Monday, May 6, 2013

Kiss me, baby - PrimeiroS beijoS 1

Continuando...

Resolvi contar pra matrioskinha baby a história - verídica - dos meus primeiros beijos para dentre outras coisas desmitificar isso de "primeiro beeeeeeeeeeeeeeijo". Como disse pra ela... é muita pressão e expectativa em cima de algo que tem tudoooo pra dar errado uma vez que pelo menos uma das partes não sabe o que está fazendo. A prática leva a perfeição e não dá pra querer um beijo de cinema... da primeira vez. Expliquei que, no meu caso, o que tive foi uma sucessão de primeiros beijos - alguns lindos outros nem tanto - que me prepararam para o grande e primeiro beijo de amor. Fui me descobrindo, me conhecendo, durante esse processo. Todos foram importantes e de algum modo acabaram por me definir. Queria que ela não ficasse esperando que o seu primeiro fosse um beijo de contos de fadas e que não se decepcionasse se não fosse. E o mais importante queria que ela soubesse que quem decide SE vai beijar, QUEM vai beijar e QUANDO vai beijar é ela. Que não se sentisse obrigada ou pressionada por ninguém, nem por uma turma. Que respeitasse seu timing. E que se tudo o mais desse errado... que não surtasse. A gente aprende até com beijos errados e mal dados.
Ainda que o meu primeirinho tenha sido um belo beijo de cinema,  sei bem que isso não é regra... mas devia ser! Toda menina merecia um beijo assim para guardar no coração.

O primeiro beijo OWN

Lembram do filme My girl? Quando assisti fiquei toda ownnnnnnnnnnnnn... aquilo ali era praticamente a história do meu primeiro beijo. A diferença era que ele tinha cabelos castanhos e não morria picado por abelhas. Fui uma criança precoce, sempre a mais nova da sala, com quinze anos já estava na faculdade - só pra vocês terem uma noção. Não me lembro que ano era... mas estava na alfabetização e acho que era por volta de 1976, 77, 78 no máximo. Não vou ligar agora pra minha mãe pra perguntar, rs.
Ele era meu melhor amigo na sala. Usava óculos e eu tenho uma pequena grande queda por meninos de óculos com cara de nerd. A paixonite era tanta que achava ele mais lindo que o Clark Kent. E ele era lindo, fofo, querido e tão doce que poderia provocar diabetes em quem chegasse mais perto. Estávamos sempre juntos, eu e o R. 
Um dia decidi que a gente precisava namorar. Afinal todos já diziam que éramos namorados. Eu decidi e comuniquei. E ele fofo como era fez o pedido de namoro todo tímido. Ficamos vermelhos e felizes com o status recém assumido. Daí a precoce aqui resolveu achar que isso de namorar  não estava valendo porque afinal não tínhamos nos beijado de verdade. Beijo assim de namorado, tipo na boca. Do alto dos meus cinco anos já era bem assanhadinha e tirana, não acham? Bem...  meu mini herói não se intimidou e disse que a gente iria se beijar sim. E que a gente ia se beijar de verdade igual namorado de verdade. Dei um tempo pra ele descobrir como era isso, kkkkkkkkkkkk.
 Eis que então um dia, voltando do recreio de mãos dadas - a gente só andava de mãos dadas depois que "assumimos" o namoro - ele parou comigo embaixo da torre do sino da escola. Era um colégio de freiras antigo... daqueles que tem até igreja dentro. E tinha essa torre, debaixo dela dava para ver o sino que tocava marcando o início e fim das aulas e dos recreios. Ele parou bem na minha frente, pediu pra eu esperar e ficou ali segurando minhas duas mãos. Quando o sino começou a tocar ele me deu um beijinho - selinho! - na boca. Pensa numa coisa fofa? Até hoje a lembrança me faz sorrir. Foi nosso primeiro e único beijinho e foi lindo de viver. Como ele era super bom menino, todo sério, achou que depois daquele beijo nós deveríamos nos casar. Sentiram o grau da meiguice? No fim daquela tarde ele foi lá em casa e pediu minha mão em casamento pro meu pai. Foi bem rapidinho porque a gente não queria perder o capítulo do Sítio do Pica pau amarelo que ia começar em poucos minutos. Meu pai engasgou e sorte que minha mãe entrou rindo no meio da conversa sugerindo que a gente tratasse do casório depois do lanche e da tv. 
Agora me diz... dá pra não se tornar uma romântica, que acredita no amor verdadeiro ,depois de um primeiro beijo desses? Vocês vão entender se contar que chorei horrores vendo My girl, não? E que quando escuto a música penso no meu primeiro e perfeito amor do jardim de infância... R!
Graças ao R acabei por acreditar que meninos fofos existem e que amor existe. Nunca mais o vi, mudamos de cidade e perdemos o contato. Não sei se está velho, gordo, casado, cheio de filhos, desiludido ou amargo. Pior que isso só descobrir que ele continua lindo, fofo e amado! Tenho o maior carinho por ele. Fui uma namorada 100% fiel por quase 10 anos. É... acreditava realmente que apesar de tudo a gente iria se reencontrar. Levava nossas promessas de amor eterno a sério. Agradeço muito por ele ter existido e ter feito da minha primeira experiência amorosa um momento tão... especial, tão ownnnnn. 


No próximo capítulo... o primeiro beijo à traição, o primeiro ex-melhor amigo e a primeira desilusão. Ou: os meninos são uns idiotas!

11 comments:

  1. OOOOWWWWNNNNNNNNNNNNNN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    QUE FOFOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!
    Até eu fiquei emocionada aqui... o que sua baby falou????

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    1. Pior mãe do mundo em ação: sabe que não lembrooooooooooo o que ela falou!?!

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    2. mas que ela riu muitoooooooooooo, ah, isso ela riu!

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  2. que fofo mesmo!!! e nesse sábado passou My Girl e eu chorei horrores (again)... eu queria que minha mãe tivesse conversado comigo como vc falou com sua filha, assim não teria dado o meu primeiro beijo apenas pro pressão dos amigos (e foi podre)... acontece...

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    1. Own... Silvinha, obrigada por isso. Tomara que ela pense assim também!

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  3. Ser pai/mãe deve ser muito engraçado: imagino a cara do seu pai quando o menino pediu pra casar com você!!!
    Muito fofa a história do seu primeiro beijo!

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    1. deve ter sido engraçada msm... mas estava preocupada demais com o sítio do pica pau amarelo pra me preocupar com meu pai, rs

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