Sunday, June 30, 2013

O primeiro bolo de chocolate

 


Quando a minha primeira filha nasceu, nós decidimos que ela não comeria doces, nem refrigerantes, nem comidas que não fossem saudáveis pelo tempo que conseguissemos evita-las.
Amamentei a pequena até os 9 meses.
Um dia, estavamos no aniversário de uma prima, A bichinha engatinhando chão afora (ela tinha 8 meses), quando um pedaço de bolo de chocolate caiu no chão.
Antes de alguém ter a chance de limpar a sujeira, a minha criança com olfato super desenvolvido se arrastou até o pedaço de bolo e enfiou tudo na boca!

Até hoje eu ouço o quanto eu sou fui maldosa em priva-la das delicias chocolatais!

Saturday, June 29, 2013

Retrato em branco e Preto - blogueira convidada.

Texto da minha querida amiga, do Retrato em Branco em Preto.
  
Ira Fermion

Lagoa de Aluá

Quando eu completei quinze anos, troquei a tão esperada festa de debutante por um teclado super high tech - para a época - e uma viagem. Eu era muito gordinha e a infeliz necessidade do uso do combo aparelho/óculos cooperava bastante para aumentar a minha timidez e a minha baixa auto estima. A ideia de ser o centro das atenções por uma noite, fantasiada de bolo, nunca foi no meu ideal de comemoração e sinceramente me fazia suar frio só de imaginar esse dia chegando.
Eu estudava música na época e como comprar um piano era uma coisa impossível, minha família contou as moedas e comprou um teclado que tinha entre as suas milhares de funções a de simular um piano. Foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado na minha vida! Eu era a pessoa mais feliz do universo e passava todas as minhas horas livres praticando, estudando e criando os meus arranjos. Meu irmão, por sua vez, resolveu me dar de presente uma viagem de quarenta e cinco dias ao lado dele lá no maranhão – onde ele estava morando temporariamente por conta do seu curso de odontologia. Essa seria a minha primeira vez viajando sozinha e foi uma grande aventura.
Eu viajei no final de junho e na minha mala, entre tantas outras guloseimas que a nossa mãe preparou para que eu levasse para ele matar a saudade do tempero de casa, ia uma garrafa de cinco litros de aluá*. Era época de São João e meu irmão iria dar uma festa temática no apartamento dele. Eram tantos cuidados e recomendações que não tinha como deixar mais claro que o aluá era mais importante que eu. As malas foram jogadas no bagageiro do ônibus e comigo, naquela cadeira desconfortável, ficou apenas a minha mochilinha e aquela garrafa de plástico extremamente inconveniente.
Saí de Fortaleza às 19 horas e eu sabia que seria uma longa viagem, mas eu não tinha a menor ideia da longa noite que viria pela frente. Coloquei a garrafa embaixo da minha cadeira, me acomodei da melhor maneira possível e a viagem foi até tranquila até o momento de subir a serra. Como tinha muita curva, em algum momento a garrafa acabou rolando, bateu na perna da pessoa *A* que estava sentada/dormindo do outro lado do corredor e que obviamente acordou com o susto. Pedi desculpas e recebi a garrafa das mãos do estranho muito constrangidamente.
No meio da noite eu me descuidei enquanto procurava uma posição mais confortável e a garrafa rolou outra vez. A pessoa devolveu a garrafa me fuzilando com os olhos e com uma cara nada amigável. Fiquei com ódio do meu irmão e jurei que iria mata-lo assim que eu o encontrasse, mas tudo bem. O rapaz que estava do meu lado se cansou desse furdunço e achou melhor colocar a garrafa embaixo da cadeira dele. Assim nós seguimos a viagem até o início da madrugada, onde o seu moço lá teve que descer do ônibus e eu fiquei mais uma vez segurando a garrafa com uma cara bem desolada.
Quando o moço *A* viu que a garrafa estava solta novamente, se apressou se ofereceu para coloca-la naquele espaço super seguro, em cima da minha cabeça. Eu disse que era melhor não, que ela iria cair e tal, mas ele não me ouviu e disse que não tinha perigo não. Tudo bem, eu tenho 14 anos e quem sou eu para julgar. Mal tinha acabado de pensar isso e escutei um AAAAAI vindo da cadeira da frente. É óbvio que a garrafa quase matou a pessoa que estava sentada lá e eu olhei pro moço *A* com aquela cara de “eu avisei”. Fiquei segurando a porra da garrafa até não aguentar mais e lá pelas tantas a coloquei no chão entre os meus pés outra vez.
Duas da manhã e paramos e uma rodoviária dessas de vilarejo. As cadeiras da frente ficaram vazias e o moço *A* resolveu que seria bem melhor ir dormir lá, longe de mim e da minha garrafa de aluá. Eu achei foi bom também. Coloquei a garrafa em cima da cadeira vaga dele, do outro lado do corredor, me espalhei nas minhas duas poltronas livres e fiquei olhando a noite escura pela janela.
O que a gente não contava era com a freada bruscas que teríamos logo adiante, causada por um animal na pista de madrugada. A garrafa caiu no chão, rolou até a frente do ônibus e, antes que eu pudesse me levantar da minha poltrona para pegá-la, ela EXPLODIU e deu um banho no moço *A*. Eu quase desmaiei. Os passageiros gritavam achando que era uma bomba. O motorista ficou louco por conta do barulho. O trocador gritava e pedia para parar o ônibus. Quando o ônibus parou só conseguia se ouvir aquele barulho de onda no chão, chuá-chuá. Era uma onda de aluá.
A rota da viagem foi alterada já que tivemos que ir para a garagem para lavar o ônibus e para o passageiro tomar um banho antes de seguir para São Luiz. Eu passei o resto da viagem encolhida no banco, em estado de choque. Os passageiros me olhavam com tanto ódio que eu jurava que eu iria ser expulsa do ônibus a qualquer segundo. Eu não queria ser abandonada sozinha, de madrugada no meio da estrada e decidi que seria melhor apenas respirar. A viagem atrasou quase cinco horas por conta dos acontecimentos. Como naquela época ainda não tinha celular, meu irmão amargou cada minuto de atraso lá na rodoviária me esperando, louco, sem saber o que estava acontecendo.
Quando cheguei na rodoviária e ele me viu, a primeira coisa que ele perguntou foi: trouxe o aluá? E eu me agarrei no pescoço dele e caí no choro – que durou praticamente uma hora. Ele não entendeu nada, e ficou lá achando graça. Enquanto isso a amiga dele tirava uma foto nossa, achando muito bonito esse meu choro emocionado quando encontrei o meu irmão. Essa história se espalhou por aí e até hoje eu sou conhecida por conta do meu ÓDIO ao aluá.
Em agosto, não teve jeito e eu ainda tive festinha, mas foi tudo bem simples e eu me diverti bastante com os meus amigos.


