Monday, July 22, 2013

Não deveria contar, mas...

Por que uma pessoa conta uma coisa dessas na rede mundial de computadores? 
Apertem os cintos e preparem-se que vem coisa por aí...


Como todos já devem saber a cota de santinha cagona está devidamente preenchida no Gaiola. Quando ela contou o causo senti um alívio danado, ufa... Cargo preenchido, ninguém mais precisa fica sabendo dos apertos da Electra. Só que, não deu pra segurar, realmente. Preciso contar confessar meu nada pequeno vexame. Mesmo porque, neste exato momento que escrevo, não consigo lembrar de mais nada interessante ou não pra escrever. Hora do desabafo sanitário.

Era uma vez... numa noite muito muito muitíssimo chuvosa em River of the Hell, saindo da casa do progenitor do progenitor de Electra em Governador Island, São Pedro resolveu decretar que era dia de mais um dilúvio carioca. Daqueles bravos, de rolar barraco morro abaixo. O carro anfíbio da pseudo heroína conseguiu ultrapassar a primeira barreira, ou seja sair da ilha, apesar de ter passado por locais onde o nível da água chegou perto do capô do carro! Apesar de ter levado uma hora e meia só nessa façanha.... 
A etapa dois do parto que era voltar para zona sul consistia em evitar a Avenida Brasil, quem já viu seu carro nadar num dilúvio anterior naquela avenida não brinca com a sorte, e chegar ao túnel rebouças, dali pegar o Cantagalo, Copacabana e enfim home sweet home! Bota mais uma hora aí. Parecia que toda cidade queria ir pro mesmo lugar! Até que enfim cheguei e parei. No túnel.
Parar quer dizer parar mesmo. Desligar o carro. Alguém tem ideia do pesadelo que é ficar parado num túnel debaixo de uma tempestade medonha sem saber se o morro vai descer ou não pra fazer uma "limpa" em todos os otários presos naquela arapuca?  Emoções que só os moradores da cidade maravilhosa conhecem. Rezei e agradeci pela moda de tacar fogo em buzum ter passado havia dois verões. Nesse meio tempo o relógio foi passando... meia hora, uma hora, uma hora e meia... e o carro desligado. Eis que começa a dar aquela vontadezinha de fazer xixi. Sem chance de fazer xixi no meio do túnel, não é? Quer dizer, com todo povo no ônibus ao lado assistindo de camarote, ou com os outros motorista avec família dos carros ao redor... que a essa altura do campeonato já tinham desligado os motores e estavam se socializando em meio à desgraça. Lado bom do carioca, fica amigo de infância em segundo, ainda mais se estiver dividindo o pão que o diabo amassou com o ex-desconhecido ao lado. Mais meia hora de angústia  e o relógio não para apesar do tempo parecer andar de caroça. A essa altura já estava fora do carro, dando voltinha e tentando não pensar na bexiga cheia. Lotada!
Resolvi fazer as contas... duas horas no túnel mais duas pra chegar nele... as três horas (chute aproximado) que ficou fazendo visita. E a pergunta cruel: Porque, sua anta, você não usou o banheiro na casa do seu avô?!?!!!  Ou na casa da sua tia-avó?!? São vizinhos os irmãos. Simples, por que não deu vontade, né? 
A N T A! Agora estava ali, no meio do túnel, presa num engarrafamento monstro e prestes a pagar o maior mico da sua vida. Mico não, que mico é pouco. King kong.
Urinar ou não urinar já não era a questão. Não dava mais pra segurar. A única pergunta era onde e como. Onde? Bem... apesar de tudo que foi dito sobre a solidariedade carioca, acho que ninguém por ali estava a fim de me emprestar o carro pra desaguar. Intimidade tem limites!  Tinha que ser do lado do meu mesmo. Abri as suas portas laterais do carro, tentando criar um espaço mais "reservado".  Olhei ao redor e implorei pra todos os santos que algo do lado de lá chamasse a atenção de todos. Cogitei até a hipótese de fazer o dito nas calças mesmo, só pra não ter que abaixar as mesmas. Daí lembrei que castigo tem limite... ficar presa num engarrafamento sem hora pra acabar e mijada... é dose pra elefante! Suspirei. Suspirei de novo. Então apertei o botão do phoda-se everybody e aliviei as cataratas do iguaçú. Detalhe sórdido: é claro que no meio do evento o público percebeu o show... e sabe-se lá porque cargas d'água fui ovacionada pela platéia. A turma do camarote vip (bus) até aplaudiu. Aff. Não sei de onde resgatei a dignidade pra levantar, fechar o zíper do jeans e numa manobra ninja esconder-me no carro! Ainda bem que isso de face e instagram ainda não era moda, senão... 
Desde então carrego fralda  de adulto no carro. Vai quê?
Levei mais três horas para chegar em casa.

7 comments:

  1. Eu tenho um amigo chamado Chiquinho que passou por algo parecido, mas ele precisou fazer o número dois na beira de uma estrada. Quando o ônibus passou a galera gritava "Cagão! Cagão! Cagão!" HUASHUASHUAS

    Muitas vezes eu fico fazendo hora em casa esperando dar vontade de ir ao banheiro pra depois sair. Sabe-se lá se vou passar aperto em algum engarrafamento! Não tem como prever quando vai bater a vontadinha né!
    Eu já emprestei meu namorado para fazer comigo barreirinha para duas amigas que queria se agachar em um lugar público. Ele ficou agachado junto de um lado e eu do outro. Depois ele ficava rindo sacaneando por causa do barulho "xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii". HUSHUAHSUAS

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  2. hahaahahahahahahahahhaha
    você fez xixi no meio da galera no túnel? (eu fiquei imaginando a cena e fiquei rindo sozinha aqui hahahahahahahahahahahahahahhahahaha... uma bunda branca surgindo de um dos lados do carro e desaguando.. hahahahah
    Que situação!!!
    Isso nunca me aconteceu e espero que nunca aconteça...rsrsrsrs
    bjokssss

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  3. Eu acho que além da santinha cagona, podemos ter também a Electra mijona! HUSHUASHUASHUAS
    O que vocês acham?? HUASHUASHUASHUASHUAS

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  4. Mulher leva desvantagem até nessa! Um amigo contou que fez xixi em uma latinha de refrigerantes, mas em outra situação, sentado com as pernas para fora do carro, ainda dá. Ou se você não estivesse sozinha, uma toalha faria as vezes de cortina :) Mas que situação, heim?

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  5. Minha nossa! ahauahaua

    KIsu!

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  6. Ficou famosa fazendo xixi no tunel!!! Own...que lindo isso

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