que leem esse blog:
Quero agradecer, em nome de todos os filhos (que nem sonham com a minha existência, mas que vão um dia sentir exatamente o que eu estou sentindo), por todo o esforço e dedicação que vocês sempre tiveram com cada um de nós! Obrigada por serem nossas heroínas do dia a dia e por nos tornarem quem somos hoje!
Sintam-se abraçadas e amadas, porque não seríamos ninguém se não fossem vocês!!!

Monday, November 4, 2013

O quinto elemento...

Conta a lenda que eu tenho um amigo imaginário. Apelidado, carinhosamente por toda família de Quinto Elemento. Garanto que isso tudo é complô, intriga da oposição.... ou simplesmente fruto da minha, digamos... leve distração para a vida prática. Coisas de pisciana, cuja vida interior é tão ou mais importante que a exterior. Realidade, essa coisa concreta que cisma de atrapalhar my life.
A piada rola sem perdão. Se esqueço de  dar satisfação de cada passo avisar algo. Do tipo, vou ali e não volto logo... quando retorno é aquele bafafá...
E eu: 
_ Mas eu avisei que ia sair!  
Avisou pra quem? Aff... sei lá. Aí já vem eles rindo que avisei pro Quinto. 
_ Mas eu já tinha falado isso!  
Falado pra quem? Aff... esqueci. Todos riem e mandam: ela contou pro Quinto.
_ Mas eu disse que ia ou não fazer isso! 
Dito pra quem? Aff... dã, acho que foi... pro Quinto Elemento.
_ Mas eu guardei isso ali! 
Não tem nada ali... quem tirou? O Quinto, claro!


Pois o Quinto, além de imaginário também é brincalhão, adora pregar peças.
Nessa quarta, por exemplo, fui no shopping comprar ingressos pro show do "This is it", do Michael Jackson. Sim, eu sei... he-she-it-et já morreu. É um tipo de musical em homenagem ao rei do pop com seus maiores sucessos. Presente de aniversário da filhota. 
Juro, entrei lá, comprei e saí. Não fiz mais nada, nem uma voltinha pelo lugar. Tranquila da vida, na sexta recebo um telefonema de um desconhecido dizendo que estava com os ingressos que eu havia perdido. Perdido?!? Como assim? Ligo pra casa... peço para conferirem na minha bolsa, tinha C E R T E Z A de que os 4 ingressos estavam lá... não tinha tirado. Nada de ingresso na minha bolsa. Nenhunzinho!!! Sorte que a pessoa que achou (sei lá onde) devolveu na bilheteria e lá eles tinham meus dados... por isso conseguiram entrar em contato. Obrigada, meu anjo da guarda. Sei que dou trabalho. Sei...

Adivinha se não estou tendo que aguentar todos brincando? Claro que eu não perdi os ingressos, foi o Quinto Elemento que tirou da minha bolsa... só pra sacanear. Deve ser algum tipo de revanche, já que me recuso a reconhecer sua existência, kkkkkkkkk. E por aí segue... aff.
Preciso me entender com esse Quinto dos infernos!!!


Sunday, November 3, 2013

A primeira cama dágua e a nossa chegada á Nova Zelandia

Sabe lá o que é desembarcar num país mais que desconhecido e ter que arrumar casa, móveis, carro, absolutamente tudo??? É nessas horas que a ficha cai e a gente saca que comida não brota na despensa, cama não vem com a casa e que você vai ter uma trabalheira danada para colocar tudo em ordem.
Depois de achar a casa onde iamos morar em Auckland, na Nova Zelandia, , parti pra mobília. Eu queria uma cama d’água, então procurei referências na lista telefônica e fui ligando até que encontrei o fabricante e, claro, o preço caiu pela metade. A cama ia ficar até mais barata que uma cama comum!
Animadíssima, fui até lá, aprovei e perguntei sobre o prazo de entrega, preparada pra dormir no carpete pelos próximos sete meses, quando me surpreendi com a rapidez do pessoal: “A gente te entrega depois de amanhã.” Nossa! Era tudo o que eu queria. Sai voando pra pegar o Fábio, precisava que ele testasse a cama pra nós escolhermos juntos a densidade, altura, essas coisas.
De volta à fábrica, reparei que havia imensos latões cheios de latas de cerveja vazia. Pessoal moderninho, pensei, devem fazer cama d’água e cama de cerveja também... não é ótimo?
Acertamos todos os detalhes da nossa cama e pedi a eles para que fizessem também as camas para nossas meninas, Anita e Lia.
Olha a conversa:
- Tenho duas meninas, quanto custaria para vocês fazerem duas camas de solteiro? Espero que o preço seja bom, hein?! Tô comprando bastante...
- Quantos anos elas tem?
- Cinco e três.
- Hummm... sei! Cinco e três??
- Isso mesmo.
- Não vai comprar cama d’agua pra elas não. Chega de gastar dinheiro. Você vai economizar. Nada de cama d’água.
- Mas...
- Não senhora! Você tá gastando, gastando demais. O seu marido trabalhando e você nas lojas, gastando, gastando, gastando. (E o Fábio não falava nada porque estava ficando roxo de tanto dar risada.)
- Mas...
- Não tem mais, nem meio mais. Você vai comprar duas camas usadas para elas. (Foi lá dentro, pegou o jornal e me deu. Aí pensou duas vezes, tomou o jornal da minha mão e começou a grifar os anúncios de cama de solteiro usadas para vender...)
Aí o Fabio resolveu se meter e falou:
- Mas as camas tem que ser iguais.
- Iguais?? Pra que?? Frescura. Não precisa não. Criança não entende nada disso. (Foi a minha vez de rir...)
Aí o desinfeliz vira pra mim e fala:
- Se não for igual você não vai comprar, vai?? Pois peraí...
E começou a procurar camas iguais, anunciadas no bendito jornal. Achou, grifou e me deu. Como eu não conseguia parar de rir, ele disse:
- Duas camas iguais. Trezentos dólares. Você oferece duzentos. Vai lá, vê as camas. Leva só duzentos. Se ela falar não, você tira o dinheiro do bolso e começa a contar... Eles aceitam na hora!
Pegamos o jornal e fomos para o carro, e ainda morrendo de rir fomos interpelados pelo fulano de novo!
- Quer saber? Você não vai ligar nada. Me dá este jornal que vou resolver isso já.
Tomou o dito da minha mão, pegou o telefone e ligou para a casa da fulana que tinha duas camas iguais para vender!
Por sorte, ninguém atendeu ao telefone. Nós juramos que ligaríamos depois, sem falta.
Pegamos o anúncio, entramos no carro, paramos na primeira loja de departamentos que encontramos e compramos as caminhas...
Quer saber? O cara era o dono da fábrica. Desconfio que eles não façam cama de cerveja lá não...