--
*Aluá é o nome dado no nordeste a uma bebida feita de milho ou casca de abacaxi, depois de fermentada. No Ceará é feito com pão branco fermentado com água, cravo da índia e adoçado com rapadura preta.

Friday, June 28, 2013

O primeiro concurso público

Vivemos num país em que a esmagadora maioria das pessoas quer seguir carreiras públicas, em razão da estabilidade que elas proporcionam. E pra entrar no serviço público há duas formas: a) nascer filho de algum político influente, que vai te manter nos comissionados forever; b) passar num concurso público.

Eu sei que não serei funcionária pública, pois não nasci na família de nenhum politiCÃO e também não faço concurso público, por várias razões exclusivamente minhas (nada científico). Mas já fiz alguns  concursos (bem poucos). O primeiro foi um do ibge temporário para supervisor do censo, quando eu tinha 17 anos. 

Fiz a inscrição, que custou uns 30 reais, e comecei a estudar enrolar até chegar o dia da prova. O edital do concurso, que era entregue gratuitamente nos correios, trazia toda a matéria específica que cairia na prova, o que dava umas três páginas. Faltavam meses para a prova ainda e eu nunca li o tal edital. 

Resultado: na véspera da prova, lá pelas 22h, eu dei uma breve lida no edital. Até coloquei essa plaquinha na porta: 


Fiz a prova no outro dia, fui a primeira da sala a terminar e passei em terceiro lugar.

Tenho certeza que isso nunca mais vai me acontecer...


Thursday, June 27, 2013

O primeiro dia dos 33



E hoje ops, na verdade foi ontem é o primeiro dia dos meus 33 anos!!!

E esse é o momento em que eu me pergunto: E quando foi que eles chegaram? Assim tão rápido?

Nem deu tempo de me despedir dos 32... Quando vi já eram 00:11 e eu já tinha feito os 33!

Mas nem posso reclamar... Foram 33 anos bem aproveitados. E se eu pudesse voltar no tempo, eu faria quase tudo igual. Com uma modificaçõezinha aqui e outra acolá, mas nada drástico! Gosto do resultado final!

Nesses 33 anos eu aprendi muita coisa...

Nos primeiros anos de vida aprendi a andar, a falar, a obedecer minha mãe...
Depois, quando comecei ir para a escola aprendi a ler, a escrever, a conviver com outras pessoas...
Na adolescencia aprendi a ser chata, a perceber que eu precisaria lutar pelos meus objetivos, a ser responsável pelos meus atos...
No início dos vinte anos aprendi a morar sozinha, a avaliar quais eram as pessoas que mereciam a minha atenção e as que não mereciam, a não confiar em todo mundo, a dar valor para os pequenos momentos, a ter coragem de errar e tentar de novo, a enxergar a beleza da vida, a me jogar de cabeça no mundo...
No meio dos vinte anos aprendi a cultivar os verdadeiros amigos mesmo que de longe, a não me deixar levar pelas situações mas sim montar as situações de acordo com a minha vontade, a me defender, a amar a minha profissão, a ser livre...
No início dos trinta anos aprendi a analisar as situações não só com o coração mas também ponderá-las com a razão, a escutar e respeitar a opinião dos outros, a aceitar que não tinha mais 20 anos, a amar a pessoa que eu escolhi para dividir minha vida, a cuidar da minha mãe como ela sempre cuidou de mim, a ser adulta...

E agora, quase no meio dos 30, não tenho muito do que reclamar... Porque até aqui tive mais momentos de felicidade e realizações do que desprazeres. E até mesmo esses desprazeres eu guardo com respeito, pois foi também por causa deles que hoje eu sou... EU!!!

E que venham os 40! Não tenho medo deles não! Afinal, quem nunca envelhece é quem morre jovem ... e definitivamente... eu não tô nem um pouco afim de ir!!!


*PS: Acabei de receber uma ligação da gerente do minha conta para me dar parabéns! ISSO NUNCA TINHA ME ACONTECIDO ANTES!!! hahahahahahahaha....  Ah... como é bom ser cliente Van Gogh!

Wednesday, June 26, 2013

Sacanagem!

Eu sei que eh dia dos namorados ai no Brasil (esse texto foi escrito ha semanas, como vocês podem ver) - aqui não, ta? Não vou ganhar presente, não vou ganhar nada... hunfs - mas lembrei de uma historia...

Todo mundo que defende tese de mestrado/doutorado passa. Essa era a historia que eu sempre ouvi... Todo mundo passa... Pode levar uma "comida" da banca, mas no final sempre passa. O orientador não vai querer passar vergonha, né? Afinal, foi ele quem preparou o aluno pra aquele momento... Ou não!  

Ou não mesmo... 

Conhecido meu - tomamos umas cervejas juntos e o cara eh gente boa, mas chamar de amigo já eh demais - fazia mestrado em relatividade, não me lembro se era geral ou especial... Lembro que era assunto complicado.
 