Friday, November 1, 2013

A testemunha

Dizem no meio jurídico que a testemunha é a prostituta das provas. 
Não sei o que tem a pobre da prostituta a ver com isso, mas o fato é que realmente a testemunha é a pior prova de quem se pode depender. Você nunca sabe que diabos ela vai fazer realmente...

Senta que lá vem história!

Meses atrás uma amiga me procurou, pedindo ajuda para fazer uma defesa trabalhista. O cliente dela era dono de uma lanchonete e estava sendo processado por uma moça que afirmava ter sido demitida por estar grávida. Quando uma mulher é demitida grávida, tem direito a ser reintegrada ao emprego até o quinto mês após o parto ou, na impossibilidade, de ser indenizada pelos valores correspondentes a esse período, o que dá uma fortuna. O patrão dizia que ela que tinha pedido demissão, o que excluiria a condenação. 
Pelas regras da utilização das provas no processo, cabe sempre ao patrão provar que a mulher grávida pediu demissão. A moça em questão não tinha assinado nenhum pedido de demissão. Segundo o cliente da minha amiga, ela simplesmente avisou num fim de tarde que não iria mais trabalhar e nunca mais foi. Apareceu um mês depois dizendo que estava grávida e que queria o emprego de volta.

Explicamos a ele que se ele provasse isso pro juiz iria ganhar o processo, mas que era muito difícil provar. Ele disse que tinha testemunhas. Marcamos várias vezes pra conversar com essas testemunhas, pra perguntar o que elas sabiam e ver se elas eram boas testemunhas (acreditem, nossa intenção nunca foi orientá-las a mentir, porque sabemos que isso é crime e porque sabemos que isso nunca dá certo). 

Ele as levou? Claro que não. Ou melhor, na véspera, apareceu no escritório da minha amiga com três pessoas e já as tinha orientado a mentir. Minha amiga explicou que era muito perigoso aquilo, que o juiz faria muitas perguntas e que se descobrisse que elas estavam mentindo elas sairiam dali presas. Uma das três já desistiu ali mesmo.

Os outros dois resolveram testemunhar, pois diziam que era tudo verdade e que tinham presenciado tudo. 

Chegada a hora de ouvir as testemunhas em audiência, senta o primeiro. Um rapaz muito bonito, mas que anta!!! O cliente da minha amiga disse que ele era gerente da loja e que foi pra ele que a moça pediu demissão, no dia 26/01/2013.

A juíza começou a fazer perguntas pro moço e o que ele disse? Que só trabalhou na loja até 01 de janeiro. Depois disse que trabalhou até depois do carnaval. Depois disse que trabalhou até dezembro de 2012. Depois disse que nem sabia que dia tinha parado de trabalhar na lanchonete. Se confundiu tanto, que nem sabia que cargo tinha na loja: primeiro disse que era cozinheiro, depois que era gerente, faxineiro... Se confundiu tanto, que por fim a juíza estava vermelha de raiva, minha amiga tava vermelha de raiva, a advogada da empregada estava com uma cara de "já ganhei" e eu estava rolando de rir!!! 
Quando acabou a audiência, lá vem o cliente da minha amiga perguntar pra ela - todo animado - se ia ganhar? Ela respondeu um NÃO bem bruto e, de quebra, explicou pra ele os riscos de ficar mentindo: 


Tá, eu confesso, essa última parte não aconteceu. Mas teria sido legal...