Ele fez as matérias necessárias, desenvolveu o trabalho dele certinho... Escreveu a tese e orientador tava la, sempre dando sua "ajuda". 

No dia da defesa ele falou, falou, falou... No momento das perguntas foi sabatinado pela banda e... Pelo orientador!!! Ele foi DETONADO! O orientador disse que ele não tinha ouvido as dicas que ele deu e que tinha largado mão... O cara deixou o aluno se enforcar sozinho...

Foi o primeiro e único caso que eu vi de alguém que não passou na defesa... Acho que o estrago foi tanto que eles ficaram com pena e deixaram ele voltar a defender em 6 meses. Depois desse tempo - e imagino eu, muitas e muitas noites sem dormir fazendo cálculos e cálculos - ele defendeu e passou... 

A lição dessa historia? Nunca diga nunca... A exceção pode ser você! 

Feliz dia dos namorados.

Monday, June 24, 2013

A primeira vez dela (nas ruas).

Check para primeira manifestação da pimpolha nas ruas.


_ Coloca um jeans, tênis e camisa branca.
_ Ok.

_ Pegou a bandeira nacional?
_ Já...

_ Pegou sua identidade?
_ Tá aqui.

_ Pegou seu celular?
_ Na mão.

_ Agora só falta a arma!
_ Tá louca, mamis!!!
_ O que foi?
_ Arma?!?!?!

_ Eu disse água, é para levar uma garrafinha d'água!!!!!!!!!!!!!!!!


Acredita que ela pensou MESMO que eu tinha dito a-r-m-a. Ficou até branca!
(ela é meio surda, o ouvido esquerdo hoje em dia é só enfeite...)


Sunday, June 23, 2013

A primeira grosseria



Desde que eu cheguei aos Estados Unidos, todo mundo tem sido extremamente gentil e atencioso comigo e com o Fabio.
A gente tem se sentido em casa.
Um dia desses fui ao cinema. Naquele cinema que serve comida. E dessa vez, para variar, resolvi pedir alguma coisa para beliscar.
No melhor estilo americano, a minha batatinha recheada veio pingando gordura. pedi para a garçonete trazer "serviettes" que são guardanapos em inglês.
- O que?
- Serviettes
- Ah???
- Napkins - usei um sinonimo
- Ah! Por que você precisa usar palavra dificil?
E lá foi ela buscar meu guardanapo. Quando voltou, completou a grosseria:
- Você chama agúa de privada de perfume?

Fiquei sem entender a razão de tanta grosseria, mas Ladi Di segurou a minha mão e eu respondi:

- Ah, eu sou estrangeira. Uso as palavras que eu conheço na SUA lingua. nunca imaginei que você não conheceria.

Falaverdade... menininha mais desclassificada!

Saturday, June 22, 2013



Eu achei que era ela, ela achou que era eu, a outra achou que tinha postado e a uma acha que é normal dar relaxo no blog, então com esse forrobodó todo nas ruas, ninguém veio aqui no gaiola soltar texto nenhum.

Todos os textos ficaram devidamente engaiolados esse sabado, mas amanhã estaremos de volta!!

Friday, June 21, 2013

O post da Bah é tão lindo que nem dá pra fazer uma introdução à altura. Dessa forma, não poderíamos fechar melhor a série de posts da promoção do dia dos namorados do que com esse texto maravilhoso!!

Leonid Afremov
Para falar da minha história com o Felipe preciso resgatar tudo o que vivi e preciso ter uma bola de cristal para adivinhar o que se segue. Amor para mim sempre foi flores e cores e nós testemunhamos flores raras e cores não existentes numa paleta. É mais ou menos isso como defino nosso relacionamento.

Para saber o que é o amor, é preciso vivê-lo. E, quando vivê-lo, você vai descobrir que só conhece o amor na teoria e, às vezes, nem a prática te faz mais sábio. Todas as experiências que eu tive não me serviram de muita coisa para o que eu vivo com ele. Já perdi um namorado para minha melhor amiga, já perdi um num acidente de carro, até achei que havia encontrado o amor da minha vida quando encontrei meu primeiro marido. Mas não existe o amor da nossa vida, a vida não é um conto de fadas. Eles não existem.

É sabido que nenhum amor é igual ao outro, nenhuma pessoa é igual à outra, mas o que esse sentimento faz com as pessoas, é quase sempre a mesma coisa. O amor não morre quando as coisas parecem que não vão dar certo, nem quando sua família não quer que você fique com ela. Nunca duvide do que o amor é capaz de fazer porque nem você sabe o que você poderia fazer quando ama alguém. Não é aquela coisa incondicional de mãe, nem amor fraterno, é aquele que bate fundo e forte na sua alma, te fazendo perder a “razão”, não deixando explicações do porquê dos seus atos, é o que te transforma. É aceitar o que você achava que não fosse capaz de aceitar, se arriscar por um sentimento que te faz bem, gostar de coisas que você não gostava antes porque aquele é o momento certo para mudar sua perspectiva.

Porque o amor é uma perspectiva. Do novo, do contínuo, daquilo que procuramos incansavelmente, mas não sabe exatamente o quê. Você pode até ser feliz sozinho, mas será mais feliz quando tiver alguém para dividir suas alegrias, suas tristezas, sua vida. Qual o sentido da felicidade sem o amor? Não precisa de “eu te amo” aos quatro ventos, alianças de prata ou de ouro, só é preciso que a cada dia que surgir, você tenha um motivo para sorrir.

E ele me dá sorrisos todos os dias. Como não amar?


Thursday, June 20, 2013

Uma louca história de amor - Lucianna

Mais uma história de amor de uma de nossas finalistas, a Lucianna!
Loucuras de amor são sempre muito especiais! Aproveitem!!!
Miss Bellum



Nao sei o quao louca eh a minha historia, mas ja cansei de ouvir o quao louca eu sou quando a conto.

Ela comecou em marco de 2003…

Naquela altura a internet era um dos pontos de encontro. Eu nunca fui grande fa de chat room, quando entrava em algum era pra fazer piada dos outros, eu e minha sobrinha eramos tao sarcasticas que na maioria das vezes as pessoas nem percebiam que estavamos tirando uma com a cara delas. O que eu gostava mesmo era do ICQ, alguem ai lembra? Ele veio antes do messanger. Voce podia fazer amigos pelo mundo inteiro, eu tinha amigo do Brasil ao Paquistao, amava. Passava horas, ou melhor, noites de bate papo. E foi num dessas noites que recebi uma mensagem, alguem se apresentado e querendo conversar, ainda me lembro da mensagem:

"Hi, my name is Hady and I'm egyptian from Montreal"

Demorei um pouco para responder, minha lista de amigos ja era bem longa e eu estava peneirando bastante, mas acabei respondendo. Batemos um papo longo, e a partir dali nos falavamos quase que toda noite. Eu nunca usei o ICQ para relacionamentos amorosos, era pura e simplesmente amizade e uma forma de praticar o ingles, mas com o Hady foi um pouco diferente. Um certo dia ele me pediu o meu telefone e disse que ia ligar, e eu pensei "ah tah!" mas dei o numero assim mesmo, e nao eh que ele ligou?!

Ate entao eu nao sabia que tipo de relacionamento era aquele. Amizade? Amizade colorida? Namoro? Sei la. Ate que um dia ele se vira e diz que estava indo ao Brasil pra me conhecer pessoalmente… O que?! Foi ai que achei que o negocio era um pouco mais serio.

Dia 25 de dezembro ele chegou no Rio (eh, presente de Natal!), fui busca-lo no aeroporto, com o meu pai… Tah que nao sou louca! Vai que ele eh um maluco, sei la, ne?!

Ele passou 2 semanas no Rio e quando voltou para Montreal, deixou oficializando para os meus pais o namoro (old school!) 

No ano seguinte eu vim a Montreal visitar ele e conhecer a familia dele, e foi nesta vinda que ele "proposed"  com um anel de borboleta :), cute! 

Eu voltei para o Brasil e 5 meses depois estava de mudanca para Montreal, mal sabia eu que a temporada de mudanca de pais estava apenas comecando….

Nos casamos em agosto de 2005, e como a historia que ja comeca de forma nada convencional nao pode terminar de forma normal, irei contar a historia do nosso casamento, pois essa merece.

Meus pais vieram para a cerimonia. Eu honestamente nao queria casar de papel passado, festa, essas coisas nao fazem a minha cabeca, mas por alguns motivos (le-se: imigracao) o pedaco de papel era necessario. O Hady eh mulcumano, eu me converti pouco antes de casar, entao queriamos nos casar na mesma mesquita, porem o valor pedido pelo sheikh (ou o padre no Isla), foi de 400 para 1000 dolares em 2 anos, resolvemos procurar outra mesquita, e achamos uma perto de onde moravamos com um preco menos salgado. Nao pense que somos mao fechada, mas vejam bem, acho o maior disperdicio gastar dinheiro com casamento, ja que tenho que casar  que seja sem machucar meu bolso.

Mas enfim, chegou o dia do casamento, coisa simples, na mesquita, soh a familia e um amigo. Meu sogro levou uma caixa de chocolate super ultra mega chique, caisa tipica de arabe, todos bem arrumados. Quando a gente entra na mesquita a primeira coisa que eu vejo eh um ser humano que parecia que tinha acabado de acordar e com barba e cabelo vermelho de hena , e antes mesmo de dar boa tarde era vira e fala "Homens aqui e mulheres ali naquela outra sala", sim ele era do tipo que pensa que mulher e homem nao podem se misturar… Minha sogra queria matar ele, minha mae nao entendia nada, e meu cunhado, coitado ficava indo de uma sala pra outra…

Uma hora ele me chama, quando estou prestes a entrar na sala onde os homens estao, o sheikh quase tem um ataque do coracao e fala "para, para, para, fiquei ai onde voce esta", nao passei da porta, fui convidada a ficar ali, soh pra dizer o sim…. Meu pai com uma cara de quem nao esta entendendo nada, meu cunhado pronto pra estrangular o Hady, e esse se acabando de rir junto com o amigo, eu olhava pra cara do sheikh como quem diz "voce soh pode ser doido"….

Voltei pra outra sala, e alguns minutos mais tarde meu cunhado veio com os papeis para eu assinar, a caixa de chocolate e uns outros papeis na mao. Como ele nao me deu esses outros papeis, a minha sogra perguntou o que era, e ele explicou que eram flyers do restaurante do sheikh, que ele estava fazendo propaganda, nessa hora a minha sogra estava determinada a matar o cidadao… Soh ouvia ela dizendo "ah ai eu chego la e ele resolve que nao posso sentar a mesa com os homens"…. Com toda essa confusao o casamento foi feito, eu aceitei o meu dote de 100 dolares :), comi 1 chocolate, o resto foi todo comido pelo povo que estava na mesquita rezando (nao era essa a intencao, o cara de pau do sheikh que pediu), o sheikh sobreviveu a furia da minha sogra, o Hady ouviu um sermao do meu cunhado, e terminamos o dia num restaurante, que nao era o do sheikh…

O nome do restaurante dele era Samoussa, e por isso nos batizamos a historia do nosso casamento "Sheikh Samoussa"

E viveram felizes para sempre….

Lucianna & Hady


Wednesday, June 19, 2013

Historia de amor - Bel



“Sem correr, bem devagar, a felicidade voltou pra mim.
Sem perceber, sem suspeitar, o meu coração deixou você surgir.
E como o despertar depois de um sonho mau
Eu vi o amor sorrindo em seu olhar.
E a beleza da ternura de sentir você
Chegou sem correr, bem devagar.
Amor velho que se acaba vai correndo pr’outro ninho
Amor novo que começa vem sem pressa, vem mansinho…
Sem correr, bem devagar, a felicidade voltou pra mim.
Sem perceber, sem suspeitar, o meu coração viu você surgir.
E como o despertar depois de um sonho mau
Eu vi o amor sorrindo em seu olhar.
E a beleza da ternura de sentir você
Chegou sem correr, bem devagar.”

Bem Devagar – Gil, na voz de Caetano.

“Eu amei, eu amei, ai de mim, muito mais do que devia amar.
E chorei, ao sentir que ira sofrer e me desesperar.
Foi então que na minha infinita tristeza aconteceu você!
Encontrei em você a razão de viver e de amar em paz, e não sofrer mais.”
 Amor em paz - Vinícius

Foi assim. Bem devagar.
A história da felicidade que vivo hoje só pode ser contada começando pela história de uma tristeza. E misturada com a história do meu blog. Porque eu comecei a escrever no blog com duas intenções: primeiro, desabafar, colocar pra fora o que me enchia o coração; e depois, lá no fundo, eu queria que o ex-marido lesse, já que ele não me ouvia. Bem, a primeira intenção foi plenamente atingida. Já a segunda… não funcionou como eu esperava. E depois de ver o casamento de quase vinte anos virar pó e se transformar em cinzas levadas pelo vento,  senti o que sentiria qualquer mulher que aguentou uma traição,  muito sofrimento, mentiras e um coração muito machucado.
O “tempo de luto” pela morte do casamento foi vivido antes mesmo da separação formal, e quando os papéis foram assinados, chegou o “tempo de festa”, ou ao menos o tempo de não chorar mais. Eu oscilava entre o desejo de um novo amor e o medo de me envolver emocionalmente com outra pessoa. Ficava com medo de me jogar num outro relacionamento, e ao mesmo tempo, tinha medo de, como Carolina, ficar guardando a dor nos olhos tristes, e não ver nem o tempo passar na janela. Medo. Essa palavra, tão presente, simplesmente desapareceu quando começou a segunda parte da história.
Nós já nos conhecíamos há mais de dez anos. Ele cantava no coral em que eu era a regente. Na época, ele era casado [com uma das minhas colega de trabalho] e eu também. Nem passava pela cabeça de nenhum dos dois que os casamentos acabariam, e muito menos que um dia estaríamos juntos. Mas havia, sim, uma afinidade entre nós. De minha parte, posso dizer que ele era uma pessoa que eu admirava, gostava “de graça”, educado, gentil, um gentleman, no sentido da palavra.

(Cau, no coral, e a “coreografia” de “Pombinha voou, voou)

Um belo dia, (não tão belo, na verdade) ele disse que iria sair do coral, pois estava viajando muito, faltando aos ensaios e como a regente era exigente demais, ficava cobrando a presença, ele achou melhor deixar de vez. A partir daí nosso contato foi rareando, quando nos encontrávamos por acaso, pela rua (cidade pequena, sabe como é?) eu perguntava quando ele ia voltar ao coral, dizia que estava fazendo falta, essas coisas. Ele respondia que não dava mais, que estava muito atarefado, e ficava só nisso.
Até que em junho de 2007, no aniversário de Ilhéus, eu escrevi um post sobre a história da cidade, que foi citado e linkado num blog de notícias aqui da região, o Pimenta na Muqueca. [O Pimenta teve problemas com o servidor, e perdeu os arquivos, então não posso linkar o post específico.]  Ele me mandou um e-mail, falando do link elogioso no Pimenta, que normalmente só “malhava”, e inclusive, nos comentários, nesse dito cujo post, foram feitos alguns elogios a mim, e no e-mail ele falou que já tinha avisado ao “comentarista” que eu era casada. Eu respondi: “Bobo! Estou descasada há mais de um ano…”
JURO que foi sem qualquer intenção, mas ele entendeu que eu estava acenando com uma possibilidade… e que bom que ele entendeu assim! Começou a ler meu blog diariamente, e não comentava na caixinha de comentários, mas mandava e-mails, que eu respondia educadamente, sem nem perceber que ele estava cultivando um interesse “a mais”.
Uma vez eu escrevi sobre o sonho que tinha [ainda tenho] de ter uma livraria /  espaço cultural   e ele mandou e-mail dizendo que tinha o mesmo sonho, quem sabe não seríamos sócios? Bom, aí meu interesse por ele já era palpável, mas pensando na livraria. E quando nos víamos, eu cobrava: “Quando vamos conversar sobre a NOSSA livraria?” E ele dizia que precisávamos marcar um almoço ou jantar pra conversarmos… e morria aí.
Bem, quase um ano depois desse nosso “reencontro” pelo blog, e dessa troca de e-mails mais constante, eu estava numa carência emocional bem grande, e escrevi um post usando um poema de Luiz Bello, “Os amores que quero… e os que não quero”:

"Não quero mais saber se vais cumprir
Ou renegar,
As promessas que leio em teu olhar.
Também não quero mais compreender
Ou desvendar,
Os segredos que moram em teus silêncios.
Sei que há verbos de amor que conjugamos
Ou calamos
E bravuras de amor que não ousamos.
Mas sei também que o amor pede firmeza
E clareza
Em todos os tempos e modos que conjuga.

Não quero mais o amor de compromisso
Tão omisso
Nas liberdades que sempre anuncia.
Também não quero o amor instituído
Do marido,
Vítima inerte da monogamia.

Eu quero o amor sinfônico dos grilos,
Que mobilizam orquestras estridentes
Para encantar e amar suas nubentes.
Quero o amor triunfal dos pirilampos

Que iluminam o seu mundo e suas vidas,
Para atrair as suas preferidas.
Eu quero o amor trivial dos namorados
Liberto ou não, secreto, proibido,
Talvez proscrito ou amaldiçoado
Pelas forças que regem, ou que oprimem
As travessuras líricas do homem.

Eu quero amar, como a palavra indica,
Com a mais completa naturalidade.
Eu quero, enfim, viver, inteiramente,
Aquilo que o amor significa. "


E na caixinha de comentários, ele colocou o seguinte:
“Anabel:
O próprio Luiz Bello escreveu outro poema que serve como resposta a este que você tanto gostou.
Veja a seguir:

Confissão
         (A Leila Miccolis)
Ansioso e submisso,
Feito as mulheres,
Molhado e umedecido
Depois de ensaboado
E ainda perfumado,
Se assim preferes,
Tudo como gostas,
Tudo como queres,
Do teu ou do meu jeito,
No teu ou no meu leito,
Quero ser teu homem,
Quando quiseres
.”


E assinou “Cau”. Fiquei sem ter nem idéia  de quem era “Cau”… até que recebi via e-mail o link de onde ele havia encontrado o poema-resposta. Hummm… “Mãe, ele tá te dando o maior mole!”, minha filha disse, quando leu. E confesso que eu gostei.
As coisas não foram de repente, foram, como falei no início, “bem devagar”. Talvez até mais devagar do que eu quisesse, e precisei mesmo dar “um empurrãozinho”, saindo do espaço digital e mandando um cartão de papel (guardado até hoje junto às nossas preciosidades) pra que o nosso jantar programado finalmente acontecesse. Só que nesse jantar, num restaurante chique (e eu de bermuda jeans, camiseta e rasteirinha) depois de muita conversa, as coisas que iam num ritmo bem devagar, desabrocharam, e como ele disse na hora, “era inevitável”.
E nossa relação ficou “séria” logo de cara. Afinal de contas, nós dois somos “pessoas sérias”, apesar de muito bem humoradas! O pedido de casamento aconteceu também no blog. JURO que não esperava que fosse assim, pois ele nem comentava os posts… só comentava “ao vivo” ou via e-mail… mas, enfim, a prova está aqui, e a resposta aqui.

(Nós... )

Nos descobrimos semelhantes em muitas coisas e complementares nas diferenças. Mudamos em algumas coisas, e continuamos dando de testa em outras. Eu fiquei mais caseira e ele aprendeu a sair mais e a receber amigos em casa. Estamos morando juntos desde agosto de 2009, eu, ele e meu filhote. O casamento “no papel” foi em fevereiro de 2010, e a anunciada lua-de-mel em Paris em Maio, considerando um bocado de variantes, inclusive o clima na Europa.
 Os ajustes dos primeiros seis meses de casados, segundo a Jady, são os mais complicados, e não vou posar de Cinderela que encontrou o Príncipe Encantado. Também não somos Shrek e Fiona. Somos Bel e Cau, pessoas normais  lutando para construir nossa felicidade e provando por A + B que as experiências anteriores, ainda que duras e cruéis, servem para nos fazer valorizar o presente e aprender com os erros – nossos e alheios.
Às vezes nos pegamos pensando no quanto nossa vida mudou, em tão pouco tempo. E repito aqui: E é uma conexão tão perfeita, que fica difícil imaginar que houve um tempo em que não éramos "nós".

Monday, June 17, 2013

Eu sei que vou te amar!

Se não fosse a necessidade de fechar um Iron Man, acho que eu fazia todas as loucuras que pedissem só pra minha história de amor ser divulgada. Foi divulgada no blog (hehehehehe), mas até aí, nada de pedido de casamento em rede nacional.

Bom, vou mandar a minha história de amor com o Fá, e conto um detalhe que fiquei sabendo ÔNTI (pra todo mundo virar pra mim e falar ÓÓÓÓÓÓÍIIIINNNN!) - e, SIM, vão ter que ir até o final da história pra saber o detalhe, hahahahahaha (sou má-la)... 
Vamos lá:


"Eu falei em algum blog por aí que um dia ainda ia contar como foi que eu e o Fá começamos a namorar, pq ninguém que não nos conheça pessoalmente quer acreditar que foi por conta da internet - e do em vias de extinção Orkut.

Aliás: SIM, eu ainda tenho Orkut, por 3 motivos básicos: pra minha mãe jogar minifazenda, pra manter contato com duas amigas (a maioria já está no Facebook) e pq... foi lá que a minha love story começou. #MomentoOoownDoDia.

Bom, não tem como eu falar do início do meu relacionamento sem contar uma parte obscura ANTES da história: eu fui loucamente apaixonada por um cabeludo antes do Fá, que me tratava como... não sei explicar de forma educada, sem fazer parecer que a culpa é toda do ser em questão. Bom, digamos que eu realmente era MUITO MUITO MUITO APAIXONADA por essa pessoua e, portanto, estava muitas vezes disponível para ele - em vários sentidos. Eu esperava uma definição, ou seria amiga ou seria namorada dele. Embora todos os sinais enviados me dessem a exata noção do que eu significava pra ele, só mesmo com a confirmação VERBAL é que eu ficaria satisfeita. O que nunca ocorreu, diga-se de passagem.

Dá pra imaginar, portanto, o quanto eu me valorizava e demonstrava isso para esse "certo alguém", certo? Dizer que eu praticamente rastejava atrás de migalhas de migalhas de afeição dele é a metáfora mais próxima da realidade. Esse post aqui (http://falagrasi.blogspot.com.br/2005/06/tenho-cara-de-palhaa.html) mostra perfeitamente como era a a minha situação em relação ao ser ANTES de eu conhecer e namorar com o Fá.

Dou-lhe 1, dou-lhe duas, dou-lhe 3!
Bom, eu sabia que o ser participava de uma comunidade do Orkut, e resolvi participar dela também. Num dos fóruns da comunidade, havia um "leilão de cabeludos": os meninos se ofereceriam para leilão, as meninas davam lances, e o leiloado escolhia o melhor lance. O Fá foi o primeiro "leiloado", e quando chegou num determinado ponto do leilão, eu só pensava "eu quero esse cabeludo e ele vai ser meu!". Fui aumentando os lances, aumentando... Até que o Fá me escolheu! Ele entrou em contato comigo através do Orkut, a gente foi trocando mensagens até que, num um belo dia/numa bela noite (eu fazia pós à noite, na época), ele parou de mandar msgs e eu fui na página dele.

Na época, o pessoal ainda colocava o número do celular no Orkut, e foi lá que eu peguei o número. Criei coragem, liguei pra ele, e começamos a conversar. Ele me mandava msgs bonitinhas, de amigo mesmo, e eu andava louca pra conhecer aqueles lindos olhos verdes pessoalmente. Depois de um tempo, marcamos um encontro na frente do Shopping Mueller, já que eu tinha prova naquele dia e também trabalhava lá perto.

Enfim. A primeira mensagem que recebi do Fá no Orkut, foi em 01/09/2005, falando que eu tinha ganhado o leilão. No dia 22 ou 24 (desculpa, amor, não vou lembrar MESMO!), no mesmo dia do aniversário da Dona Cleusa, que trabalhava comigo no cartório, foi quando a gente marcou de se encontrar na frente do Shopping Mueller. JustaNente nesse dia, eu tinha uma prova marcada, não podia faltar de jeito nenhum. Lembro que uns dias antes mandei mensagem pra ele, perguntando se ele não toparia me desejar boa prova, aí a gente aproveitava pra se conhecer.
Finado orkut, ou...cupido de muitos!

No dia marcado, na frente do Mueller, eu estava ansiosa, querendo conhecer o Fá, morrendo de medo e tudo mais, full package. Quando reconheci ele na porta do Mueller, meu coração disparou, fiquei de pernas bambas, não conseguia ir até ele sem parecer uma idiota completa! Resolvi entrar no shopping, dei uma volta por lá, até criar coragem e falar com ele. Só na loja da TIM que tem no piso CA, eu entrei umas 2 vezes, de tão ansiosa que estava!

Depois disso, a conversa fluiu. Aos poucos, né, pq eu queria pq queria beijar o Fá logo, então fiquei jogando charme que nem uma retardada: olhava de ladinho, lançava indiretas, fazia bico... Na hora que ele tocou no meu cabelo e ficou brincando, fiquei TOTAL E PERDIDAMENTE apaixonada! Não sei explicar como nem porque, mas sei que naquela hora, tive certeza de que o Fá TINHA que ser meu - e eu não ia desistir dele por nada nesse mundo!

Bom, como eu disse antes, na pós tinha uma prova marcada e eu não podia faltar de jeito nenhum. Saímos do Mueller e ele, fofo como sempre, foi me levar até onde eu estudava, e que era muuuuuito perto do shopping. Uns poucos metros antes, vi um pessoal na porta e falei, na maior cara-de-pau: "se não tivesse um pessoal ali na porta, eu ia te dar um beijo de tchau". Quando ele perguntou se eu queria beijá-lo, aproveitei a chance... e nunca mais larguei!


Começamos a namorar no dia 02 de outubro de 2005, e a prova tá aqui: um post que eu fiz NO DIA do começo do nosso namoro!!! E querem saber do que mais? Continuo sentindo as mesmas coisas que senti há seis anos atrás, quando escrevi esse post!!!

Enfim... Resumão bááááááásico de como eu e o Fá começamos a namorar!"

Daí que, ontem (04/06/2013), eu conversando com o Fá, tentando descobrir pq cargas d'água ele encasquetou (ficou mais empacado que jumento seria o termo apropriado) que queria pq queria vender o video game amado dele. Me deu vários motivos por uns 5 dias, mas nenhum me convenceu. Até que eu falo "ah, e eu achando q vc queria comprar ALGUMA COISA pra nós 2..." (leia-se ALGUMA COISA como sendo ALIANÇAS douradas!) e ele "é, eu queria te dar no dia dos namorados!"!!!! Resumindo: convenci ele a NÃO VENDER o video game e acabei sem ficar noiva! #MasEuTeAmoMesmoAssimFá

Grasiele Correa.

Sunday, June 16, 2013

Eu nunca acreditei no amor verdadeiro


Por Eve 

Eu nunca acreditei.

Eu sempre achei que seria uma mulher sozinha, sem “alma gêmea”.
No auge (oi?) dos meu 21 anos, já tendo me apaixonado várias vezes e amado uma (eu achava que era amor, mas ele não sobreviveu), pensava que meu destino era só meu.
Os homens que eu encontrava na época não resistiam muito tempo ao meu lado, ou porque tinham medo da minha inteligência e não sabiam reagir a ela (machistas e fracos!) ou porque se apaixonavam no primeiro beijo e eu achava isso muito coisa de adolescente.
Homens têm um jeito estranho de reagir a mulheres inteligentes e independentes. Inteligente eu sempre fui e, aos 21, já era independente. Qual “garoto” de 21 que já é?
E um dia, depois de um evento social que tínhamos que participar por causa da empresa, ele, que era meu chefe, se declara para mim... Em poucas semanas faria 22 e já contava com mais um ano de solteirice.
É claro que eu tomei um susto. É claro que eu não sabia como reagir. Naquele momento, eu era o “garoto” que não sabia o que fazer com uma pessoa daquela na minha vida. Eu me esquivei. Eu disse não. Eu fugi o quanto eu pude.
Mas, eu não consegui. Eu não queria sair da empresa, porque gostava do meu trabalho. Eu não queria sair de perto dele, porque já estava apaixonada...
Eu lutei contra esse sentimento dias a fio. A justificativa que eu utilizava era a de que, pelamordedeus, o que um homem, com H, teria visto em uma caricatura de mulher prestes a fazer 22?
Porém, eu me lembrava da conversa que tivemos no dia em que ele se declarou. Até então, nunca tinha passado pela minha cabeça que isso pudesse acontecer. Eu achava que o carinho que eu sentia por ele era só admiração. Depois descobri que também era amor.
Na conversa, ele me fez várias perguntas. Uma delas me segue até hoje: “quais são seus sonhos?” Jamais alguém havia me feito essa pergunta.
Eu olhava para aquele homem na minha frente que me deixava tonta com seus olhos azuis marcantes, seus cabelos grisalhos e sua barba charmosa. Eu me sentia tão pequena ao lado dele. Não só por causa do seu 1,85m de altura, mas por toda vida que ele havia vivido, todas as experiências acumuladas e porque ele me queria. Incomoda ser querida de um jeito que você não está acostumada a ser.
Desde o início, o interesse dele era na minha vida, nos meus sonhos, na pessoa que eu gostaria de me tornar.
Um dia, claro, eu não resisti e o beijei. E ele me disse “te amo”. Eu não acreditava no amor verdadeiro, eu não respondi “também”, mas fui ficando ao lado dele.
E porque era tão incrível, nunca pensávamos que sobreviveríamos a nós. Toda vez que estávamos prestes a nos despedir um do outro, ele dizia que queria continuar acompanhando a minha vida, que eu não sumisse completamente, que não o deixasse sem notícias. E quantas vezes ensaiamos uma despedida... E quantas vezes ele me perguntou o que fazer com esse amor. Varrer para debaixo do tapete? Esconder no congelador?
Até que, mais uma vez, eu me rendi e decidimos viver esse amor. Desde então, ele tem sido meu amor e minha vida.
Aquele homem que, timidamente, havia se declarado, sem grandes esperanças de ser correspondido. Aquela mulher que acreditava já ser adulta o suficiente para não crer no amor verdadeiro. Aquele casal atípico que enfrentou olhares críticos com humor. Aquela vida em comum que começava a se formar. Aqueles olhos azuis encontrando olhos castanhos. Aquelas noites insones em que ela acordava no meio da noite e se surpreendia com o olhar dele. Aquelas lágrimas derramadas depois de momentos mágicos por achar que era o último encontro, a última vez. Aquela felicidade que transborda no peito e você pensa “é muita coisa para sentir, não cabe num coração pequeno e é preciso dividir”. Aquela vida sonhada em conjunto. Os sonhos dela compartilhados com os sonhos dele. Os dias, os meses, os anos inventados juntos. A mão, o beijo, o abraço...

Eu nunca acreditei no amor verdadeiro. E, por não acreditar, ele se mostrou para mim no seu melhor exemplar.
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Em outubro desse ano, faremos 10 anos que estamos juntos, morando, convivendo, compartilhando, amando... :)

Saturday, June 15, 2013

O primeiro namorado

Por Thaís
A estória que mais marcou a minha vida foi do primeiro namorado. 

Era 23 de abril de 2000, domingo de páscoa. Eu, aos 17 anos, a cara cheia de espinhas, não queria ganhar chocolates e uma amiga me presenteou com dois ingressos para o Playcenter que eu aproveitei nesse dia. 
Eu sou uma pessoa muito tranquila, que pensa demais, então eu observo o mundo ao meu redor muito pouco e eu estava mais preocupada com o tamanho das filas para os brinquedos e quanto tempo eu levaria para brincar em todos do que com os gatinhos que estavam nelas. 
Na fila do teleférico, minha amiga fez uma brincadeirinha com um menino e  eles começaram a flertar. Ela sentou na cadeirinha com ele e isso foi muito romântico. Quando chegamos do outro lado o menino disse que precisava encontrar uns amigos e que nos reencontrássemos as 17:00 no Double Shock.

Perguntei para a minha amiga se ela tinha ficado,  assim, muito interessada mesmo no menino e ela disse que não. Então desencanamos e continuamos o passeio. Mas eu sempre tive um amor pelo Double Shock e, por ser domingo de Páscoa, o Playcenter estava vazio e nós já tínhamos ido umas 5 vezes no brinquedo e iríamos de novo.
Sem relógio, não percebemos que eram 17:00 quando estávamos, novamente, nos divertindo do Double Shock e, quando percebemos, os meninos nos aguardavam pacientemente em um banco perto dali. Foi assim que conheci o Luiz. E foi com o meu pai vendo a gente se beijar na porta do parque quando foi me buscar, que começamos a namorar.
Ele morava longe. Para nos vermos pegávamos metrô + trem + ônibus, mas sempre valeu o sacrifício. Nos gostávamos muito. Bom, eu achava isso. Quando a minha descobriu, depois de 7 meses de namoro, que não éramos tão inocentes assim e fez um escândalo xingando o menino de vagabundo para baixo, ele terminou comigo.
Eu sofri, chorei, ligava para ele de madrugada, mandava cartas (sim, cartas, eu sou velha) sujas de lágrimas e estava quase desistindo quando reatamos. Tudo parecia lindo, o namoro estava ainda melhor. Ele estava mais carinhoso, mais atencioso e fazíamos planos para o futuro. 
Até que entrei para a faculdade enquanto ele só pensava em sair nos fins de semana. Sempre fui tranquila e não me importava. Mas não estava bom para ele. Ele queria se casar. Estávamos há 2 anos juntos. E eu queria terminar a faculdade antes. A pressão dele me desanimou e eu achei melhor cada um seguir o seu caminho. Me arrependo amargamente dessa decisão.
Hoje ele é casado, tem uma filha de 7 anos já. Sempre que nos falamos é com nostalgia e sabemos que, o que queríamos, era estarmos juntos até hoje.
Quem sabe um dia.